segunda-feira, agosto 20, 2018

verão, veremos

Olá,

Temos que escrever alguma coisa, senão são muitos meses de ausência;)

As corridas têm sido regulares e a quilometragem até já começou a aumentar. O alvo é a Maratona de Lisboa e entretanto vou passar pela grande clássica de S. João das Lampas.
Também cometi a loucura me inscrever no fim-de-semana anterior à maratona na versão de 3h das 24h de Mem Martins, mas não podia deixar de sentir o ambiente numa prova tão perto de casa.

Assisti aos europeus de atletismo e fiquei contente com as vitórias do Nelson e da Inês mas quanto à corrida fico muito triste de não ver um único representante de portugal na maratona - prova com tantas tradições em Portugal - tive saudades daquela gente que ia lá para dar o seu máximo mesmo não sendo para ganhar como os exemplos de Alberto Chaíça ou Luís Novo. Nem nos 10.000 femininos conseguimos ser competitivos e vemos desistências sem grande explicação... acredito que mudará, nem que seja por alguma geração espontânea... Em termos internacionais vi com alegria um jovem norueguês de 17 anos (Jakob Ingebrigtsen) a vencer os 1500m e os 5000m.

No panorama da corrida em trilhos, assisti na semana passada à ultima edição de uma das provas mais antigas em portugal o Trail Nocturno da Lagoa de Óbidos. Segundo os organizadores, os "clientes" estão a mudar e querem provas mais curtas, vai deixar de ser em Óbidos (muito turismo e dificuldade em estacionar), vai deixar de ser nocturno (já há muitas provas desse género) e vai passara a chamar-se trilhos (em português)... é já um resultado do excesso de prova que eu tinha referido num post anterior.

Vou tentando aparecer mais vezes por aqui...

Abraços e boas corridas!

segunda-feira, junho 18, 2018

Quidgest Run It


Tinha marcado esta "vingança" desde a Corrida de Santo António, mas a vingança é um prato que se come frio... e ontem estava muito longe de o estar...


O calor que se fez sentir ontem em Lisboa, fez com que as expectativas de fazer menos de 45 min ficassem para outra oportunidade. Esta prova tinha sido escolhida pelo seu percurso plano, apesar do 3 retornos, é um bom local para melhorar tempos, mas acima de 25º já se torna complicado forçar o motor em rotações muito elevadas.
Esta prova contou com cerca de 260 participantes, e foi uma primeira edição - organizada pela Xistarca com uma contribuição (não divulgada) para a Associação Acreditar.  A empresa que deu o nome à prova, comprou o "pacote" completo e tivemos acesso a tempo liquido de prova com tapete de chip na partida e na meta, "lebres" para tempos definidos, bengaleiro, aquecimento e massagens no final.
A minha prova correu relativamente bem, apesar de na segunda metade estar sempre em perca, acabo por fazer mais 30 segundos relativamente à minha ultima prova de 10K, de notar pela positiva que acabo por ficar no 9º lugar do meu escalão, e pela negativa, a primeira senhora chegou quase 2 minutos depois de mim e eu fiquei no 56º posto da geral.


Aqui fica a minha análise (review) da "Quidgest Run It":

Pontos Positivos:
  • tempo liquido de prova
  • WC
  • bengaleiro
  • marcadores de ritmo
  • aquecimento e massagem no final
Pontos Negativos:
  • com tantos retornos podia-se ter planeado mais abastecimentos.
  • alguma confusão quanto à entrega de dorsais, fazendo crer que a entrega no próprio dia seria quase um favor. 

O meu registo no Strava:

Abraços e boas corridas,

terça-feira, junho 05, 2018

Corrida de Santo António




Já há muito que não “esticava” as pernas numa prova de 10k. Para terminar a primeira parte da época, optei por fazer umas provas de curta distância e a ritmo mais forte do que tenho feito. Optei por uma “clássica” de verão, com bastantes participantes (cerca de 3000), um percurso agradável e com um horário em que me costumo dar bem – 20:30h.
Parti da zona de sub 45 e fiz tudo para não envergonhar essa categoria, passei aos 5k em 21:55 e aí resolvi começar a gerir o depósito para ter combustível suficiente para chegar com algum estilo à meta… Coisa que não aconteceu. Quando entro no último km, comecei a ter uma dor na zona abdominal e continuei no meu ritmo com bastante esforço, já na Praça da Figueira o estomago começa a mandar sinais para a boca e tive mesmo que parar, a apenas 200m da meta, para vomitar… depois de respirar fundo lá consegui fazer um sprint para bater no minuto 46:01. A conclusão feliz que que mantive o apetite e tive a certeza que dei o meu máximo.
No manjerico oferecido no final, a minha quadra era de um poeta famoso - o grande Fernando Andrade.
Agora ainda vou ter mais uma experiência de 10k rápidos na zona ribeirinha de Lisboa e depois começar a planear a segunda metade da época.

Aqui fica a minha análise (review) da "Corrida de Santo António":

Pontos Positivos:
  • blocos de partida
  • tempo liquido de prova
  • dois abastecimentos e marcações
  • bengaleiro
  • manjerico
Pontos Negativos:
  • Não ter medalha

O meu registo no Strava:

Abraço e boas corridas,

segunda-feira, maio 07, 2018

Lisbon Eco Marathon




Completei ontem a minha 15ª Maratona!
O local escolhido foi o chamado "pulmão" da cidade de Lisboa - parque de Monsanto, a prova tem nome em inglês  - "Lisbon Eco Marathon" mas é apenas uma maratona de montanha com poucos participantes, apesar de, aparentemente, ser feita bastante promoção, os preços de inscrição também não ajudam a que haja mais participação.
Fui com "espírito trail" a poupar energia nas subidas e sem ligar a ritmos por km, olhando para os tempos de passagem oficiais verifico que andei sempre constante no mesmo pelotão entre o 60º e 70º classificado. Também por não ser conhecedor do terreno, e analisando agora, talvez me tenha poupado demasiado em algumas subidas das quais não tinha a certeza da extensão. Fui encontrando os postos de abastecimento previstos e com pessoal bastante atencioso, no quente dia que esteve, fizeram o seu papel, as marcações estavam bem feitas, não senti desconforto por passar algumas vezes no mesmo local. No último km ainda fui à conversa com um companheiro que estava a preparar sua quinta participação na mítica Comrades na África do Sul (que inveja) e acabámos por passar a meta em conjunto.
A distância, como podem ver no meu strava, parece ter sido de menos, mas também já vi registos na mesma plataforma com a distância correcta, pode ter sido falha no meu aparelho.
Próximas provas? para já não me quero comprometer aqui com nada (tinha dito que ia ao 1º de Maio, mas optei por me poupara para esta), se as fizer venho cá colocar o post da praxe ;).
Aqui fica a minha análise (review) da "Lisbon Eco Marathon":

Pontos Positivos:
  • horário de partida
  • local e percurso da prova
  • abastecimentos e marcações
  • zona de chegada com bastante oferta e conforto
  • alguns apoiantes franceses que iam dando moral;)
  • bengaleiro
Pontos Negativos:
  • poucos participantes na maratona (fiz 3 km a meio da prova sem ver ninguém nem atrás nem à frente)
  • t-shirt igual para todas as provas
  • medalha igual para todas as provas (?)
O meu registo no Strava:

O video do ReLive do Strava:
Abraços e boas corridas!

segunda-feira, março 26, 2018

Corrida dos Sinos



A minha colecção já conta com oito sinos.
Ontem lá estive em Mafra, como prometido. Objectivo: fazer uma prova certinha a testar os motores.
Estava muito vento e o tempo a puxar para a chuva e algum frio. Desde que entrega de dorsais mudou para a piscina ainda não afinaram a organização, continua muita confusão apesar de terem colocado balcões por número de dorsal.
Este ano tivemos a presença da grande Aurora Cunha para "amadrinhar" aprova  e até fazer uma volta nos Sininhos.
Continuo a considerar negativa a mistura das partidas da duas provas, há sempre pessoas que gostam de se colocar muito à frente na partida e depois fazer uma corrente de mãos dadas.
Quanto à minha prova, com a numerosa participação e porque me resguardei até mais tarde, acabei por sair bastante atrás no pelotão o que levou a uma média por volta dos 6:00/km nos primeiros dois quilómetros. A partir daí é o clássico, descer até ao retorno e com o depósito que sobrar fazer a discreta mas chata subida até cerca do km 14. Deu para fazer uma média de 4:46/km para um tempo abaixo de 1h13m. Uma participação positiva com um treino rápido, apesar de ter feito mais 4 minutos que no ano passado, aí bem preparado depois de regressar da maratona de Sevilha.
Agora devo aparecer de novo numa prova de 15k no dia do trabalhador, vamos continuando a treinar.
Aqui fica a minha análise (review) da Corrida dos Sinos:

Pontos Positivos:
  • Muitos participantes
  • Muito público no início
  • Uma clássica
  • O sino
  • Chegada na pista de atletismo
Pontos Negativos:
  • Partida em conjunto com a mini
  • Sem tempo liquido
  • Entrega de dorsais muito confusa
  • sem WC
O meu registo no Strava:
Abraços e boas corridas!

sábado, março 03, 2018

como vão as coisas?

Pois é, depois do GP do Fim da Europa as coisas não têm andado pelo melhor.
Desde o início do ano que tenho andado com sintomas similares à canelite, a parte muscular na canela (tíbia) esquerda tem andado com uma moinha irritante e até mesmo picadas, ao correr não se sente muito, mas quando estou parado há aquele incómodo. Talvez tenha sido causado pela mudança de terrenos e perfil do treino.
Entretanto já somei duas faltas à partida (DNS), uma das minhas provas de preparação - Peninha Skyrace e o meu objectivo para a primeira metade de 2018 - a minha primeira ultra nos 52 km do Trail terras de Sicó. No primeiro foi por algum receio de piorar os tais sintomas que tinha vindo a sentir e no segundo o vírus da gripe resolveu atacar mesmo naquela semana, a febre e a respectiva debilitação física fizeram que tivesse que desperdiçar o treino que vinha a ser feito desde Dezembro passado.
Então e agora?
Para já, aproveitei uma das recomendações para este tipo de lesões, reduzir o treino ou mesmo parar.
Este mês vou só picar o ponto na Corrida dos Sinos e depois volto a subir a quilometragem para um projecto que tenho em Maio.
Quanto aos trilhos e à ultra, não me quero comprometer para já, pelo menos no primeiro semestre.

Abraços e boas corridas,

segunda-feira, janeiro 29, 2018

GP Fim da Europa (e volta)


Apesar do nome da prova lembrar um slogan de extrema esquerda, não existe nada em comum entre a politica e esta clássica que termina no ponto mais ocidental da Europa continental e que já teve 28 edições.
A minha ultima participação tinha sido em 2010 e ontem acabei por fazer o mesmo tempo. Como tenho que fazer km por causa da minha estreia na ultra daqui amenos de um mês, resolvi não pedir autocarro para o regresso e voltar à casa de partida com as mesmas pernas que chegaram ao fim da Europa.
Devido ao grande número de participantes a partida foi organizada em duas vagas, eu fiquei na segunda que saía pelas 10:15, mesmo assim torna-se complicado conseguir um ritmo constante na dura subida da rampa da pena, sabe sempre bem chegar lá acima e respirar fundo e ir até ao primeiro reabastecimento para refrescar e hidratar, depois é seguir a bom ritmo até ao km 10, onde vamos encontrar mais uma pequena parede para trepar (a foto acima é já no final dessa subida) e depois a partir da Peninha é sempre a descer até à meta onde fiz o tempo de 1h27m26s.
Depois foi partir em busca do saco para mudar de roupa, comer qualquer coisa e iniciar o regresso com muita gente até à Azoia (pessoal que tinha deixado aí o carro) depois fui praticamente sozinho a subir até à Peninha, dois senhores passaram por mim a correr e eu ía em passo acelerado (power hiking) depois quando voltei a correr acabei por passar por um deles. Este regresso acaba por ter mais desnível, enquanto a prova teve 440m D+ ou regresso teve 542m D+ acabei por fazer em cerca de 2:08 horas e só já pelas 14:30 estava em casa com duche tomado, mas na estação de Sintra tive a sensação que não cheguei muito depois de alguns autocarros.
Na próxima semana vou ter um desafio que , tenho a impressão,  vai ser dureza a sério - a primeira edição do Peninha SkyRace - 27km com cerca de 1700m D+ mas logo se verá...

Aqui fica a minha análise (review) do Grande Prémio Fim da Europa:

Pontos Positivos:
  • percurso muito cénico
  • Muitos participantes
  • WC na Partida
  • Bengaleiro - transporte de sacos
Pontos Negativos:
  • Não haver medalha
  • Vagas de partida deveriam ser separadas por tempos previstos
O meu registo no Strava:
Abraços e boas corridas!

terça-feira, dezembro 19, 2017

Ericeira Trail Run - 20K


Não me considerando um pioneiro, tive o privilégio de participar em algumas primeiras edições lá para para os anos de 2009 e 2010 - Trilhos do Pastor, Trilhos de Conimbriga Sicó e Trilhos de Almourol - isto para além ter ter por hábito iniciar a época na prova Trilhos do Monsanto (prova já desaparecida). Nessa altura já exista a Freita e a Geira Romana, mas para se fazer mais que 100 km era preciso ir a Ronda em Espanha e a edição não era anual. Ouvia-se falar do UTMB e da Trans Canária, mas eram só uns loucos que lá iam... Agora a oferta de provas em trilho é tanta que é difícil escolher e estamos numa fase de selecção natural em que só os eventos mais fortes vão sobreviver.

Fazendo a passagem para a prova em que participei este fim de semana e pelo discurso do organizador, no briefing antes da partida, fiquei a saber que a empresa vai deixar a organização desta prova, e este ano foi de transição para os Amigos do Atletismo de Mafra, dando já os tais sinais de selecção natural, agora é esperar por 2018 para vermos se existirá nova edição.

Quanto à minha participação, foi muito boa e sempre com o espírito trail - desfrutar e não esforçar -. 
Começamos com uma partida lançada no Parque de Santa Marta, em que nos primeiros 500 m não se podia ultrapassar o organizador. 
De seguida foi passar pela Praia do Sul, atravessar a estrada e entrar num percurso agradável de trilho até à ponte junto à foz do Lizandro. Aí com grandes vistas subimos e descemos até à praia de S. Julião de onde subimos até ao primeiro abastecimento localizado após os 10km na localidade de Pobral. 
Depois tivemos cerca de 2,5km a descer por um caminho "tipo romano" feito de lages e que escorregavam bastante e exigiam alguma cautela, depois molhamos os pés até ao tornozelo e sentimos a água fresca na travessia do rio Lizandro. 

Seguir por estradões até ao abastecimento após o km 17 para nos prepararmos para uma parede de 300m de quase subir com as mãos no chão (eram 23% de pendente média) e quando esta acabou foi sempre a descer até à meta.

Cheguei ao fim com 2h23m e em 78º na classificação, senti-me sempre muito bem. Nos abastecimentos não perdi muito tempo, apenas usei o meu copo telescópico para beber um pouco de cola. Não gastei a totalidade do 1lt de água que levei nos dois soft flasks. Caminhei quando as subidas o pediam e levei o relógio a visualizar o cardio.

Aqui fica a minha análise (review) da Ericeira Trail Run - 20K:

Pontos Positivos:
  • percurso cénico
  • bem marcado
  • dois abastecimentos
  • apoio policial nas travessias de estradas
  • Saber a classificação logo na chegada
  • Medalha bonita
Pontos Negativos:
  • balneários muito deslocados do local da prova
  • não haver controlo do material obrigatório
  • resultados colocados no site apenas na 2ªfeira
O meu registo no Strava:
Abraços e boas corridas,

terça-feira, dezembro 05, 2017

Meia Maratona dos Descobrimentos 2017


Depois da chuva sem fim do ano passado, este ano fomos brindados pelo frio. Tudo isto faz parte da época, não são queixas nem desculpas são apenas constatações.
Tenho marcado presença em quase todas as edições desta prova, desde o fim da Maratona de Lisboa, nesta data a Xistarca optou por fazer uma promoção "musculada"  e tem tido resultados positivos em termos de participação e em termos organizativos.
Passei a semana anterior com poucos treinos, devido às maleitas da época, nada de especial mas que tem sempre impactos nas vias respiratórias. Por isso resolvi resguardar-me da exposição aos elementos e acabar por fazer um tapering forçado.
Fui para a prova sem objectivos concretos, teria sempre que sentir o corpo e partir daí optar por uma estratégia. Como tal, comecei nas calmas ali pela zona dos 5:00/km, fui-me sentindo bem e resolvi manter a média dos primeiros 5K nos 4:50/km, chegando mesmo a abrandar, o Carlos F. passa por mim e diz que eu já o apanho...Para os segundos 5K deixei-me ir até aos 4:45/km e nos seguintes, ainda com alguma brisa contra, ligeiramente abaixo das 4:40/km, os seis quilómetros finais seriam feitos no "máximo" que as forças permitissem e com a tal brisa pelas costas, consegui uma média de 4:28/km nessa ultima parte da prova e acabei por fazer menos 1m30s do que na Nazaré ficando com um tempo líquido de 1:38:05. Fiquei contente com a marca e com a disciplina que consegui impor para implementar a estratégia estabelecida, já durante a prova.
Deixo aqui esta imagem que mostra bem a "geometria perfeita" criada pela minha estratégia de prova:
Relativamente a planos futuros, tenho prevista a participação no Trail da Ericeira versão 20K e ainda não decidi se vou a alguma S. Silvestre. Tinha  marcada para o passado dia 26/11 a Corrida do Monge mas entretanto foi cancelada. Estou a mudar as corridas para outros terrenos e com objectivo de acumular mais distância vertical do que horizontal tudo isto já a pensar do +50K de Sicó em Fevereiro.

Aqui fica a minha análise (review) da Meia Maratona dos Descobrimentos:

Pontos Positivos:
  • público
  • guarda-roupa
  • WC
  • percurso
  • muitos participantes
  • zona de chegada com muita variedade
Pontos Negativos:
  • falta de separação entre as faixas em algumas zonas
  • não haver feira do corredor
O meu registo no Strava:

Abraço e boas corridas,

segunda-feira, novembro 13, 2017

Meia Maratona da Nazaré







Fonte: Sonya Alves
Regressei à Nazaré.
Depois da minha última participação em 2013, regressei este ano à mãe de todas as meias maratonas.
O carro fica sempre no mesmo parque, junto ao mercado, e praticamente no mesmo sitio. Depois é o atravessar da vila em busca do dorsal, este ano não notei grande confusão e o processo foi fluido, a organização fez a oferta de um "buff" com padrões nazarenos e só no final da prova procedeu à entrega da t-shirt e do respectivo prato.
As perspectivas para a minha participação eram fazer abaixo de 1h40m, para tal tinha preparado uma estratégia de veterano conhecedor da prova, começando os primeiros 10K com ritmos calmos e na segunda metade libertar mais as pernas com as força que ainda tivesse.
Esta prova tem vindo a perder participantes nos últimos anos, talvez pela localização, talvez pela oferta de provas do mesmo género, talvez por falta de agressividade publicitária, pelo que pude analisar este ano chegaram menos que 600 atletas à meta, e em tempos não muito longínquos já chegaram ao final perto 2000 atletas. Por ser no centro do país, nota-se que vêm participantes do norte e do sul, mas são os tradicionalistas, aqueles que fazem questão de picar o ponto nem que tenham feito a maratona do Porto na semana anterior. Também há aqueles que regressam, como um senhor que cerca dos 12K nos dizia que a última vez que tinha feito esta prova tinha sido há 32 anos, na altura fez cerca de 1h23 e não ficou nos 200 primeiros (agora vejam os resultados e em que lugar fica um tempo desses).

Voltando à minha prova... Estava a sentir-me muito bem e a ultrapassar sempre, só que o ritmo não subia pois a nortada estava a dar luta, quando já estou a menos de 500m da meta um pórtico insuflável cai e fica atravessado na estrada, eu tenho que passar pelas cordas para o passeio e depois regressar à recta da meta que cruzei com 1h39m34s, sem sofrimento e com a satisfação de atingir o objectivo proposto.

A seguir devo participar no regresso da corrida do Monge na serra de Sintra 

Aqui fica a minha análise (review) da prova:

Pontos Positivos:

  • público
  • atmosfera mítica
  • o "buff" no kit de participante
  • zona de chegada sem confusão
  • o bolo de mel
  • o prato
  • tempo liquido de prova com evolução na classificação


Pontos Negativos:

  • não vi WC
  • alguma falta de promoção leva à redução de participantes 

O meu registo no Strava:

segunda-feira, outubro 16, 2017

Maratona de Lisboa Rock & Roll


Na minha 14ª maratona não fui muito ecológico, usei  toda a água que pude para que o meu corpo estivesse escondido da elevada temperatura que se fez sentir durante o dia de ontem entre Cascais, Oeiras e Lisboa.

O treino para esta maratona foi bom, só à base de rodagens, alguns "tempo runs" e muitos longões com partes a ritmo de prova. As expectativas eram boas apesar do calor previsto transmitir algum receio.

O meu despertador tocou ainda antes das 5h00 para tomar o meu chá e uns últimos hidratos, equipado e com os sacos, deixo o carro na zona do Chiado e apanho o comboio no Cais do Sodré. Ia mesmo muita gente, 99% eram participantes e familiares e muita gente sentada no chão, a viagem ainda é longa e não dava para ver a bela vista pois ainda era de noite, chegamos a Cascais e fazemos a caminhada para o local de partida. A zona pareceu-me bem organizada, sem stresses e filas para entrega de saco de bagagem nem para o WC, pois tinham uma zona grande com urinóis.

Parti da zona vermelha que salvo erro era para tempos entre as 3h45 e as 3h30. Tinha a estratégia para a prova bem definida e passei alguns ritmos para o meu braço esquerdo, para me recordar e conter. Como é uma zona bem conhecida por mim poderia cair em entusiasmos e estragar tudo logo de início, portanto fui a travar durante os primeiros 20km, aumentado de ritmo ligeiramente a cada 5km. Uma coisa que fiz diferente nesta maratona, relativamente a Sevilha, foi a nutrição, tomei gels aos 10k, 20k e 30k o que, acho, deu bons resultados pois não senti o muro dos 30/32km e provavelmente até foi a "zona" onde segui a um ritmo mais rápido. Como disse no início, ter abastecimentos de água a cada 2,5km depois dos 10k foi muito positivo primeiro porque permitiu usar a água para arrefecer a temperatura corporal e também deu uma certa motivação pois era rápida a passagem entre cada posto de água e os quilómetros iam passando. A minha segunda meia-maratona foi cerca de 5 minutos mais rápida que a primeira, consegui vir quase sempre bem abaixo de 5min/km e sempre a passar pessoal. Cortei a meta com 3h34m42s (chip) o que foi super positivo pois estava a apontar para um tempo na casa das 3h35m, portanto foi um objectivo superado.

Hoje, segunda-feira, sinto-me bem, com as pernas relativamente frescas.
Fazendo um balanço final, foi uma prova que me correu optimamente, e também foi bem planeada. Fico contente de ver tantos participantes estrangeiros nesta bonita maratona com muito para progredir.

A seguir devo voltar à Nazaré e depois à meia dos Descobrimentos.

Aqui fica a minha análise (review) da prova:

Pontos Positivos:

  • Novo percurso
  • Muitos participantes
  • Abastecimentos a cada 2,5 km
  • Zona de partida sem confusões
  • WC
  • Recolha de bagagens
  • Transporte gratuito


Pontos Negativos:

  • A vergonhosa entrega de dorsais, em que muita gente refere que esperou 3 horas na fila. Algo nunca visto em todas as maratonas em que participei. Eu apanhei 50 metros de fila à hora de almoço na sexta-feira e já achei um mau prenúncio. 
  • Vi muita gente com dorsal da prova parada ao longo do percurso, a fazer tipo estafeta, até pessoas que tinha visto na linha de partida, só espero que não tenham recebido a medalha.

O meu registo no Strava:

Um filme a partir do GPS:

Abraços e boas corridas,

segunda-feira, setembro 25, 2017

Corrida do Tejo


Pelos meus registos, esta foi a minha nona participação nesta clássica.
Este ano estou na fase final de treinos para a maratona de Lisboa e só participei porque me convenceram a ser “lebre” para um record pessoal. Assim, no sábado cumpri o meu longão e para a prova guardei as reservas suficientes para um ritmo entre os 5:10 e os 5:15/km que era o “valor” da encomenda ;)
A nossa prova foi certinha, gostei muito do sistema de vagas, partimos na segunda leva e cerca de 1km depois já estávamos com o ritmo pretendido sem ter muito para ultrapassar. A partir do segundo abastecimento o meu “rebocado” tentou afrouxar mas eu não deixei e conseguimentos ter energias para estar sempre a ultrapassar, eu ainda cumprimentei o companheiro João Lima já cerca do km 9 e em plena subida. Conseguimos cruzar a meta no objectivo principal, que era o minuto 52.
É muito gratificante ajudar alguém a atingir o seu objectivo e a ficar com um grande sorriso nos lábios, como foi o caso do meu amigo Tony.


Aqui fica a minha análise (review) da prova: 

Pontos Positivos:
- Uma clássica
- Muitos participantes
- O sistema de vagas
- Percurso
- Tempo liquido de prova

Pontos Negativos:
- Alguma falta de controlo quanto aos penetras
- Falta de saco no final da prova
- Medalha de plástico

O registo no strava:
Abraços e boas corridas,

segunda-feira, setembro 11, 2017

Meia Maratona de S. João da Lampas


A minha primeira vez foi logo no meu primeiro ano de corrida, em 2004...
Este ano apareceu-me numa altura em que estou a entrar na fase final do treino para a maratona de Lisboa a 15 de Outubro. Em anos passados, ou tenho estado fora, ou ainda estou numa fase muito inicial do meu ano desportivo.
Esta foi a sexta vez que marquei presença nesta mítica clássica que já conta com 41 edições.
A minha prova correu como se espera de um "veterano", sem grandes entusiasmos nas descidas, pois pode levar a algum desgaste que seja necessário nas muitas subidas. Mesmo assim e olhando para a 1h43m14s acabei por fazer o meu melhor tempo nesta prova, mesmo indo com o espírito de treino longo mais rápido.




A participação nesta prova é sempre muito agradável, quer pelo carinho da organização, quer pelo apoio popular nas diversas localidades, quer pelo espírito desportivo de todos os atletas.
Aqui fica a minha análise (review) da prova: 

Pontos Positivos:
- Uma clássica
- A festa
- O apoio popular
- WC e duches
- Parqueamento
- Percurso
- Tempo liquido de prova

Pontos Negativos:
- Nada a apontar

Deixo aqui os links para os locais de onde tirei as fotos que aqui publico, e aproveito para deixar aqui um agradecimento ao grande trabalho prestado:

O meu registo no Strava:

O video do ReLive:

Abraços e boas corridas,

quarta-feira, agosto 02, 2017

provas acumuladas - um mundo novo

Quando comecei na corrida em 2004, já havia muitas provas e com muita participação, existiam as minis e caminhadas. Maratonas, tínhamos duas em Lisboa, uma em Dezembro e outra na primavera, normalmente em Abril. Trilhos não tínhamos e ultras também não.
Não havia facebook mas as nossas redes socias eram os forums do mundodacorrida.com e do atletas.net e o pessoal protestava com as coisas que não concordava e combinavam-se loucuras kilométricas e divulgavam-se as coisas que eu no paragrafo anterior disse que não tínhamos...
Lembro-me do pessoal se revoltar porque no mesmo fim de semana da Meia Maratona de S. João das Lampas tinham marcado o GP de Queluz e gerou-se uma grande discussão lá nos tópicos. E de quando apareceu a Maratona Carlos Lopes que veio retirar a vez à Maratona de Lisboa (do Luis Sousa) da qual toda a gente dizia maravilhas.

Agora, em 2017, tenho andado com um olhar mais atento para o fenómeno ultra trail, e vislumbro,  separadas por apenas um distrito, duas provas de 100km no mesmo dia (20 de Maio - Estrela Grande Trail e Ultra Trail da Serra de S. Mamede) e se olharmos para o calendário ainda encontramos coisas mais curiosas (2 de Julho - LX trail Monsanto + Hard trail Montejunto + Sintra trail extreme - só na zona de Lisboa provas com cerca de 30K).
A Serra da Estrela está para o trail como o Terreiro do Paço ou a Praça do Império está para as corridas de estrada em Lisboa, há quase uma dezena de provas na serra mais alta do nosso País. Mas temos outras serras que também já estão muito saturadas de competições.

Devo salientar que nas Maratonas de 2004 os participantes rondavam as 5 centenas e que agora mesmo com o acumular de ultras, estas não têm falta de participantes e,  até pelo contrário, esgotam as suas inscrições rapidamente e as maratonas de estrada já ultrapassam facilmente o milhar de portugueses a finalizar a prova.

Não estou a criticar, estou apenas a constatar uma "bolha" que espero se torne mais racional e que não "rebente" de forma irremediável.

Constatei também que temos em Portugal uma prova de impacto planetário em termos de ultra trail que é a MIUT na Madeira, faz parte do Circuito Mundial e já tem o prestigio suficiente para ter os melhores atletas internacionais a quererem participar, e a cobertura dos principais meios de comunicação a nível global.

O pior disto tudo é que eu ando com ideias tristes... ;)


Abraços e boas corridas,

quarta-feira, julho 26, 2017

Sapatilhas baratas?

  • Vale a pena gastar 120€ nuns ténis de corrida?
  • É preferível comprar uns baratos a cerca de 12€ e, caso se gastem ou estraguem, comprar outros?
  • Quando gastamos dinheiro em ténis de corrida estamos a pagar o quê?

Vou começar por responder a esta última:
Pagamos algo que seja durável, algo que não nos cause lesões, que seja confortável, que até melhore a nossa performance, e depois, dependendo do gosto de cada um,  mais ou menos suporte e apoio. Uma boa estética também se paga.

Para responder à primeira vou usar um "depende", mas muitas vezes e pelos diversos factores já enumerados penso que não se justifica.

Resolvi fazer uma auto análise  e  a meio de Junho comprei os Kalenji Ekiden da Decathlon por 11,95€ e fiz 206,1 Km com eles, como podem ver abaixo no antes e depois, não têm nada de mais em termos de desgaste, as minhas corridas foram feitas 99% em alcatrão/ciclovia e a ritmos calmos e um ou outro mais forte. As distâncias mais longas foram os 16km mas a média foi de 10km.

Relativamente aos factores, que referi acima, para aquisição de  calçado mais caro, tenho a referir relativamente a estes de baixo custo:
  • Durabilidade: Nos mais de 200km não noto nada de especial em termos de desgaste, nem sola nem tecido.
  • Lesões: Não tive qualquer reacção  estranha nem durante nem no pós treino.
  • Conforto: talvez no interior na zona do peito do pé se sintam algumas costuras, nada que tenha incomodado no tipo de treino que tive.
  • Performance: muito leves (menos que 200g no meu número) para o que eu normalmente uso, e por isso até me deram alguma sensação de maior velocidade.
  • Suporte: Considero que sejam de médio suporte e a espuma usada na sola dá uma passada com algum apoio.
  • Estética: o pior dos factores, não são bonitos.
O antes:




O depois dos 206 Km:





Quanto à questão do meio, se é preferível?... não sei... "depende"


NOTA: não tenho qualquer patrocínio (pena...) para fazer esta análise.


Espero que tenham gostado desta análise. Só não vou usar estes na Maratona Rock&Roll de Lisboa porque entretanto iniciei outra experiência que abordarei aqui mais tarde.

Abraços e boas corridas,

segunda-feira, julho 10, 2017

pulseira - estou aqui adultos

Olá,

A PSP criou há alguns anos o conceito da pulseira "estou aqui" dedicado às crianças que, por alguma razão, se pudessem perder na praia ou outro local. A chapinha tem uma referência que ao ser comunicada ao 112, rapidamente se consegue contactar os responsáveis pela criança.
Recentemente a mesma instituição criou a pulseira "estou aqui adultos"  para pessoas adultas que "pelas mais variadas razões, possam sofrer alguma desorientação na via pública.".
Ora quando vi isto pensei que seria uma boa solução para quem anda a correr pelas estradas e trilhos sem documentos e pode levar uma pancada de um carro ou ter algum problema e fique inconsciente.
Resolvi pedir uma para mim e já ando com ela há cerca de um mês.
Quando a fui levantar, perguntaram-me quem era o idoso e eu disse que era eu ;) e dizem "isto é para pessoas que sofram de problemas de memória ou de desorientação"... mas no site não há nada a dizer que o meu caso seria incompatível com a pulseira. - site "estou aqui adultos"
Parece-me uma boa solução para quem anda a fazer treinos como nós.
O que acham?

Abraços e boas corridas!

terça-feira, maio 30, 2017

Corrida da Academia Militar - 10k ???

Estive no passado domingo a participar numa prova do "Circuito das Forças Armadas" realizada na Amadora, mais propriamente na Academia Militar.
Escolhi esta prova para encerrar a época, num fim de semana com bastante oferta, pela proximidade e até por "perfil".
Na passada semana comecei a sentir uma "moínha" no gémeo direito, por isso fiz corridas mais reduzidas e com ritmos mais moderados. Estava a contar fazer um bom tempo nesta prova apesar de nunca ter participado. Quando dei uma pequena volta pelo local, onde nunca tinha estado, percebi que não seria o local ideal para fazer tempo pois teria muitas curvas a 90º e fiquei a saber que teríamos corta-mato.
Comecei com um ritmo forte, mas com a parte de "corta-mato" comecei a entrar num passo mais realista. O tempo estava para o nublado mas durante a prova o sol marcou presença o que também abrandou o ritmo. Na segunda parte da prova acabo por seguir em velocidade cruzeiro e termino bem. Fico espantado quando olho para o meu garmin e vejo que a distância pouco tinha passado dos 9km e estou com 42:11 o que seria record pessoal caso a prova fosse realmente de 10km, estive a comparar o percurso deste ano com o de 2016 no Strava e é completamente diferente, o do ano passado entrou muito mais dentro dos terrenos da academia, chegando quase até aos Comandos, o deste ano andou ali muito à volta da zona da "parada"
Bom, a época está terminada e vou deixar os detalhes e planos para outro post.

Aqui fica a minha análise (review) da prova:

Pontos Positivos:
- Bons prémios de participação (mochila e porta-chaves)
- Local da prova
- Percurso variado
- Tempo liquido de prova

Pontos Negativos:
- Distância errada
- Poucos participantes
- Participantes da mini na segunda volta


Fica aqui o registo da prova no Strava:
Abraços e boas corridas,

segunda-feira, maio 01, 2017

1º de Maio, a corrida

há nove anos que não fazia esta clássica, sendo esta a quarta participação, nesse tempo ainda se partia da Av. Rio de Janeiro em frente ao estádio 1º de Maio.
Hoje acordei um pouco indisposto, preparei as minhas coisas e fui cedo para o local da prova, cheguei ainda antes das 08:30h, dei uma volta a caminhar pelos quarteirões do bairro de Alvalade (zona que aprecio bastante), quando voltei ao carro para me preparar, a vontade e o espírito ainda não tinha aparecido mas lá fui fazer um breve aquecimento na relva artificial do estádio.
A partida é feita na pista de atletismo e aí fazemos cerca de 300m até sairmos. Esta prova tem um perfil muito particular, e um veterano consegue tirar partido da gestão do mesmo, sendo praticamente sempre a descer até cerca dos 8km e depois essa descida paga-se com uma Av. Almirante Reis, que não sendo uma inclinação muito grande acaba por ser longa e uma grande perda para quem vinha a aproveitar o sabor dos ritmos mais rápidos. Eu optei por fazer essa primeira parte a um ritmo moderado sem entrar em grande esforço a guardar reservas para a tal segunda parte, mesmo assim passo aos 10k em 45:00 a um ritmo de 4:30/km, apanho “boleia” de um atleta da CGD e vou “na roda” até ao abastecimento, depois sigo outro pelotão e quando o terreno deixa de estar inclinado e as avenidas novas são ultrapassadas até entrar na pista e cruzar a meta em 01h08m11s, uns bons segundos melhor que nos Sinos há cerca de um mês.
Resumindo, o bom espírito e a vontade acabaram por aparecer e acabou por ser uma prova bastante saborosa e feita num ritmo controlado mas dando um óptimo resultado no final. 
Comparando com a ultima vez que fiz esta corrida, temos agora um público maior e mais participativo, pena ser maioritariamente estrangeiro...


Aqui fica a minha análise (review) da prova de hoje:

Pontos Positivos:
- Muitos participantes
- Muito público a incentivar (estrangeiro)
- Partida e meta na pista de atletismo
- Local de partida e chegada
- Tempo liquido de prova
- Nem se dá pela mini

Pontos Negativos:
- T-shirt de algodão
- Não haver medalha



Fica aqui o registo da prova no Strava: