segunda-feira, dezembro 30, 2019

São Silvestre de Lisboa

A minha última S. Silvestre tinha sido em 2010 em Lisboa, ainda a partida e chegada eram na praça do Rossio...
Nas semanas que passaram desde a meia dos descobrimentos não tive muitos treinos e na semana da tempestade Elsa até optei por estar abrigado no quentinho. Depois veio o Natal e sempre vamos provando aquelas coisas que evitamos durante todo o ano e o resultado é toxinas no corpo e algumas gramas a mais.
Fui para fazer o melhor possível, estava na zona dos sub50 e na primeira onda, mesmo assim senti muito desgaste, nos primeiros 2 ou 3 km para manter o ritmo, com tanta ultrapassagem. Depois da viragem em frente às “janelas verdes” já tinha estabilizado o ritmo. Na zona da “praça do comércio” sinto que a bateria já não vai dar para fazer uma subida da avenida muito confortável, o meu ritmo cardíaco prova que eu ia na “red line” mas estava a ser passado em vez de passar, e o “bandeira” das 4:30 estava a afastar-se cada vez mais… feita a rotunda e vamos dar o máximo no ultimo km!... fiz 3:59 (já não foi mau) e não deu para baixar dos 45 minutos por 20 segundos. Fiquei com a sensação de ter dado o máximo e de ter gasto algumas das calorias que foram ingeridas a mais.
Foi muito bom participar numa prova com mais de 10.000 atletas e com uma grande moldura humana em todo o percurso, esta peca apenas por estar muito passiva pelo menos para os atletas de pelotão.
Em breve vou publicar aqui o balanço de 2019 e os planos para 2020.
Aqui fica a minha análise (review) da São Silvestre de Lisboa:

Pontos Positivos:
  • WC 
  • percurso e espectadores
  • muitos participantes
  • ondas de partida
  • km final cronometrado
  • medalha e saco final
Pontos Negativos:
  • talvez colocar a partida um pouco mais atrás na avenida para o pessoal se espalhar mais...
O meu registo no Strava:


Um bom ano e boas corridas!

segunda-feira, dezembro 09, 2019

Meia Maratona dos Descobrimentos

Ontem marquei mais uma presença nesta agradável prova na cidade de Lisboa.
Tenho andado a cumprir os 5 treinos por semana com um deles a ser mais de ritmo e um mais para o longo...
Para a edição deste ano decidi fazer o contrário dos outros anos, começar a abrir e ver até onde dava o depósito. Até ao primeiro retorno antes de Algés é tentar passar gente e apanhar um pelotão que vá no ritmo desejado, arranjei uma lebre - um moço com cerca de 2 metros e ar de estrangeiro e tentei ir com ele o mais possível, cheguei ao Cais do Sodré nos 10K e comecei a ficar para trás, depois vem aquele piso tramado e tento encontrar ainda algumas reservas que conseguem durar até aos 15K, mas a partir daí senti que realmente o meu nível de esforço era o mesmo, mas as pernas já não respondiam, o sentimento era positivo mas sentia mesmo que o depósito estava na reserva e tentei usar o restinho para não estragar o que estava feito na primeira parte. Consegui fazer menos 2 minutos que o ano passado e ficar à beira de baixar das 1h36m. Cruzei a meta com a minha filha Maria que entrou na última curva, a Inês ficou a ver com a mãe.

Este ano vou atacar uma São Silvestre, neste caso a de Lisboa e vamos lá tentar gastar os estragos do Natal.

Aqui fica a minha análise (review) da Meia Maratona dos Descobrimentos:

Pontos Positivos:

  • WC (o pessoal estava ao engano a fazer fila nas duas existentes na meta, mas haviam muitas no local de patida)
  • percurso
  • muitos participantes
  • zona de chegada com muita fluidez
  • abastecimentos com gel e tudo
Pontos Negativos:
  • não tenho nada a salientar
O meu registo no Strava:

Abraços e boas corridas!

segunda-feira, novembro 11, 2019

Meia Maratona da Nazaré

Este domingo voltei às provas, voltei à Mãe de todas as meias maratonas em Portugal que estava numa edição com um número bonito - 45.
O tempo não prometia grande coisa e por isso fui sozinho, estacionei no parque habitual, fui tratar da logistica e rumo à partida, sempre com os seus rituais, agora já não se canta o hino mas faz-se a onda do McNamara... o número de participantes têm-se mantido nestes últimos anos, a organização têm tentado inovar e desde o ano passado introduziram uma nova variante em estafetas (duas partes de 10,5 km) em termos de participantes teve cerca de 600 finalizadores na meia e 200 na volta à Nazaré (10 K).
Não costumo ir para esta prova com grandes perspectivas, ou pelo clima ou pela carga nas pernas, e desta vez não foi excepção, olhei para uns planos antigos para fazer menos que 1h40m e fiquei com esses tempos na cabeça. Com a primeira voltinha e por volta dos 5km verifico que vou bem mais rápido do que devia, mas sentia-me bem e deixei-me ir com o vento pelas costas. Mesmo depois do retorno em Famalicão as sensações eram muito boas e estava sempre a passar pessoal e não me recordo de ter sido ultrapassado, pelos resultados, passei na partida no lugar 463 e terminei em 201 da geral, acabei com 1h37m50s, um dos melhores tempos que fiz na Nazaré e considerado o meu record à meia nos registos do Strava... 

Aqui fica a minha análise (review) da prova:

Pontos Positivos:
  • público
  • atmosfera mítica
  • o "cachené" no kit de participante
  • zona de chegada sem confusão
  • a brôa de mel
  • o prato
  • medalha
  • t-shirt no final
  • tempo liquido de prova com evolução na classificação
Pontos Negativos:
  • nada a registar

O meu registo no Strava:
Abraços e boas corridas!

quarta-feira, outubro 23, 2019

Trail Abrantes 100



Pois é, passei o verão a preparar a minha primeira prova com três dígitos de distância e no sábado passado lá acabei com ela.

O treino:
Quem costuma andar por este blog sabe que já ando nestas coisas da corrida há mais de 15 anos, mas nos últimos 10 tenho andado em velocidade de cruzeiro sem fazer nenhum treino específico, escrevi muitas vezes que me faltava o treino de qualidade mas nada fiz para mudar... o ano passado fiquei feito num 8 com a minha primeira ultra 50k em Grândola, e mesmo no inicio deste ano as finalizações das provas com maior dificuldade não foram bonitas.
Nos meus longões gosto muito de ouvir podcasts, e acho que foi num do Billy Yang que o Jason Koop esteve a falar no seu livro "Training Essencials for Ultrarunning", gostei dos princípios gerais e pelas criticas na Amazon, não era excessivamente técnico e apontado às grandes performances. Então juntei mais este à minha colecção de livros de treino de corrida e fiz a minha leitura, tirei os meus apontamentos, adaptei ao que eu me conheço.

O que eu gostei e aproveitei - o treino ser baseado em duração semanal (aqui adaptamos a elevação conforme a prova para a qual treinamos), não ter longões exagerados mas sim dois longões seguidos (3h ao sábado e 3h horas ao domingo, por ex. - o tempo de recuperação é mais reduzido e há menos risco de lesões), muita valorização das séries, num primeiro ciclo mais rápidas e curtas e no restante plano, mais longas (um dos treinos essenciais é o tempo running, mas em séries ex. 6 X 8 min (ritmo de 10K) com 4 min a trote) muito mais rentável que o treino que fazia antes de 25 a 30 min a ritmo de 10K. Também fiz bastantes Steady State Runs ex. 3 X 25 min a ritmo de meia maratona com 3 minutos a trote.
O que ainda não posso dizer que me adaptei  - foi o treino baseado na escala de percepção de esforço - RPE -  (que agora até aparece nas actividades do strava) em que 1 é pouco esforço e 10 o máximo esforço.  Acho uma boa ideia, mas para mim como corredor de estrada acabo sempre por me basear em ritmos por km.
Também retirei algumas ideias sobre nutrição, mas nada de muito relevante, apenas o facto de  ter que meter com 200 kcal por hora durante a prova.

A prova:
Cheguei por volta das 20:00h à Cidade Desportiva de Abrantes, onde estava o secretariado e seria a meta. Levantei o meu dorsal e deixei o saco para a base dos 50km - tinha uns ténis, meias, camisola,  3 buffs, vaselina, alguma fita, toalha, um frontal mais leve e reforço de abastecimento. Depois fui para o carro ouvir o relato do Cova da Piedade vs SLB mas a emoção não me deixava descansar e mudei para a Antena 2 e fechei os olhos, preparei um despertador para as 22:30h, acabei de me equipar e preparar o material na mochila fui dar uma passagem pelo WC e depois aguardar pelo autocarro que nos levaria à partida no centro da cidade.
Já no local de partida foi aguardar pela 01:00h, foi havendo alguma animação com musica e ficámos a saber que só para o 100km seriam cerca de 280 participantes, mais as estafetas de 4 e de 2 e seriam quase 300 à partida. Quando nos dizem para entrar para o local de partida, pensei que iriam verificar o material obrigatório, mas não, apenas apontaram o número do dorsal e siga. O speaker Hugo Água foi animando o pessoal até chegar a hora H.
A partida foi calma, eu também estava descontraído apesar da monstruosidade da distância e da hora tardia, meti o meu ritmo e a minha disciplina - subir a passo e trote em plano e nas descidas. Não parei no primeiro abastecimento aos 7km, continuei sempre com a minha estratégia de ritmo e de nutrição - a cada hora de prova tomar 200kcal (dois geis da prozis e na hora seguinte uma salt bar da gold nutrition, sempre intercalando), nas inclinações mais prolongadas pareceu-me sentir os tendões dos gémeos a queixarem-se, mas deve ter sido porque ainda não estavam quentes e por terem tido uma semana calminha demais. A partir do abastecimento 2, aos 19 km, era obrigatória a passagem para controle do chip e de passagem, o que fiz neste foi igual a todos excepto o dos 50km - atestar a água e beber dois copos de coca-cola, sendo o segundo já em andamento.
A noite passou bem, não tive problemas nenhuns, nem grandes tropeções nem situações digestivas. Cheguei à base de vida dos 50km por volta das 07:30h e estive cerca de 20 minutos a trocar de calçado e de camisola, reforçar a vaselina e para variar um pouco a nutrição, tomei um batido de proteína que tinha preparado no saco e segui viagem. O plano era a partir da segunda metade variar um pouco mais a alimentação para não saturar o sistema de gel e barras, para além do batido de proteína preparei duas sandes de manteiga de amendoim  para as horas seguintes, o problema foi que quando tentei comer, parecia-me palha, mastigava, mastigava mas mal conseguia engolir, pensei - "o senhor estômago deve estar farto disto e não lhe apetece trabalhar mais", a segunda sandes já só fiz uma tentativa e desisti, fui bebendo água. No abastecimento dos 64km sentei-me à sombra da oliveira centenária a beber uma bebida energética que levava preparada na mochila, desceu bem e segui caminho. Não sentia vontade nenhuma de consumir bebidas quentes ou sopa, tinha receio que me fizesse ainda pior, e fui continuando sempre com os dois copos de coca-cola em todos os abastecimentos até ao final.
A partir da base de vida dos 75km, a chuva começou a ser bastante, mas como a temperatura estava amena, deixei-me estar de manga curta. O pior foi a lama que se foi criando, a terra estava sedenta de água e formou logo grandes camada de barro escorregadio, estava todo contente num estradão a descer entre vinhas e era impossível correr, talvez patinar ou esquiar, mas correr não... a progressão aqui reduziu bastante, mas fui sempre progredindo. Penso que foi por volta dos 80 km que andámos junto a um rio numas passagem muito delicadas em xisto, onde havia uma corda para descer e tudo, aí a progressão também era bastante lenta com receio de queda ou esticar algum tendão mais do que devia. As pernas estavam bem e a cabeça também não tinha ideias tristes.
A passagem pelo abastecimento dos 90km foi como as outras a sair com o copo de coca-cola e já faltava tão pouco, só apetecia que fosse sempre a descer com um pendente suave mas a descer, mas tenho a sensação que a maior parte desses 10km foram a subir, mas sem desesperos, é fazer a subida e é como diz a frase do Gabriel Garcia Marquez "... a verdadeira felicidade está na forma de subir..." e está mesmo do outro lado, chama-se descida e km a menos, depois entrado em zona citadina consegui sempre meter um trote bastante agradável. Quando se começam a ver as torres do estádio, ainda protestei por causa da subida que teria que fazer, mas passou rápido, entrei na pista e estava mesmo feliz por ter terminado com boas sensações e com um tempo bastante bom para uns primeiros 100km - 15horas e 54minutos, 6º no escalão V50 e 87º na geral em 208 chegados. Muito Bom!

As conclusões:
O meu mantra foi: "queres parar? vais ter que acabar!"
Fazer 12 semanas com uma média semanal de 90km, 10 horas e com 1300m+, compensa e faz com que se acabe uma prova destas com um sorriso nos lábios.
Apesar do Filipe Torres (o percurso é diferente mas ainda li uma meia dúzia de vezes o texto do ano passado) achar que a prova de Abrantes não tem subidas, 3000m+ são 3000m+, sei que em Portugal deve ser a mais acessível, mas estive a consultar as minhas notas e por exemplo a grande clássica de Ronda, em Espanha, tem menos altimetria e 16 horas lá é um bom tempo.
Tenho que fazer uma vénia a todos os voluntários e bombeiros que estão durante toda a duração da prova a apoiar nos bastecimentos e pontos críticos e perigosos.
Os abastecimentos estavam mesmo completos, e assim eu fui aproveitando para passar umas dezenas de participantes que iam ficando nos buffets. Não sei se o café expresso era pago ou se a cerveja era paga. Sei que vi termos com café de saco e companheiros de corrida a beber cerveja.
Seria bom que o material obrigatório tivesse uma razão de ser, mesmo não sendo verificado, tinha lá bem clara a nota que não havia copos, e o abastecimento estava cheio de copos de plástico, por acaso não vi nenhum pelo caminho, apenas uma embalagem de gel vazia que recolhi para o meu saco de lixo.
As marcações estavam bem feitas, as vezes que me enganei foi mesmo por distracção.
Tenho pena de não ter uma medalha para recordar este feito, a pala de finisher é uma boa intenção mas podia ser um complemento.

A recuperação foi rápida, apesar de no domingo parecer um desgraçado que para andar tinha que se apoiar nas paredes, na segunda-feira já não tinha dores e terça-feira já estava totalmente recuperado.
E não é que já estou a pensar na próxima...

Aqui fica a minha análise (review) da prova:

Pontos Positivos:

- Boa organização
- Bom apoio logistico
- Percurso sem invenções
- Bons abastecimentos
- Muitos participantes

Pontos Negativos:

- Faltou a medalha
- Faltou verificar o material obrigatório

O registo no strava:



Abraços e boas corridas!

terça-feira, setembro 24, 2019

Corrida do Tejo

No passado domingo voltei à clássica Corrida do Tejo.

O meu “treinador” tinha recomendado 30km para este dia, mas eu para variar um pouco, precisava de algo diferente, com muitas pessoas e a obrigar-me a esticar um pouco mais o ritmo.

Procurei no mapa um sitio que estivesse a cerca de 5 km da meta e deixei aí o carro por volta das 8:00h, depois fiz 15km calminhos até à zona de partida. Fiquei com cerca de 40 minutos até à largada da vaga onde estavam incluídos os  sub50, acabei por ficar perto da frente dessa vaga, o que é bom para começar logo a correr perto do ritmo que queremos. Fui me mantendo sempre abaixo dos 4:40/km e a passar gente. Consegui guardar alguma energia para ainda alcançar o Carlos que tinha vislumbrado ao longe antes dos chuveiros na recta da praia de Santo Amaro. Acabei com 45:53 (tempo de chip), nada mau para quem tinha mais 15km para além dos 10km da prova e depois ainda fiz os 5km de arrefecimento até ao carro.
esta foto é editada o original é daqui

Uma nota final para a boa organização desta prova, que com cerca de 8000 participantes, consegue continuar forte apesar de algum desinvestimento por parte das grandes marcas de desporto.

Aqui fica a minha análise (review) da prova:

Pontos Positivos:

- Uma clássica
- Muitos participantes
- O sistema de vagas
- Percurso e o cenário
- Dois abastecimentos numa prova de 10K

Pontos Negativos:

- Faltou algo mais reconfortante do que uma maçã e uma garrafa de água

O registo no strava:

Abraços e boas corridas!

segunda-feira, setembro 09, 2019

Meia Maratona S. João das Lampas

No passado sábado voltei mais uma vez à grande clássica “Meia das Rampas”.

Estava calor, não havia muito vento, faz parte e é natural que uma prova que se realiza às 17:00 de um sábado, no verão, que esse seja um dos factores mais normais, estranho seria se estivesse frio e a cair granizo. O número de participantes está regularmente na casa das quatro centenas e este ano também não foi excepção, senti alguns novos participantes, mas a maior parte são clientes habituais.
As fotos da prova  são de Paulo Sezilío (Obrigado!!)

A minha prova correu muito bem, estou a meio de uma fase dura de treinos e tive que incluir a prova nesse plano. Assim, tive que fazer algo que não costumo, que é o aquecimento e o arrefecimento e fiz 30 minutos de cada, para fazer um pouco mais de 30km no dia. A partida foi feita sempre nas calmas, bem como os primeiros 7 km que incluem a dura subida antes da estrada nacional, nunca fui a acompanhar o meu ritmo ia apenas a gerir o esforço para um tempo a rondar os 5min/km ou a 1h45m de prova, foi sempre a passar pessoal, principalmente nas rampas e na passagem por São João das Lampas, cerca dos 13 km, vejo o meu amigo Carlos e vamos a pôr a conversa em dia a partir daí, o ritmo baixou um pouco mas os km também passaram rapidamente, por volta da marca dos 18 km resolvi aumentar a velocidade e fiz um final em grande estilo (pudera… também é a parte que é sempre a descer). Cruzei a meta em 1h44m44s (chip) e tive direito a que o Fernando Andrade (mais uma vez, Parabéns pela prova!), citasse o meu nome ao microfone ;). Esperei uns instantes pelo Carlos e depois foi aproveitar a coca-cola e umas belas e saborosas fatias de melancia que deram para recuperar rapidamente de todo o esforço despendido… depois ainda fui fazer o tal arrefecimento de meia hora e aplaudir os participantes que ainda estavam a chegar.
Deixo aqui a minha análise review desta prova:
Pontos Positivos:

- A melancia
- A coca.cola e o sumol
- Uma clássica
- A festa
- Parqueamento
- Percurso
- Tempo liquido de prova
- Transito cortado

Pontos Negativos:

- Nada a apontar

O meu registo no strava:


Abraço e boas corridas!

sexta-feira, agosto 02, 2019

20 maratonas (e ultras)



Recentemente o nosso amigo e muito “paciente” e dedicado João Lima actualizou a lista dos portugueses com 50 ou mais maratonas e ultras. Fiquei curioso, fui contar as minhas e cheguei à conclusão que este ano também fiz o número redondo de 20 maratonas e ultras.

Tudo começou em Paris em Abril de 2005 (foto acima), ao inicio com uma “febre” de fazer sempre melhor. Depois tive a “febre” de fazer mais. Depois tive uma ausência de 2009 até 2017 e desde aí têm se juntado também as ultras (ainda só três…).

A maratona levou-me a Paris, Barcelona, Madrid, Sevilha, Porto e Londres. Esta ultima foi a experiência mais inesquecível que tive na corrida, é claro que Paris foi a primeira e foi uma prova incrível, mas em termos de ligação com o publico e toda a energia que daí advém, a prova da capital britânica é de facto um caso único. Acredito que Nova York e Boston tenham tanta ou mais energia, mas a essas ainda não tive a sorte de ir.

Se me pedissem uma pequena lista de 5 provas que gostava de fazer, neste momento, eu diria:
  • Maratona de Boston
  • Ultramaratona Comrades
  • Maratona de Nova York 
  • Maratona de Berlim
  • Ultramaratona Western States (ou Leadville)

Se alguém quiser patrocinar uma destas provas é só contactar-me.
Abraços e boas corridas!

terça-feira, junho 04, 2019

Ultra Trail de Sesimbra

No passado domingo terminei o meu primeiro semestre em termos de provas.
Fui fazer mais uma ultra para o meu curriculum. Aparentemente seria de “apenas” 43 km mas a mim deu mais de 45 km, escolhi uma prova já com nome no calendário e bem cotada – o Ultra Trail de Sesimbra – organizada pelos “dinossauros” o Mundo da Corrida e a minha primeira prova do calendário nacional da ATRP.
Estava previsto um dia de imenso calor, acima dos 35 graus, aquela zona também não me parecia ter muita floresta ou sombra, como tal, optei por um chapéu com bastante sombra e por não levar bastões para estar mais liberto para hidratar… O meu pessoal montou acampamento ali na praia e lá ficaram até ao meu regresso, passadas muitas horas.
A partida da ultra foi dada às 8:00 e eram cerca de 200 participantes, fizemos a marginal da praia a ritmo controlado por um jipe da organização até chegarmos ao estradão em direcção da praia da ribeira do cavalo, um dos ex libris da prova, uma bela paisagem, uma subida bastante inclinada e muitas fotografias (acima a foto é do Fotos do Zé), tudo sempre sem stresses e nas calmas. 
Depois é ir sempre pela costa por estradão e por trilho até às ruinas do Forte de São Domingos da Baralha, mais uma subidita e depois sempre a rolar até ao santuário do Cabo Espichel depois continuamos pela costa  e nesse percurso  cerca dos 21 km (onde ia sozinho) falharam-me as fitas e quando dei por mim deixei de ver pegadas e tive que voltar atrás (pelas minhas contas foram uns 500m ida e volta), pelo que vi da classificação dos pontos cronometrados, andei sempre pelos mesmos lugares, muito conservador por causa do calor  e porque não conhecia a prova. 
Forte da Baralha - flickr

Na zona da praia da foz, deixamos de ter o pouco fresco do mar e entramos numa zona muito seca e árida, ia perto de um grupo de 4 ou 5 participantes, mas mesmo nas zonas “corríveis” já estávamos de tal forma cozinhados pelo calor que não dava para correr durante grandes períodos e a coisa acaba por ser contagiante entre o pequeno grupo. Aos 32 km chega a parte mais desmotivante de toda a prova – a pedreira – em qualquer prova ou em qualquer dia seria algo dispensável, mas com o calor que estava, até o abastecimento parecia que tinha estado na guerra, só destroços e ninguém muito prestável para ajudar. Lá segui e ainda deu para ganhar alguns lugares, depois de passada a pedreira temos uns km a descer para recuperar o ritmo e refrescar com o vento até à subida para o castelo, foi cerca de meia hora para fazer 1600 metros, eram cerca das 14h00 e a temperatura estava no seu auge, a média de inclinação é de 10% mas os tendões já estavam no limite quando se esticava mais a perna. Os 7 km que faltavam até à meta foram também lentos, mais pelo desgaste acumulado do que pelo perfil, a descida também era demasiado técnica e ainda foi mais lenta que a caminhada até lá chegar. Quando finalmente cruzei a meta, após 7h33m de prova, estavam a ser as cerimónias de entrega de prémios, o amigo Orlando Duarte estava dedicado a tirar-nos fotos e o moço das medalhas também foi simpático a dar animo, o pessoal do abastecimento final é que já devia estar farto daquilo e não me ligaram (quase) nenhuma… 


Com muita dificuldade, lá tirei as meias e o resto do equipamento e juntei-me ao meu acampamento para dar dois saborosos mergulhos e esperar que as cãibras acalmassem para poder conduzir. 
Agora vou ter uns dias de descanso e de planificação da segunda metade de 2019.

Aqui fica a minha análise (review) da prova:

Pontos Positivos:
  • Inicio de percurso muito cénico
  • Bons abastecimentos e muitos
  • Bastantes participantes
  • Bonita medalha
  • Boa zona de partida / meta 
Pontos Negativos:
  • Marcação podia estar melhor
  • Zona da pedreira seria de evitar

O meu registo no strava:

Boas corridas!

segunda-feira, maio 13, 2019

Trilho das Lampas

Era uma falha no meu curriculum nunca ter participado nesta prova. 
Foram várias estreias neste início de noite de sábado, primeira vez no Trilho das Lampas e primeira prova com frontal. 
Já ouvia falar há muito tempo desta prova que teve a sua 7ª edição, nunca me deu para participar, ou por não andar pelas provas de trail, ou por não se enquadrar no meu calendário. Desta vez até fazia parte do circuito werun (dava o cashback na prozis), não pude faltar. Fui com equipamento minimo, apenas um copo nos calções, telemóvel e o obrigatório frontal. A prova é muito agradável, passa por onde tem que passar, mostra a todos as belezas da costa de Sintra e não inventa subidas só porque tem que se subir numa prova de trail. 
Como disse, foi a primeira prova com a luz na testa, gostei da sensação de fazer cerca de 1h30m às escuras por belos e agradáveis trilhos. A minha prova deu para o que tinha, as pernas ainda estão algo desgastadas pelas duas provas nas semanas anteriores. Analisando, nestes trails de cerca de 20 km, até terá sido dos que consegui melhor média, mas nesta provas há sempre que ter em atenção o desnível e de como ele aparece, mas também não é isso que importa.
Muitos participantes, alguns engarrafamentos, muito bem sinalizado, principalmente à noite e nas zonas perigosas. Tinha marcação a cada km, mas a partir de determinada altura começaram a aparecer uns numeros muito elevados (deve ter havido alguma alteração de percurso) pois o meu gps deu a distância anunciada (cerca de 24km) mas as placas pareciam apontar para 27km...

Aqui fica a minha análise (review) da prova:

Pontos Positivos:
  • Bonito Percurso
  • Bem marcado
  • Sem inventar subidas só porque sim
  • Muitos participantes
  • Sopa quente no final
  • Medalha a sério
Pontos Negativos:
  • Abastecimentos muito separados em termos de duração
  • Marcação da distância
O meu registo no strava:
Boas corridas!

segunda-feira, maio 06, 2019

Eco Maratona de Lisboa


Completei ontem mais uma maratona para a minha colecção!
Este ano resolvi tratar a prova com o seu nome em português. Tal como referi no ultimo post, já não me lembrava que me tinha inscrito nesta prova, em Janeiro, quando planeei o ano não contava fazer 42 km no fim de semana seguinte às seis horas a correr, nem foi uma prova que tenha gostado tanto, que tivesse que voltar no ano seguinte.
A estratégia era dar tudo o que tivesse para dar e caminhar apenas quando já não desse mais, fui sempre bem de inicio e puxei bem nas descidas para compensar a lentidão das subidas. À meia maratona estava com 2h07m o que era um bom sinal, mas o calor e os km da semana passada deram cabo das pernas por volta dos 30 km, a própria cabeça também não ajudava e o único objectivo que mantive foi tentar fazer melhor tempo que o ano passado.
Consegui, a muito custo, chegar com menos 7 minutos que no ano passado, fiz 4h35m. Em termos de classificação melhorei apenas um lugar, fiquei em 60º este ano em 120 chegados e fiquei em 11º no meu escalão (ainda de M45).
Apenas uma nota relativamente à denominação “ECO” desta maratona, deviam deixar de usar garrafas, poderiam oferecer um copo “soft” a cada inscrito e apenas ter garrafões nos abastecimentos, não sei se terão algum vassoura para limpar o lixo, mas o pessoal acaba sempre por deixar a garrafinha no caminho.
Aqui fica a minha análise (review) da Eco Maratona de Lisboa:

Pontos Positivos:
  • horário de partida
  • local e percurso da prova
  • abastecimentos e marcações
  • zona de chegada com bastante oferta e conforto
  • bengaleiro
Pontos Negativos:
  • poucos participantes na maratona (120 chegados)
  • t-shirt igual para todas as provas
  • medalha igual para todas as provas (?)

O meu registo no Strava:
Boas corridas!

segunda-feira, abril 29, 2019

6 horas nas 24 horas a correr em Mem Martins

Ontem bati o meu record de distância percorrida - 53,5 Km.
Estive presente, mais uma vez, nas 24h a Correr de Mem Martins, aqui bem pertinho de casa. A edição do ano passado tinha sido em Outubro e eu participei nas 3 horas pois tinha a maratona no domingo seguinte.
Desta vez estava inscrito nas 6 horas e era a prova pico do primeiro semestre do ano. O mais engraçado é que durante a passada semana recebi um mail com o meu número de dorsal na Eco Maratona de Lisboa (tinha feito uma inscrição low-cost logo em Junho) e nem estava a contar com tal prova no meu calendário, assim, a história vai ser semelhante desta vez.


Relativamente à minha prova; tinha feito há duas semanas um treino de quatro horas em circuito desafiante psicologicamente (voltas de 1 km com passagem em casa a cada hora para abastecimento), fiz um pouco mais de 40 km e testei a nutrição a usar na prova - a cada 60 minutos, cerca de 200 calorias de palatinose em garrafas de 33cl  de água e um bom copo de ginger-ale para dar gás, a meio tomei um reforço de electrólitos em cápsula -  e este treino correu muito bem, em termos de ritmo e até na recuperação pós prova. Assim, ontem, usei a mesma estratégia, levei um saco com o material, que deixei numa das tendas de apoio. Na prova das seis horas acho que não chegávamos a 15 participantes, eu optei por usar frontal na primeira hora (a partida foi às 6:00) apesar do caminho estar iluminado, era preciso ver os pormenores na parte mais "trail" do percurso (cada volta tinha cerca de 2,1 km em trilho, alcatrão, terra batida e passadiço de madeira), coloquei-me logo nos primeiros 5 e aí fiquei até ao fim. Na primeira paragem, tirei o frontal e coloquei os fones para me ir entretendo com uns podcasts. Durante a segunda hora de prova tropecei num tronco e fui ao chão com aparato e fiquei com algumas marcas, principalmente na cana do nariz (as fotos não o testemunham) e hoje estou com algumas dores nos braços. A partir das 10:00 com 4 horas de prova o sol estava já todo a descoberto e o calor começava a apertar, estava muito alerta para o ritmo cardíaco e fui reduzindo a minha cadência, passei a fazer a parte mais a subir a caminhar, a maratona foi feita cerca das 4h30m  e entretanto a minha claque já lá estava a apoiar, o tempo passou depressa mas a temperatura só deu para fazer mais cerca de 11km nessa 1h30m que faltava. Durante a prova pareceu-me ver uma cara conhecida - era o António Almeida - outro veterano dos blogs que eu já não via há uns bons anos, ainda trocámos uma frases durante a minha fase de caminhada. Quase consegui dar uma última volta inteiramente a correr, mas faltaram-me cerca de 200m. No meu relógio marcou 53,5 km a maior distância que já fiz desde que pratico corrida.
Depois, foi esperar pelos resultados - fiquei em 4º na geral e em 1º lugar no escalão M40/49 (a poucos dias de deixar de pertencer a essa faixa etária), mais uma subida ao pódio, desta vez para o lugar mais alto.


No próximo ano gostaria de fazer as 12 horas, vamos ver...

As fotos são de Orlando Duarte (Obrigado!)

Deixo aqui a minha análise review desta prova:
- toda a organização
- logistica
- kit de participante
- abastecimentos


Pontos Negativos:
- a única nota continua a ser o passadiço de madeira, foi arranjado mas ainda deu para tropeçar umas duas vezes

O meu registo no strava:

 Boas corridas!

segunda-feira, abril 22, 2019

15 anos de blog


É mesmo verdade. Já passaram 15 anos desde que iniciei este blog e por sua vez que iniciei a minha actividade neste mundo da corrida.
O início foi muito viciante como, penso, terá sido para todos nós que abraçamos esta modalidade, mas depois vamos atingindo os nossos objectivos e a “febre” vai abrandando, pelo menos comigo foi assim.
Logo que comecei a correr, coloquei como objectivo correr uma maratona e passados 12 meses estava a fazer a minha estreia em Paris, a primeira meia-maratona foi feita apenas com 2 meses de corrida. Depois tive aquela fase de melhoria dos tempos e fazer mais maratonas em várias cidades, consegui participar na mais emblemática de todas no nosso continente – a maratona de Londres – depois vieram outras prioridades, veio a família. 
Naquele tempo não havia aquela coisa chamada ultra-maratona ou trail, ficava-se a sonhar com Comrades , com Western States, com Marathon des Sables e ainda nem se falava de UTMB.
Hoje, tenho provas à porta de casa com 24h horas a correr, temos no nosso país uma das principais provas de trail em todo o mundo – MIUT – e temos três provas acima de 200 km no nosso país e com mais participantes portugueses que na maratona de Lisboa de há 15 anos.
Eu cá vou correndo, e agora vou traçando os meus objectivos em termos de distâncias cada vez maiores, fiz no final do ano passado a minha primeira ultra. E tenho pena que não haja mais ultras sem montanha, provas de estrada de 50km, 100km ou mais. Porque nos trilhos, corremos o risco de os organizadores nos porem a passar várias vezes pelo mesmo pico só para ter aquele desnível que se impõe.
Outra coisa que tenho pena é que no nosso país deixámos de ter corredores de elite, nos últimos 15 anos perdemos atletas masculinos capazes de fazer menos de 2h15m e a única excepção são algumas senhoras que ainda conseguem ser competitivas e fazer mínimos para as grandes competições mundiais. Lamento muito, mas na corrida entrámos naquela fase, como em quase todas as modalidades individuais, em que estamos sentados à espera que uma geração espontânea nos dê uma alegria e não fazemos trabalho de base para ter consistência de resultados neste campo.
Abraços e boas corridas! 

terça-feira, abril 02, 2019

Corrida dos Sinos

Se a minha contagem de ontem está certa, já são nove os meus sinos.
No domingo lá estive em Mafra para mais uma clássica, foi a minha primeira prova de estrada de 2019, quando vi que estava prevista chuva e céu nublado até fiz uns ajustes no equipamento, mas as previsões enganaram-se e esteve uma temperatura bastante alta para a época e complicada para uma prova de corrida (pelo menos para mim).
É com agrado que, apesar da concorrência, se vê uma prova a crescer no número de participantes. 
A minha participação não foi grande coisa, principalmente para um veterano da prova, deixei-me ir na onda logo de inicio e gastei as pernas para os últimos 5 km. Devido à boa novidade deste ano de ter a separação por tempos, pude começar logo rápido e quando me apercebo já vou com uma média perto dos 4:30/km o que é extremamente rápido mesmo sabendo que vamos a descer. Antes de chegarmos ao Sobreiro passa um senhor por mim com a maior das facilidades e a motivar toda a gente, pensei que fosse alguém que tivesse chegado atrasado, mas mais tarde, pelas fotos verifiquei que se tratava, nada menos, que António Pinto uma das ultimas estrelas da corrida europeia, que apadrinhava a prova deste ano e tinha o dorsal 1. Voltando à minha prova, depois de fazermos o retorno no novo sino gigante, senti que já não tinha pernas para fazer um ritmo semelhante ao que tinha feito até aí, então fiz um esforço para manter até aos 10k e depois foi gerir num ritmo moderado até ao fim, sempre a ser passado. Acabei por fazer quase o mesmo tempo do ano passado, 1h12m mas com uma péssima gestão de prova, talvez por estar afastado da estrada há tanto tempo.
Aqui fica a minha análise (review) da prova:

Pontos Positivos:
  • Melhoria na entrega de kit, desta vez no pavilhão;
  • Blocos de partida por tempo;
  • Muitos participantes;
  • Chegada na pista de atletismo.
Pontos Negativos:
  • A mini continua a partir ao mesmo tempo que a prova principal.
O meu registo no Strava:

Boas corridas!

segunda-feira, março 11, 2019

Trail da costa saloia

Ontem fui fazer uma prova à minha terra, Colares, foi naqueles pinhais que fiz as minas primeiras voltas de bicicleta, as quedas, os joelhos em sangue e cheios de pedrinhas, as cabanas feitas de cana, os campos de futebol, toda uma infância e adolescência está marcada naquela região.
Já tinha reparado nesta prova, mas como não andava tanto pelos trilhos, nunca tive oportunidade de participar. Esta foi já a quinta edição, estiveram cerca de 200 participantes na prova de 23 km e houve também uma caminhada.
Comparando com as outras provas que fiz este ano, esta foi muito mais ligeira, tinha apenas 600m+ de desnível e a única dificuldade era mesmo por volta dos 13km com a subida de uma parede na zona da praia de Magoito, de resto foi muito rolante, tendo algumas partes de corrida em areia nos pinhais. 
Eu fiz uma prova descontraída, talvez tenha gasto energia a mais nos primeiros 5km que são sempre em subida  e depois na descida acabei por ser ultrapassado por alguns participantes, a partir daí deve ter estabilizado a minha colocação na prova, foi muito agradável o percurso à beira das arribas, passando pelas Azenhas do Mar e até à Praia das Macãs, daí os últimos 3 km acabam por ser feitos no meio do pinhal, não em estradão mas mesmo na caruma e na areia, apenas marcada pelas fitas. Acabei melhor que pensava,  em termos de classificação fiquei em 66º na geral e em 21º no meu escalão com 2h39m.
Aqui fica a minha análise (review) da prova:

Pontos Positivos:
  • Percurso agradável e bem desenhado
  • Boas marcações
  • Avisos de perigo quando justificado
  • Abastecimentos, para além dos 3 anunciados, passei por uns 5 acho eu
Pontos Negativos:
  • Não haver aquele "recuerdo" final, uma medalha ou similar (se calhar até prefiro isso à t-shirt)
O meu registo no Strava:

Boas corridas!

terça-feira, fevereiro 19, 2019

Palmela Trail

Este domingo fui a mais uma prova do Circuito Lisboa Trail, desta vez foi Palmela na primeira edição deste evento.
Gostei muito da prova, a zona tem bastante potencial para provas deste género com uma grande oferta de trilhos. A minha prova correu bem, o percurso era bastante corrível até cerca dos 15Km (eu fiz a prova longa com cerca de 23km), depois chega-se aos cerca de 1000m de desnível previstos com duas paredes, uma logo ali nos 16km e a outra mesmo nos 2 km finais até aos castelo. 
A minha prova teve início às 9h00 e tinha bastantes participantes, cerca de 400, a prova curta e a caminhada tiveram inicio uma hora depois, o que fez com que eu me juntasse a um grande pelotão de caminheiros durante a tal subida final o que fez o ritmo ficar mesmo calminho durante a subida pois era um trilho apertado.
Acabei por fazer 3h08m, o que dá basicamente o mesmo ritmo do trail de Lousa, mas (posso dizê-lo agora) sem ter como prémio um "andar novo", ou seja, as pernas ficaram frescas logo no dia seguinte. Eu acredito que será resultado do hábito, mas também pode ser porque a prova não puxou demais.
Ainda terei mais uma prova de trilhos no início de Março antes de me focar a 100% nas 6 horas.

Aqui fica a minha análise (review) da prova:

Pontos Positivos:
  • Bonito Percurso
  • Bem marcado
  • Sem inventar subidas só porque sim
Pontos Negativos:
  • Entrega do kit só de véspera e em Lisboa
  • Abastecimento só de liquido
  • Muita confusão na zona pós meta no castelo (fila só para beber um pouco de água)
  • Preço elevado (apesar do cashback da Prozis, obriga a uma encomenda com o dobro do valor)
  • Medalha fraquinha - tipo base para copos mas nem diz a data ou o ano (ver foto acima)
O meu registo no Strava:

Boas corridas!

quarta-feira, fevereiro 06, 2019

Peninha SkyRace

Já em 2018 estava inscrito nesta prova mas por razões de saúde não me foi possível participar.
O manifesto do SkyRunner (Correr ou Morrer - Kilian Jornet) começa com "Kiss or kill. Beija ou morre. Beija a glória ou morre a lutar por ela. Perder é morrer, ganhar é viver. A luta é o que distingue uma vitória, um vencedor" - deve ser coisa séria esta do Sky Running, tecnicamente,  não sei qual é a diferença entre este tipo de provas e os outros trilhos... em termos burocráticos a SkyRace pertence à Federeção Portuguesa de Campismo e Montanhismo e acho que tem exigências em termos de desnível positivo e de pendente média da prova.
Fui na prova de 28 km D+1900 (havia também uma versão mini de 16 km), a partida foi junto a um segmento strava chamado "dragão" que é um caminho de cimento nas primeiras centenas de metros e depois continua em zig-zag até ao santuário da Peninha - ver foto seguinte:
Foram cerca de 2km a subir. Nesta prova aproveitei para usar pela primeira vez os bastões, o balanço é positivo, acho que as pernas agradecem mas tive que os levar sempre na mão e montados (levava um cinto que supostamente dá para os levar dobrados, mas pelos testes que tinha feito não me senti seguro que os mesmo ficariam lá, e como o perfil levava a muito põe e tira...). Depois de descermos mais 2km começou mais uma subida, o pelotão aqui ainda ía muito denso com a presença dos participantes da prova de 16K, temos uma paragem para ver as vistas e selfies que causou um pequeno engarrafamento, a realmente estava um belo dia a vista era maravilhosa mas não era preciso arrefecer tanto, ver foto seguinte:
Depois do abastecimento antes dos 8km, dá-se a separação entre a provas, a mais curta sobe logo até ao Monge e nós descemos o famoso single track de downhill "kamikaze" até ao célebre corta-fogo com um quilometro de distância e uma pendente tipo parede. depois descemos até à barragem (onde estava o fotógrafo Paulo Sezilio que tirou a foto do inicio), parte bastante agradável até começarmos a subir novamente, aí tivemos uma parte mais corrível onde se passam uns portões de quintas até encontrarmos mais um single track para descermos de novo, depois de chegarmos ao estradão nesse ponto as marcações não estavam perfeitas, as fitas estavam lá a assinalar o desvio mas deviam ter sinalizado na estrada pois o pessoal vai concentrado em recuperar o tempo e não se apercebe, quando eu virei estavam alguns participantes 500m abaixo depois de se aperceberem que já não viam fitas. Daí é sempre a subir até ao abastecimento e continuar a subir até ao Monge, depois há um trilho muito agradável de fazer, cujo segmento é "floresta encantada" e o nome está bem dado. Passei aí pelo grande Hélio Fumo e fui a caminho da Peninha de novo, fazendo as contas, era provável que fosse sempre a descer até à meta...
tás ta rir? by Bernardete Morita
...até perguntei ao voluntário que indicava o caminho, mas ele não se "descoseu" e lá fui a descer (pensava eu) até à meta, estranhei não ser no mesmo caminho mas sim mais na zona onde foi o grande incêndio do outono de 2018 e no sentido do Cabo da Roca e quando estou a chegar à estrada nacional a fitas começam a indicar o "caminho de burros" que podem ver na imagem abaixo até ao monte de pedras lá em cima, aí as minha pernas de Grândola voltaram e fiquei realmente com muito pouca mobilidade, os passos tinha que ser muito curtos senão os isquiotibiais prendiam... Depois foi realmente a descer mas num lento jogging até cruzar a meta em 5h20m
Gostei da prova, foi o que estava à espera, conhecer os famosos trilhos foi muito bom, não sei se os consigo encontrar de novo mas irei tentar num futuro próximo.

Aqui fica a minha análise (review) da prova:

Pontos Positivos:
  • Percurso desafiante
  • Caldo quente no final
  • Duche no final
Pontos Negativos:
  • Marcações podiam estar melhores nos cruzamentos
  • Medalha fraquinha
O meu registo no Strava:
Boas corridas!