quinta-feira, dezembro 31, 2020

Post virtual de fim de um ano quase virtual

Este inesquecível ano de 2020 só não foi completamente virtual em termos de corrida porque a pandemia só foi declarada em Março, até lá tive o meu momento mais alto e mais longo no Trail dos Abutres.

As organizações de corrida ficaram sem saber o que fazer e resolveram criar “corridas virtuais” – que não passam de virtuais - é só “pegar” num registo de um treino naquela distância, de uma plataforma de treinos tipo strava, e enviar esse link para a organização e está feita a participação na tal prova, sem classificação e sem controlo… a mim não me faz nenhum sentido nem me motiva.

Ainda só houve uma tentativa de prova sem ser trail - uma corrida no Jamor (Estádio Nacional) - nem sei se mais alguma organização pensou em fazer algo parecido com uma prova. Vamos ver como vai ser no ano 1 da nova década de outras coisas.

Eu ainda me mantive com vontade até ao verão, desde setembro, com o início das aulas das miúdas, tenho vindo a reduzir o volume das minhas corridas e então quando mudou a hora ainda menos motivação tinha. Mas ainda tive 241 dias activo e fiz “só” menos 400km que em 2019.

Não sei como vai ser o ano Bazuca 1, sei que algumas inscrições passaram para lá, mas não acredito muito que a motivação me apareça para treinar para alguma coisa não virtual.

Os meus desejos para 2021 são muita felicidade, alegria e principalmente saúde (na sua componente principal de completo bem-estar físico, psicológico e social) também espero que desapareçam todos os cadeados em parques infantis… 

Abraços e boas corridas,

sexta-feira, julho 24, 2020

O que se tem passado por aqui?


Desde a última vez que aqui estive para contar coisas de corrida, passaram quase 3 meses.
Em termos de corrida tenho mantido uma actividade constante desde o início de Maio, com uma média de 60 km semanais em ritmos maioritariamente de rodagem e sempre em estrada.
Como esta quarentena fez com que tivesse um novo membro na família (ver foto abaixo) - Odysseas Vlachodimos – ou Ody para os amigos, passei também a ter uma componente elevada de caminhada ou hiking (para ser mais fino).
Para activar o sangue e os músculos, faço de quando em vez um contra-relógio de 10K. Até agora fiz quatro para comemorar os 3 santos populares e o D’Artagnan 😊
Corrida de Santo António 10K – 13/06/2020 – 45:54
Corrida de São João 10K – 24/06/2020 – 44:30
Corrida de São Pedro 10K – 28/06/2020 – 45:52
Corrida de São Eder 10K – 10/07/2020 – 45:02
Foram ritmos sólidos que dão para provar que a pernas ainda estão capazes, apesar de algum descuido na dieta.
O futuro? Ao coronavírus pertence… No momento em que escrevo este post, está a decorrer a primeira prova de endurance (penso que em todo o mundo) desde março  - o PT 281+ ultramarathon-  e tem mais de 100 participantes, penso que provas assim à volta das centenas de participantes serão possíveis já a partir de Setembro, agora as outras, que para serem sustentáveis economicamente precisam dos milhares, é que eu não sei quando poderão voltar… e eu não sou daqueles que acredita que o fim será com a vacina, eu acho que vacina será coisa para daqui a muitos anos, acho que o fim será quando a OMS declarar  - o FIM – da pandemia.
Ontem publiquei mais um vídeo sobre os 3 sites para preparar os treinos e prever os resultados, podem ver aqui: https://youtu.be/4TfsD3nVKsU


Abraços e boas corridas!  

quinta-feira, maio 21, 2020

Alterações no Strava. E agora?


Esta semana entraram em vigor novas funcionalidades no Strava. Neste vídeo, faço a minha análise ao impacto das mesmas na minha utilização dessa aplicação.
Abraço e boas corridas!

terça-feira, abril 28, 2020

Este post seria sobre as 12horas a correr das 24h de Mem Martins

Pois é... no próximo fim-de-semana seria a prova das 24 horas de Mem Martins em que eu participaria na de 12horas. Nos tempos que passamos, estou a manter alguma actividade, mas nada de especial. Faço 3 dias de bicicleta no rolo (cerca de 30 minutos cada dia) e depois sábado e domingo tenho feito corrida - já não ando no quintal, já passei para as voltas ao quarteirão.
No fim-de-semana anterior, dia 19 de Abril, arrisquei participar  numa meia maratona - organizada pelo youtuber Seth James DeMoor - e correu bastante bem, fiz 1h46m a um ritmo muito próximo dos 5:00/km, senti-me solto, apesar de serem diversas voltas e sempre no mesmo sentido consegui manter um ritmo constante durante toda a prova.
Deixo aqui a ligação do strava:

Quanto à quarentena, já passei os 40 dias, tenho passeado o cão todos os dias, feito o exercício que descrevi acima e intercalado com a minha mulher as idas ao super-mercado quando necessário. Em termos de trabalho estou desde 16 de Março em remoto, e a produzir como antes (ou se calhar até mais). Confesso que já passei por uma fase de 80 (em que estava mesmo a concordar com tudo confinado e tudo fechado, etc) e agora estou numa fase 8 (em que acho tudo ridículo, desde as senhas para ir à praia, aos termómetros para os clientes de restaurantes, etc). Acho mesmo que temos que começar a sair e ganhar imunidade, proteger quem deve ser protegido mas não cair no ridículo. Ou então decretem logo 5 anos de isolamento total... Há pessoas a ficarem gravemente doentes, ou se calhar até a morrerem porque estão com medo de se deslocarem aos hospitais...
Temos que voltar ao "normal", se "isso", de facto, alguma vez vai voltar a ser o que era. Se continuarmos com a "paranóia" actual, garanto que a corrida de pelotão acabou, as maratonas vão ser só para elites e as outras provas de estrada e trail também. E nós vamos fazendo a "nossa" corrida higiénica com o tal "afastamento social". Sinceramente não acredito numa vacina que resulte, não acredito que seja solução, pois não é possível vacinar a população total do planeta em tempo útil. Acredito em amostragens de testes de imunidade (serologicos) e que a partir daí se vá garantindo a normalidade.

Abraço e vai continuar tudo bem.

domingo, março 29, 2020

Este seria o post sobre a Meia Maratona de Lisboa


Esta semana deveria ter publicado o texto sobre  a minha prova na Meia Maratona de Lisboa, mas de facto a prova não se realizou e foi adiada para Setembro (esperemos).
Vivemos todos um momento surreal, todo o planeta está a ficar dominado por um vírus chamado Corona e que causa uma doença chamada Covid-19. desde dia 14 de Março estou em casa em tele-trabalho, as minhas filhas e a minha mulher, só temos saído para ir às compras e despejar o lixo.
Todas as provas em que estava inscrito e ou foram adiadas ou canceladas, o desporto está cancelado, isolado, pelo menos é como eu vejo. Todos nós temos que nos abrigar e ficarmos em casa para que os profissionais de saúde consigam ter números suportáveis de doentes para assistir, isto se não queremos chegar ao ponto a que chegou Itália em que têm que optar pelos mais novos e deixar os mais velhos morrer.
Na primeira semana optei por fazer um "tappering" só com umas ginásticas com as minhas filhas e só na passada semana é que voltei a fazer alguma actividade - usar a minha bicicleta no rolo e correr no meu quintal- é claro que à hora a que eu corria não encontraria ninguém na rua nem na ciclovia, mas sou de opinião que temos que dar o exemplo, porque se todos formos sozinhos, acabamos por fazer uma multidão na mesma.
Nas imagem em cima estão os meus locais de treino - o meu quintal tem 19,2m de perímetro  e hoje fiz 10k lá (medidos pelo modo indoor running do meu relógio) o que deve ter dado cerca de 520 voltas, mas eu mudo de sentido a cada km (52 voltas...). Quanto à bicicleta tenho feito para já 30 minutos em que a única medida é mesmo o ritmo cardíaco, que tenho feito para fazer uma média de 130. Não se pode chamar de treino, é apenas manutenção da actividade física.
Vamos todos ficar bem, que passe depressa, e fiquem em casa!
Abraços,

segunda-feira, fevereiro 03, 2020

Trilhos dos Abutres

No passado sábado marquei presença numa das provas míticas do “Trail” em Portugal, os Trilhos dos Abutres.
O acesso à inscrição na prova é feito via sorteio e eu tive a sorte de me poder inscrever na prova de 30km. Optei por esta distância porque na planificação que tinha para este ano, não se enquadrava estar a fazer uma ultra com esta dureza considerável.
O despertador tocou pelas 4h00 e fiz os meus “rituais” para sair de casa por volta das 5h00 para chegar a tempo de ver a partida da ultra e não ter “stresses” com cortes de trânsito, etc. Fui até à expo que se situava no mercado e onde seria local de partida e chegada das provas, vi muita organização, tal como esperava, levantei o meu kit e aguardei mais um pouco para assistir à largada dos aventureiros dos 55km. Depois fui até ao carro, que ficou a umas centenas de metros, e fiquei lá um pouco até começar a preparar o material.
Vinte minutos antes das 10h00 fui para o controlo zero, onde pediram apenas para ver o telemóvel e o apito, e fiquei a aguardar com cerca de seis centenas de participantes a hora da partida. O tempo estava bom, temperatura amena, uma leve neblina e sem chuva. 
No inicio demos uma voltinha pela vila e optei por manter um ritmo mais forte do que o costume para não apanhar engarrafamentos, passamos pelo parque biológico e depois temos a primeira subida até à pirâmide, entre os 4 e 5 km, passou um rapaz por mim que ia a fazer marcas de guerra na cara (tipo índio) com a lama… depois tivemos uma descida acentuada em estradão, que deu para aquecer as pernas até aos 8 km. Depois é uma zona que acho que é uma pista de “downhill” btt mas que nós fizemos no sentido ascendente, apesar da inclinação não ser muita, não me senti com energia para correr e estar atento ao single track ao mesmo tempo, por isso fui intercalando. Aos 12 km temos o primeiro abastecimento, atestei a garrafa de água e bebi dois copos de cola e depois veio a “micro Zegama” - Srª da Piedade (que eu pensava ser um pouco maior) em que o público puxava por nós na escadaria, depois veio uma subida mais técnica e a seguir vieram 5 km com cerca de meio km vertical, num trilho agradável e muito bem marcado com bandeiras. Antes da bonita aldeia de xisto Gondramaz e o respectivo abastecimento aos 21 km, tivemos uma pequena amostra de descida mais técnica. Mas o pior veio a seguir, descida muito complicada, quer pelo declive, quer pela perigosidade, acabei por fazer os 6 km seguintes (que eram 550m verticais negativos) mais lentamente que a própria subida, havia uma parte onde surgiram os participantes da ultra e acho que eram de ritmos bastante altos o que também fazia com que estivesse constantemente a encostar para dar passagem. Acabei por cair só 3 vezes, mas nada de cuidados, os tendões é que se iam queixando das quase espargatas e dos levantamentos rápidos. Estava ansioso para que este tipo de terreno terminasse, mas mesmo depois do último abastecimento na aldeia de Espinho a cerca de 4 km da meta, ia todo “lampeiro” a carregar no acelerador e mais uns “atascanços” na lama e mais cuidados numas pequenas levadas e mais um rabo no chão… só já no alcatrão é que passei uns 8 ou 9 participantes para terminar em grande estilo.
Em jeito de conclusão, dei o meu melhor, duvido que mesmo com muita prática, tenha agilidade e coragem para ser muito mais rápido naquele tipo de descida técnica. Olhando apenas para a altimetria, até parece que +1500m para 30km nem são nada de especial, mas é preciso contar que o equivalente negativo não vai “compensar” o tempo pois tem o tal factor “técnico”. Em termos físicos, não tive qualquer desgaste fora do normal, nem qualquer impacto das tais quedas. Fico sempre a pensar como é que os "Killians" e afins conseguem passar ali de forma mais rápida do que eu vou na estrada… Talvez volte um dia para fazer a mais longa, se não, fica já este carimbo no passaporte.
Aqui fica a minha análise (review) da prova:

Pontos Positivos:
  • Excelentes marcações
  • Percurso desafiante
  • Abastecimentos 
  • Organização
  • Banhos
  • Bonito troféu
Pontos Negativos:
  • Talvez para os da Ultra 55km, nós os lentos, fossemos um incómodo na parte final
  • De resto nada mais a salientar
O meu registo no Strava:


Abraços e boas corridas!

terça-feira, janeiro 21, 2020

Trail de Lousa

No passado Domingo estive presente pela segunda vez consecutiva no Trail de Lousa na versão de 23K. Este ano mudou de “circuito”/ organizador mas o percurso manteve-se.
Este foi mais um treino, e como a prova não é nada fácil, ainda se juntam aos 1300m+ de desnível, a lama muito densa e quase barro que aparece logo numa das subidas mais inclinadas, nas descidas também torna a deslocação muito difícil. Eu tive duas quedas, um tropeção em plano, e uma mais violenta numa descida, que levou o nariz ao chão e fez com que a perna esquerda fosse algo magoada o resto da prova (isto foi cerca dos 13km), acabei com 3h41m e cerca de mais 10 minutos que no ano passado, que já tinha sido lento. Quando digo lento é comparando com a minha posição no pelotão relativamente às provas de estrada.
Conclusão, fiquei algo empenado, mas penso que terá sido uma boa preparação para os Trilhos dos Abutres 30K, de resto tudo bem.
Aqui fica a minha análise (review) da prova:

Pontos Positivos:
  • Boas marcações
  • Percurso desafiante
  • Abastecimento final
  • Sopa
Pontos Negativos:
  • Entrega do kit só de véspera e em Linda-a-Velha
  • Alteração de horário em cima da hora e com pouca divulgação
  • Sem medalha
O meu registo no Strava:
Abraços e boas corridas!

sexta-feira, janeiro 10, 2020

Os objectivos para 2020

Hoje trazemos uma breve entrevista, onde o autor deste blog aborda os planos para o ano de 2020 relativamente à corrida.

Já vimos que o ano 2019 foi muito bom. E este ano? Vai ser melhor?
- Em 2020 vamos tentar subir um pouco mais a fasquia, não tanto nos trilhos / montanha, mas nas longas distâncias e na estrada.

O que é que tem planeado para já?
- Este mês estou a fazer uma breve preparação para o Trail dos Abutres 30k (tive a sorte no sorteio). E como ensaio, vou voltar ao Trail de Lousa, para além de estar a fazer visitas constantes à serra de Sintra.

 E depois dos Abutres? Quais as provas alvo para este ano?
- Tal como disse no início, vou apostar na longa distância e quero fazer uma boa prestação nas 12 horas das 24h de Mem Martins que serão no primeiro fim de semana de Maio. A partir de Fevereiro vou iniciar o plano de treino, vamos apostar em volume de tempo e também na qualidade com treinos intervalados de velocidade e de ritmo.

Qual vai ser o objectivo para as 12 horas?
- O objectivo é sofrer o menos possível e atingir a maior distância que conseguir. O sonho é conseguir os 3 dígitos… vamos ver...

Até lá vamos ter a sua presença em alguma prova?
- Devo testar a velocidade na clássica Corrida dos Sinos e testar a força no Trail da Costa Saloia, entre final de Março e meados de Abril, e não tenho mais nada previsto.

E para o resto do ano?
- Por acaso até já estou a pensar bastante nisso… quero bater o meu record (3h 25m) na maratona em Outubro, tudo aponta que seja em Lisboa.

Obrigado, desejo que concretizes todos estes ambiciosos planos para 2020.
- Agradeço e desejo que todos os leitores deste blog possam concretizar tudo o que planearam em termos pessoais e em termos de corrida.