sexta-feira, agosto 02, 2019

20 maratonas (e ultras)



Recentemente o nosso amigo e muito “paciente” e dedicado João Lima actualizou a lista dos portugueses com 50 ou mais maratonas e ultras. Fiquei curioso, fui contar as minhas e cheguei à conclusão que este ano também fiz o número redondo de 20 maratonas e ultras.

Tudo começou em Paris em Abril de 2005 (foto acima), ao inicio com uma “febre” de fazer sempre melhor. Depois tive a “febre” de fazer mais. Depois tive uma ausência de 2009 até 2017 e desde aí têm se juntado também as ultras (ainda só três…).

A maratona levou-me a Paris, Barcelona, Madrid, Sevilha, Porto e Londres. Esta ultima foi a experiência mais inesquecível que tive na corrida, é claro que Paris foi a primeira e foi uma prova incrível, mas em termos de ligação com o publico e toda a energia que daí advém, a prova da capital britânica é de facto um caso único. Acredito que Nova York e Boston tenham tanta ou mais energia, mas a essas ainda não tive a sorte de ir.

Se me pedissem uma pequena lista de 5 provas que gostava de fazer, neste momento, eu diria:
  • Maratona de Boston
  • Ultramaratona Comrades
  • Maratona de Nova York 
  • Maratona de Berlim
  • Ultramaratona Western States (ou Leadville)

Se alguém quiser patrocinar uma destas provas é só contactar-me.
Abraços e boas corridas!

terça-feira, junho 04, 2019

Ultra Trail de Sesimbra

No passado domingo terminei o meu primeiro semestre em termos de provas.
Fui fazer mais uma ultra para o meu curriculum. Aparentemente seria de “apenas” 43 km mas a mim deu mais de 45 km, escolhi uma prova já com nome no calendário e bem cotada – o Ultra Trail de Sesimbra – organizada pelos “dinossauros” o Mundo da Corrida e a minha primeira prova do calendário nacional da ATRP.
Estava previsto um dia de imenso calor, acima dos 35 graus, aquela zona também não me parecia ter muita floresta ou sombra, como tal, optei por um chapéu com bastante sombra e por não levar bastões para estar mais liberto para hidratar… O meu pessoal montou acampamento ali na praia e lá ficaram até ao meu regresso, passadas muitas horas.
A partida da ultra foi dada às 8:00 e eram cerca de 200 participantes, fizemos a marginal da praia a ritmo controlado por um jipe da organização até chegarmos ao estradão em direcção da praia da ribeira do cavalo, um dos ex libris da prova, uma bela paisagem, uma subida bastante inclinada e muitas fotografias (acima a foto é do Fotos do Zé), tudo sempre sem stresses e nas calmas. 
Depois é ir sempre pela costa por estradão e por trilho até às ruinas do Forte de São Domingos da Baralha, mais uma subidita e depois sempre a rolar até ao santuário do Cabo Espichel depois continuamos pela costa  e nesse percurso  cerca dos 21 km (onde ia sozinho) falharam-me as fitas e quando dei por mim deixei de ver pegadas e tive que voltar atrás (pelas minhas contas foram uns 500m ida e volta), pelo que vi da classificação dos pontos cronometrados, andei sempre pelos mesmos lugares, muito conservador por causa do calor  e porque não conhecia a prova. 
Forte da Baralha - flickr

Na zona da praia da foz, deixamos de ter o pouco fresco do mar e entramos numa zona muito seca e árida, ia perto de um grupo de 4 ou 5 participantes, mas mesmo nas zonas “corríveis” já estávamos de tal forma cozinhados pelo calor que não dava para correr durante grandes períodos e a coisa acaba por ser contagiante entre o pequeno grupo. Aos 32 km chega a parte mais desmotivante de toda a prova – a pedreira – em qualquer prova ou em qualquer dia seria algo dispensável, mas com o calor que estava, até o abastecimento parecia que tinha estado na guerra, só destroços e ninguém muito prestável para ajudar. Lá segui e ainda deu para ganhar alguns lugares, depois de passada a pedreira temos uns km a descer para recuperar o ritmo e refrescar com o vento até à subida para o castelo, foi cerca de meia hora para fazer 1600 metros, eram cerca das 14h00 e a temperatura estava no seu auge, a média de inclinação é de 10% mas os tendões já estavam no limite quando se esticava mais a perna. Os 7 km que faltavam até à meta foram também lentos, mais pelo desgaste acumulado do que pelo perfil, a descida também era demasiado técnica e ainda foi mais lenta que a caminhada até lá chegar. Quando finalmente cruzei a meta, após 7h33m de prova, estavam a ser as cerimónias de entrega de prémios, o amigo Orlando Duarte estava dedicado a tirar-nos fotos e o moço das medalhas também foi simpático a dar animo, o pessoal do abastecimento final é que já devia estar farto daquilo e não me ligaram (quase) nenhuma… 


Com muita dificuldade, lá tirei as meias e o resto do equipamento e juntei-me ao meu acampamento para dar dois saborosos mergulhos e esperar que as cãibras acalmassem para poder conduzir. 
Agora vou ter uns dias de descanso e de planificação da segunda metade de 2019.

Aqui fica a minha análise (review) da prova:

Pontos Positivos:
  • Inicio de percurso muito cénico
  • Bons abastecimentos e muitos
  • Bastantes participantes
  • Bonita medalha
  • Boa zona de partida / meta 
Pontos Negativos:
  • Marcação podia estar melhor
  • Zona da pedreira seria de evitar

O meu registo no strava:

Boas corridas!

segunda-feira, maio 13, 2019

Trilho das Lampas

Era uma falha no meu curriculum nunca ter participado nesta prova. 
Foram várias estreias neste início de noite de sábado, primeira vez no Trilho das Lampas e primeira prova com frontal. 
Já ouvia falar há muito tempo desta prova que teve a sua 7ª edição, nunca me deu para participar, ou por não andar pelas provas de trail, ou por não se enquadrar no meu calendário. Desta vez até fazia parte do circuito werun (dava o cashback na prozis), não pude faltar. Fui com equipamento minimo, apenas um copo nos calções, telemóvel e o obrigatório frontal. A prova é muito agradável, passa por onde tem que passar, mostra a todos as belezas da costa de Sintra e não inventa subidas só porque tem que se subir numa prova de trail. 
Como disse, foi a primeira prova com a luz na testa, gostei da sensação de fazer cerca de 1h30m às escuras por belos e agradáveis trilhos. A minha prova deu para o que tinha, as pernas ainda estão algo desgastadas pelas duas provas nas semanas anteriores. Analisando, nestes trails de cerca de 20 km, até terá sido dos que consegui melhor média, mas nesta provas há sempre que ter em atenção o desnível e de como ele aparece, mas também não é isso que importa.
Muitos participantes, alguns engarrafamentos, muito bem sinalizado, principalmente à noite e nas zonas perigosas. Tinha marcação a cada km, mas a partir de determinada altura começaram a aparecer uns numeros muito elevados (deve ter havido alguma alteração de percurso) pois o meu gps deu a distância anunciada (cerca de 24km) mas as placas pareciam apontar para 27km...

Aqui fica a minha análise (review) da prova:

Pontos Positivos:
  • Bonito Percurso
  • Bem marcado
  • Sem inventar subidas só porque sim
  • Muitos participantes
  • Sopa quente no final
  • Medalha a sério
Pontos Negativos:
  • Abastecimentos muito separados em termos de duração
  • Marcação da distância
O meu registo no strava:
Boas corridas!

segunda-feira, maio 06, 2019

Eco Maratona de Lisboa


Completei ontem mais uma maratona para a minha colecção!
Este ano resolvi tratar a prova com o seu nome em português. Tal como referi no ultimo post, já não me lembrava que me tinha inscrito nesta prova, em Janeiro, quando planeei o ano não contava fazer 42 km no fim de semana seguinte às seis horas a correr, nem foi uma prova que tenha gostado tanto, que tivesse que voltar no ano seguinte.
A estratégia era dar tudo o que tivesse para dar e caminhar apenas quando já não desse mais, fui sempre bem de inicio e puxei bem nas descidas para compensar a lentidão das subidas. À meia maratona estava com 2h07m o que era um bom sinal, mas o calor e os km da semana passada deram cabo das pernas por volta dos 30 km, a própria cabeça também não ajudava e o único objectivo que mantive foi tentar fazer melhor tempo que o ano passado.
Consegui, a muito custo, chegar com menos 7 minutos que no ano passado, fiz 4h35m. Em termos de classificação melhorei apenas um lugar, fiquei em 60º este ano em 120 chegados e fiquei em 11º no meu escalão (ainda de M45).
Apenas uma nota relativamente à denominação “ECO” desta maratona, deviam deixar de usar garrafas, poderiam oferecer um copo “soft” a cada inscrito e apenas ter garrafões nos abastecimentos, não sei se terão algum vassoura para limpar o lixo, mas o pessoal acaba sempre por deixar a garrafinha no caminho.
Aqui fica a minha análise (review) da Eco Maratona de Lisboa:

Pontos Positivos:
  • horário de partida
  • local e percurso da prova
  • abastecimentos e marcações
  • zona de chegada com bastante oferta e conforto
  • bengaleiro
Pontos Negativos:
  • poucos participantes na maratona (120 chegados)
  • t-shirt igual para todas as provas
  • medalha igual para todas as provas (?)

O meu registo no Strava:
Boas corridas!

segunda-feira, abril 29, 2019

6 horas nas 24 horas a correr em Mem Martins

Ontem bati o meu record de distância percorrida - 53,5 Km.
Estive presente, mais uma vez, nas 24h a Correr de Mem Martins, aqui bem pertinho de casa. A edição do ano passado tinha sido em Outubro e eu participei nas 3 horas pois tinha a maratona no domingo seguinte.
Desta vez estava inscrito nas 6 horas e era a prova pico do primeiro semestre do ano. O mais engraçado é que durante a passada semana recebi um mail com o meu número de dorsal na Eco Maratona de Lisboa (tinha feito uma inscrição low-cost logo em Junho) e nem estava a contar com tal prova no meu calendário, assim, a história vai ser semelhante desta vez.


Relativamente à minha prova; tinha feito há duas semanas um treino de quatro horas em circuito desafiante psicologicamente (voltas de 1 km com passagem em casa a cada hora para abastecimento), fiz um pouco mais de 40 km e testei a nutrição a usar na prova - a cada 60 minutos, cerca de 200 calorias de palatinose em garrafas de 33cl  de água e um bom copo de ginger-ale para dar gás, a meio tomei um reforço de electrólitos em cápsula -  e este treino correu muito bem, em termos de ritmo e até na recuperação pós prova. Assim, ontem, usei a mesma estratégia, levei um saco com o material, que deixei numa das tendas de apoio. Na prova das seis horas acho que não chegávamos a 15 participantes, eu optei por usar frontal na primeira hora (a partida foi às 6:00) apesar do caminho estar iluminado, era preciso ver os pormenores na parte mais "trail" do percurso (cada volta tinha cerca de 2,1 km em trilho, alcatrão, terra batida e passadiço de madeira), coloquei-me logo nos primeiros 5 e aí fiquei até ao fim. Na primeira paragem, tirei o frontal e coloquei os fones para me ir entretendo com uns podcasts. Durante a segunda hora de prova tropecei num tronco e fui ao chão com aparato e fiquei com algumas marcas, principalmente na cana do nariz (as fotos não o testemunham) e hoje estou com algumas dores nos braços. A partir das 10:00 com 4 horas de prova o sol estava já todo a descoberto e o calor começava a apertar, estava muito alerta para o ritmo cardíaco e fui reduzindo a minha cadência, passei a fazer a parte mais a subir a caminhar, a maratona foi feita cerca das 4h30m  e entretanto a minha claque já lá estava a apoiar, o tempo passou depressa mas a temperatura só deu para fazer mais cerca de 11km nessa 1h30m que faltava. Durante a prova pareceu-me ver uma cara conhecida - era o António Almeida - outro veterano dos blogs que eu já não via há uns bons anos, ainda trocámos uma frases durante a minha fase de caminhada. Quase consegui dar uma última volta inteiramente a correr, mas faltaram-me cerca de 200m. No meu relógio marcou 53,5 km a maior distância que já fiz desde que pratico corrida.
Depois, foi esperar pelos resultados - fiquei em 4º na geral e em 1º lugar no escalão M40/49 (a poucos dias de deixar de pertencer a essa faixa etária), mais uma subida ao pódio, desta vez para o lugar mais alto.


No próximo ano gostaria de fazer as 12 horas, vamos ver...

As fotos são de Orlando Duarte (Obrigado!)

Deixo aqui a minha análise review desta prova:
- toda a organização
- logistica
- kit de participante
- abastecimentos


Pontos Negativos:
- a única nota continua a ser o passadiço de madeira, foi arranjado mas ainda deu para tropeçar umas duas vezes

O meu registo no strava:

 Boas corridas!

segunda-feira, abril 22, 2019

15 anos de blog


É mesmo verdade. Já passaram 15 anos desde que iniciei este blog e por sua vez que iniciei a minha actividade neste mundo da corrida.
O início foi muito viciante como, penso, terá sido para todos nós que abraçamos esta modalidade, mas depois vamos atingindo os nossos objectivos e a “febre” vai abrandando, pelo menos comigo foi assim.
Logo que comecei a correr, coloquei como objectivo correr uma maratona e passados 12 meses estava a fazer a minha estreia em Paris, a primeira meia-maratona foi feita apenas com 2 meses de corrida. Depois tive aquela fase de melhoria dos tempos e fazer mais maratonas em várias cidades, consegui participar na mais emblemática de todas no nosso continente – a maratona de Londres – depois vieram outras prioridades, veio a família. 
Naquele tempo não havia aquela coisa chamada ultra-maratona ou trail, ficava-se a sonhar com Comrades , com Western States, com Marathon des Sables e ainda nem se falava de UTMB.
Hoje, tenho provas à porta de casa com 24h horas a correr, temos no nosso país uma das principais provas de trail em todo o mundo – MIUT – e temos três provas acima de 200 km no nosso país e com mais participantes portugueses que na maratona de Lisboa de há 15 anos.
Eu cá vou correndo, e agora vou traçando os meus objectivos em termos de distâncias cada vez maiores, fiz no final do ano passado a minha primeira ultra. E tenho pena que não haja mais ultras sem montanha, provas de estrada de 50km, 100km ou mais. Porque nos trilhos, corremos o risco de os organizadores nos porem a passar várias vezes pelo mesmo pico só para ter aquele desnível que se impõe.
Outra coisa que tenho pena é que no nosso país deixámos de ter corredores de elite, nos últimos 15 anos perdemos atletas masculinos capazes de fazer menos de 2h15m e a única excepção são algumas senhoras que ainda conseguem ser competitivas e fazer mínimos para as grandes competições mundiais. Lamento muito, mas na corrida entrámos naquela fase, como em quase todas as modalidades individuais, em que estamos sentados à espera que uma geração espontânea nos dê uma alegria e não fazemos trabalho de base para ter consistência de resultados neste campo.
Abraços e boas corridas! 

terça-feira, abril 02, 2019

Corrida dos Sinos

Se a minha contagem de ontem está certa, já são nove os meus sinos.
No domingo lá estive em Mafra para mais uma clássica, foi a minha primeira prova de estrada de 2019, quando vi que estava prevista chuva e céu nublado até fiz uns ajustes no equipamento, mas as previsões enganaram-se e esteve uma temperatura bastante alta para a época e complicada para uma prova de corrida (pelo menos para mim).
É com agrado que, apesar da concorrência, se vê uma prova a crescer no número de participantes. 
A minha participação não foi grande coisa, principalmente para um veterano da prova, deixei-me ir na onda logo de inicio e gastei as pernas para os últimos 5 km. Devido à boa novidade deste ano de ter a separação por tempos, pude começar logo rápido e quando me apercebo já vou com uma média perto dos 4:30/km o que é extremamente rápido mesmo sabendo que vamos a descer. Antes de chegarmos ao Sobreiro passa um senhor por mim com a maior das facilidades e a motivar toda a gente, pensei que fosse alguém que tivesse chegado atrasado, mas mais tarde, pelas fotos verifiquei que se tratava, nada menos, que António Pinto uma das ultimas estrelas da corrida europeia, que apadrinhava a prova deste ano e tinha o dorsal 1. Voltando à minha prova, depois de fazermos o retorno no novo sino gigante, senti que já não tinha pernas para fazer um ritmo semelhante ao que tinha feito até aí, então fiz um esforço para manter até aos 10k e depois foi gerir num ritmo moderado até ao fim, sempre a ser passado. Acabei por fazer quase o mesmo tempo do ano passado, 1h12m mas com uma péssima gestão de prova, talvez por estar afastado da estrada há tanto tempo.
Aqui fica a minha análise (review) da prova:

Pontos Positivos:
  • Melhoria na entrega de kit, desta vez no pavilhão;
  • Blocos de partida por tempo;
  • Muitos participantes;
  • Chegada na pista de atletismo.
Pontos Negativos:
  • A mini continua a partir ao mesmo tempo que a prova principal.
O meu registo no Strava:

Boas corridas!

segunda-feira, março 11, 2019

Trail da costa saloia

Ontem fui fazer uma prova à minha terra, Colares, foi naqueles pinhais que fiz as minas primeiras voltas de bicicleta, as quedas, os joelhos em sangue e cheios de pedrinhas, as cabanas feitas de cana, os campos de futebol, toda uma infância e adolescência está marcada naquela região.
Já tinha reparado nesta prova, mas como não andava tanto pelos trilhos, nunca tive oportunidade de participar. Esta foi já a quinta edição, estiveram cerca de 200 participantes na prova de 23 km e houve também uma caminhada.
Comparando com as outras provas que fiz este ano, esta foi muito mais ligeira, tinha apenas 600m+ de desnível e a única dificuldade era mesmo por volta dos 13km com a subida de uma parede na zona da praia de Magoito, de resto foi muito rolante, tendo algumas partes de corrida em areia nos pinhais. 
Eu fiz uma prova descontraída, talvez tenha gasto energia a mais nos primeiros 5km que são sempre em subida  e depois na descida acabei por ser ultrapassado por alguns participantes, a partir daí deve ter estabilizado a minha colocação na prova, foi muito agradável o percurso à beira das arribas, passando pelas Azenhas do Mar e até à Praia das Macãs, daí os últimos 3 km acabam por ser feitos no meio do pinhal, não em estradão mas mesmo na caruma e na areia, apenas marcada pelas fitas. Acabei melhor que pensava,  em termos de classificação fiquei em 66º na geral e em 21º no meu escalão com 2h39m.
Aqui fica a minha análise (review) da prova:

Pontos Positivos:
  • Percurso agradável e bem desenhado
  • Boas marcações
  • Avisos de perigo quando justificado
  • Abastecimentos, para além dos 3 anunciados, passei por uns 5 acho eu
Pontos Negativos:
  • Não haver aquele "recuerdo" final, uma medalha ou similar (se calhar até prefiro isso à t-shirt)
O meu registo no Strava:

Boas corridas!

terça-feira, fevereiro 19, 2019

Palmela Trail

Este domingo fui a mais uma prova do Circuito Lisboa Trail, desta vez foi Palmela na primeira edição deste evento.
Gostei muito da prova, a zona tem bastante potencial para provas deste género com uma grande oferta de trilhos. A minha prova correu bem, o percurso era bastante corrível até cerca dos 15Km (eu fiz a prova longa com cerca de 23km), depois chega-se aos cerca de 1000m de desnível previstos com duas paredes, uma logo ali nos 16km e a outra mesmo nos 2 km finais até aos castelo. 
A minha prova teve início às 9h00 e tinha bastantes participantes, cerca de 400, a prova curta e a caminhada tiveram inicio uma hora depois, o que fez com que eu me juntasse a um grande pelotão de caminheiros durante a tal subida final o que fez o ritmo ficar mesmo calminho durante a subida pois era um trilho apertado.
Acabei por fazer 3h08m, o que dá basicamente o mesmo ritmo do trail de Lousa, mas (posso dizê-lo agora) sem ter como prémio um "andar novo", ou seja, as pernas ficaram frescas logo no dia seguinte. Eu acredito que será resultado do hábito, mas também pode ser porque a prova não puxou demais.
Ainda terei mais uma prova de trilhos no início de Março antes de me focar a 100% nas 6 horas.

Aqui fica a minha análise (review) da prova:

Pontos Positivos:
  • Bonito Percurso
  • Bem marcado
  • Sem inventar subidas só porque sim
Pontos Negativos:
  • Entrega do kit só de véspera e em Lisboa
  • Abastecimento só de liquido
  • Muita confusão na zona pós meta no castelo (fila só para beber um pouco de água)
  • Preço elevado (apesar do cashback da Prozis, obriga a uma encomenda com o dobro do valor)
  • Medalha fraquinha - tipo base para copos mas nem diz a data ou o ano (ver foto acima)
O meu registo no Strava:

Boas corridas!

quarta-feira, fevereiro 06, 2019

Peninha SkyRace

Já em 2018 estava inscrito nesta prova mas por razões de saúde não me foi possível participar.
O manifesto do SkyRunner (Correr ou Morrer - Kilian Jornet) começa com "Kiss or kill. Beija ou morre. Beija a glória ou morre a lutar por ela. Perder é morrer, ganhar é viver. A luta é o que distingue uma vitória, um vencedor" - deve ser coisa séria esta do Sky Running, tecnicamente,  não sei qual é a diferença entre este tipo de provas e os outros trilhos... em termos burocráticos a SkyRace pertence à Federeção Portuguesa de Campismo e Montanhismo e acho que tem exigências em termos de desnível positivo e de pendente média da prova.
Fui na prova de 28 km D+1900 (havia também uma versão mini de 16 km), a partida foi junto a um segmento strava chamado "dragão" que é um caminho de cimento nas primeiras centenas de metros e depois continua em zig-zag até ao santuário da Peninha - ver foto seguinte:
Foram cerca de 2km a subir. Nesta prova aproveitei para usar pela primeira vez os bastões, o balanço é positivo, acho que as pernas agradecem mas tive que os levar sempre na mão e montados (levava um cinto que supostamente dá para os levar dobrados, mas pelos testes que tinha feito não me senti seguro que os mesmo ficariam lá, e como o perfil levava a muito põe e tira...). Depois de descermos mais 2km começou mais uma subida, o pelotão aqui ainda ía muito denso com a presença dos participantes da prova de 16K, temos uma paragem para ver as vistas e selfies que causou um pequeno engarrafamento, a realmente estava um belo dia a vista era maravilhosa mas não era preciso arrefecer tanto, ver foto seguinte:
Depois do abastecimento antes dos 8km, dá-se a separação entre a provas, a mais curta sobe logo até ao Monge e nós descemos o famoso single track de downhill "kamikaze" até ao célebre corta-fogo com um quilometro de distância e uma pendente tipo parede. depois descemos até à barragem (onde estava o fotógrafo Paulo Sezilio que tirou a foto do inicio), parte bastante agradável até começarmos a subir novamente, aí tivemos uma parte mais corrível onde se passam uns portões de quintas até encontrarmos mais um single track para descermos de novo, depois de chegarmos ao estradão nesse ponto as marcações não estavam perfeitas, as fitas estavam lá a assinalar o desvio mas deviam ter sinalizado na estrada pois o pessoal vai concentrado em recuperar o tempo e não se apercebe, quando eu virei estavam alguns participantes 500m abaixo depois de se aperceberem que já não viam fitas. Daí é sempre a subir até ao abastecimento e continuar a subir até ao Monge, depois há um trilho muito agradável de fazer, cujo segmento é "floresta encantada" e o nome está bem dado. Passei aí pelo grande Hélio Fumo e fui a caminho da Peninha de novo, fazendo as contas, era provável que fosse sempre a descer até à meta...
tás ta rir? by Bernardete Morita
...até perguntei ao voluntário que indicava o caminho, mas ele não se "descoseu" e lá fui a descer (pensava eu) até à meta, estranhei não ser no mesmo caminho mas sim mais na zona onde foi o grande incêndio do outono de 2018 e no sentido do Cabo da Roca e quando estou a chegar à estrada nacional a fitas começam a indicar o "caminho de burros" que podem ver na imagem abaixo até ao monte de pedras lá em cima, aí as minha pernas de Grândola voltaram e fiquei realmente com muito pouca mobilidade, os passos tinha que ser muito curtos senão os isquiotibiais prendiam... Depois foi realmente a descer mas num lento jogging até cruzar a meta em 5h20m
Gostei da prova, foi o que estava à espera, conhecer os famosos trilhos foi muito bom, não sei se os consigo encontrar de novo mas irei tentar num futuro próximo.

Aqui fica a minha análise (review) da prova:

Pontos Positivos:
  • Percurso desafiante
  • Caldo quente no final
  • Duche no final
Pontos Negativos:
  • Marcações podiam estar melhores nos cruzamentos
  • Medalha fraquinha
O meu registo no Strava:
Boas corridas!

terça-feira, janeiro 22, 2019

Trail de Lousa

No passado Domingo tive a minha primeira prova de 2019, o Trail de Lousa, na sua versão longa 20+, que depois de feito deu cerca de 24 km. 

Tal como puderam ver nos meus planos para este ano, vou apostar em provas de trail de distância média e próximas de casa. A ideia é habituar as pernas a declives elevados e não gastar demasiado tempo e dinheiro. Neste caso o trail de Lousa faz parte do circuito de trail de Lisboa com 10 provas ao longo do ano.

Eram bastantes participantes (cerca de 300) para a prova longa, quando se está em Lousa e se olha à volta, temos a certeza que planície não é um tipo de paisagem comum naquela zona, a vila está rodeada de montes com moinhos que há 100 anos ajudavam a produção do pão saloio, mas que no Séc. XXI foram substituídos uns bem mais altos e feios que ajudam à produção de energia eléctrica. Como se pode constactar na imagem do perfil as subidas e descidas são bem acentuadas para um acumulado positivo de 1000 metros.
Como já referi por diversas vezes, a minha abordagem a uma prova de trail é muito mais descontraída do que na estrada (onde temos sempre alguma obrigação com o cronómetro), também quando vamos a uma prova desconhecida temos que ir “à cautela” … e assim fiz, deixei-me ficar cá atrás e fui fazendo as subidas a passo e as descidas com a máxima cautela. Logo nos primeiros 3km temos um pico em que a parte final inclui escalada, ainda escorreguei, mas não foi nada de cuidado, depois foi uma descida em estrada e estradão até ao primeiro abastecimento só de líquidos antes dos 10km, a partir daí tivemos mais um pico, mas com a progressão mais limitada pois a chuva de sábado criou muito barro e as sapatilhas ficavam coladas ao chão, para além de se ir perdendo a tracção com a lama acumulada, a descida também foi complicada pela mesmas razões, aqui ainda senti um tendão da coxa a prender mas depois passou. A parte restante até à meta foi basicamente estradões e trilhos muito agradáveis com piso compacto (talvez uma parte menos exposta da serra), no abastecimento aos 18km estava muita gente pois era o único com sólidos, não perdi muito tempo só atestei a garrafa e bebi um isotónico e lá fui até à meta passadas 3 horas e 33 minutos de aventura.

No dia seguinte estive com dores musculares nos tais grupos que não são trabalhados nos meus treinos e por isso a descida de escadas ficou algo afectada. De resto considero uma boa participação, não tinha noção de quanto tempo iria fazer, mas o terreno o ditou. A próxima vai ser um tratamento ainda melhor, vão ser 1700m+ e 27km na serra de Sintra, – Peninha Skyrun - vou protestar, vou lamentar, vou bufar, mas eu mereço… ;)

Aqui fica a minha análise (review) da prova:

Pontos Positivos:

  • Boas marcações
  • Percurso desafiante
  • Duche no final
  • Abastecimento final

Pontos Negativos:

  • Entrega do kit só de véspera e em Lisboa
  • Abastecimento só de liquido aos 8 e muito tardio com sólidos (18km)
  • Preço elevado (apesar do cashback da Prozis, obriga a uma encomenda com o dobro do valor)
  • Medalha fraquinha - tipo base para copos mas nem diz a data ou o ano (ver foto acima)

O meu registo no Strava:
Boas corridas!

quinta-feira, janeiro 17, 2019

Os planos para 2019


Só hoje venho revelar os meus planos para este ano que já entrou há 17 dias...

Porquê só agora?
- Porque estava à espera do sorteio do Trilho dos Abutres.
Mas isso foi na sexta-feira passada!
-Pois, mas como não fiquei, tive que recalendarizar as coisas...
E então quais vão ser os principais objectivos?
-Olha, no primeiro semestre vai ser nas 6 horas das 24h de Mem Martins tentar fazer 60km
E essa prova é quando?
- No dia 27 de Abril, podem consultar aqui. É pena ser no mesmo fim de semana do MIUT
E até lá onde te podemos ver?
- Já no próximo domingo no Trail de Lousa 20K, ali para os lados de Loures.
Mas não tens mais nada previsto?
- Sim, sim... uma que falhei o ano passado, o Peninha SkyRace na serra de Sintra dia 3 de Fevereiro. Vai ser bem durinha!
Então? Tem que ser a ferros? E mais?
- Ok... o Palmela Trail (acho que é a primeira edição), o Trail da Costa Saloia e para desenjoar, a Corrida dos Sinos. Depois das 6 horas ainda devo ir pela primeira vez ao Trilho das Lampas e estou a pensar ir aos 45K do Trail de Sesimbra.
Assim sim! já são planos! E para o segundo semestre já tens alguma ideia?
- Já, mas não queria divulgar...
Ok, obrigado por nos dares a conhecer alguns dos teus objectivos para este este ano.

Abraços e boas corridas!

quinta-feira, janeiro 10, 2019

12 meses de corrida em 2018 - um balanço



Bom, não é bem um balanço, é mais um "apanhado" do que foi feito em termos de provas o ano passado.
Considero que foi um ano positivo em que os planos foram cumpridos, não na altura prevista, mas cumpridos.


Janeiro - Participação no GP do Fim da Europa e volta, planificação para o ano - primeira ultra em Sicó (fevereiro) e mais duas maratonas.

Fevereiro - Uma desconfortável gripe  e uma forte canelite e o respectivo abrandamento nos treinos levou a que falhasse o skyrunning da Peninha e um dos objectivos da época - os 50K de Sicó.

Março -  um mês com poucos treinos. Participação na clássica Corrida dos Sinos com uma prestação que não envergonha.

Abril - Muitos treinos longos com alguma verticalidade

Maio - a 15ª maratona, neste caso Eco de Lisboa no parque de Monsanto, fiz a um ritmo de trail para mais de 4 horas e meia.

Junho - Duas tiradas nos 10K com tempos rápidos, na prova de Santo António e na zona ribeirinha a Quidgest run.

Julho - Férias, praia e rodagens calmas

Agosto - Longões já a pensar em Outubro na maratona de Lisboa

Setembro - Participação na clássica Meia de S. João das Lampas e na prova de 10K da Bimbo para ganhar algum ritmo

Outubro - participação nas 3 horas da 24horas de Mem Martins a uma semana de completar a minha 16ª Maratona em Lisboa - que correu muito bem e sempre controlada.

Novembro - a minha primeira ultra em Grândola foi uma grande aventura e um grande empeno, que durou quase uma semana a recuperar o andar…

Dezembro - mais uma boa participação na Meia Maratona dos Descobrimentos

Agora, faltam os planos para este 2019... estão quase a chegar ;)

Abraços e boas corridas,

segunda-feira, dezembro 03, 2018

Meia Maratona dos Descobrimentos


Tive ontem mais uma participação nesta agradável prova na cidade de Lisboa.
Desde Grândola, tenho vindo a fazer rodagens de baixa intensidade e ao domingo uma volta de cerca 21km. Faltou alguma especificidade no treino para puder aguentar o ritmo pretendido durante toda a prova.
Para a edição deste ano tinha como mínimos,  ficar abaixo da 1h39m, sendo que a ambição era mesmo entrar na casa da 1h37m, tentei usar a mesma táctica de 2017, mas no último bloco de 5 km não tive pernas para baixar o ritmo, e a partir dos 17km tive que manter a velocidade até final tendo como tempo 1h38m07s - dois segundos acima do registo do passado ano. Pela pesquisa que fiz, eu escolho sempre esta prova para fazer um teste à minha disciplina em termos de ritmo e tentar que seja perfeita em termos de "negative split", talvez seja para encerrar o ano em beleza.
Uma prova internacional com mais de 5000 participantes (entre 10K e Meia maratona) ainda dá o mimo de entregar kits no dia da prova... não são todas as provas desta dimensão de se dispõem a esse processo no próprio dia. Eu, fui ao "Poço do Borratem" no sábado e levantei o meu kit sem qualquer problema.


Fonte: Diogo Baena


Em principio, foi a minha última prova de 2018, não estou inclinado para São Silvestres e este ano não vou ao trail da Ericeira. Ainda devo voltar aqui para falar dos planos para 2019 e fazer algum balanço deste ano.


Aqui fica a minha análise (review) da Meia Maratona dos Descobrimentos:

Pontos Positivos:
  • entrega de dorsais no próprio dia
  • WC
  • percurso
  • muitos participantes
  • zona de chegada com muita fluidez
  • abastecimentos com algo mais que água
Pontos Negativos:
  • não haver expositores no local de entrega de dorsais
O meu registo no Strava:

Abraço e boas corridas,

segunda-feira, novembro 05, 2018

Ultra Trail Serra de Grândola

aqui ainda levantava os pés

Tinha como objectivo para 2018 fazer a minha primeira ultra, era para ter sido logo em Fevereiro, nas terras de Sicó, mas por motivos de saúde, tal não foi possível. Entretanto os planos para voltar à maratona do Porto tiveram que ser alterados, ao pesquisar nos calendários surgiu-me esta ultra na "terra da fraternidade", são 50k com 2600m de desnível positivo (como se eu soubesse o que é isso).
sim, finisher!

Eu encaro as provas de trail de uma forma diferente da estrada, vou lá para desfrutar sem estar preso a ritmos ou tempos, apenas fui pesquisar as poucas provas que tenho no meu curriculum para ter ideia de um tempo previsto de chegada. Em termos de treino, eu não faço nada de especifico de trail, moro ao lado da serra de Sintra, faço as minha passagens por estradas e estradões, mas como ando sozinho não arrisco a ir para trilhos, (o meu relógio não dá para colocar as rotas) e há sempre tráfego de btt, toda essa falta de treino especifico vai pagar-se caro quando a coisa é a sério.
picos e mais picos, parece um pente!

os tais que não estavam à espera daquilo!

Relativamente à minha prova, devíamos ser cerca de 40, partida às 8:00 verificações de material feitas, lá fui a um ritmo moderado, nas primeiras subidas meto passo, passam uns tantos por mim, o Tiago Dionísio, dois senhores a dizerem que vão à via Algarviana e eu mantenho o meu ritmo, são 50Km e ainda agora passei os 5km, uma senhora passa por mim, eu depois passo por ela na descida, mas na subida seguinte ela passa por mim... a partir desse momento nunca mais vi ninguém da minha prova até 500 metros da meta (afinal ia um moço à minha frente e a pouca distancia) ,só tive companhia numa subida onde havia um cruzamento com atletas da prova de 25km, depois só falava comigo (e que mal que eu falava) e com os voluntários dos abastecimentos (excepto no abastecimento dos 26,5 km que me senti como invisível, com tanta gente a quadrilhar, tive que ser eu a encher as minhas garrafas e nem sequer ouvi uma palavra de incentivo). Foi mais ou menos por essa altura que a tal falta de treino especifico se fez sentir nos biceps femurais (ver imagem), na subida de um dos picos que podem ver na imagem do perfil, senti um nó na parte posterior da coxa direita, paro, respiro dou mais uns passos e igual na esquerda... tive que subir aquelas paredes com um "passito a passito" mais curto, estava convencido que só iria sofrer  nas subidas mas enganei-me, as descidas ainda eram mais assustadoras pois o músculo também prendia, restavam-me as partes corríveis (como se pode ver no perfil não são muitas) e mesmo aí não deu, tive que fazer a segunda metade em "power hike" e os km a custarem cada vez mais a passar, quando estou num "delta" olho para o lado e vejo as paredes que ainda tenho que escalar, algumas com ajuda de cordas, e pergunto-me "será que é preciso sofrer tanto para fazer uns míseros 50km?", "levantar às 4h30, fazer 1h30 de viagem, andar durante mais de 8 horas a fazer "marcor", voltar de noite para casa?".
parecem mesmo as rampas do bucket brigade da Spartan Race

Sim, também tivemos que baixar a bolinha

Custou-me tanto a passar aqueles marcos, pequenos objectivos como a distância da maratona - passada com sacrifício e a subir mais um pico com cerca de 7 horas de prova. Às 3:35 (tempo que fiz em Lisboa) estava nos 23 km. Depois dos 45, aquele ponto em que seria a rolar até à metae que nunca mais chegava... ainda passei por alguns picos aos quais chamei todos os nomes que me vieram à cabeça.

Hoje ainda estou todo rebentado, e desço escadas com muita dificuldade, sento-me com muita dificuldade (as minhas filhas dizem que pareço um velhote daqueles que usam bengala), tenho vontade de nem sequer pensar numa aventura parecida nos tempos mais próximos. É claro que ontem, quando estava sózinho na serra pensei na dureza que será fazer o mesmo desnível mas em altitude, pensei no que será fazer uma MIUT ou um UTMB, mas também pensei em Spartan Race só que em vez de estar a subir e descer com um balde de gravilha,  estava a subir e descer com dois cepos nem forma de pernas ;)

Bom, agora já sou ultra, e até ao fim do ano só tenho planeada a meia dos Descobrimentos e depois logo se verá.

Aqui fica a minha análise (review) da prova:

Pontos Positivos:
  • preço muito acessível
  • saco de presença bastante recheado
  • desafio constante
  • marcações sem falhas
  • Abastecimentos com bastante oferta
  • duche no final
Pontos Negativos:
  • poucos abastecimentos, não pela distância entre eles mas pela duração.
O meu registo no Strava:

Boas corridas!

segunda-feira, outubro 15, 2018

Maratona de Lisboa

Voltei para fazer a minha 16ª maratona. Quando me inscrevi, numa promoção ainda em 2017, a prova ainda tinha R’n’R no nome, mas depois passou a ser só EDP.

Durante a noite de sexta-feira começo a ver alertas que o furacão Leslie iria “aterrar” em Portugal continental na zona de Lisboa, fiquei admirado por não haver avisos, mas com o avançar das horas a Protecção Civil acabou por lançar o alerta vermelho e durante o dia de sábado as partidas acabaram por ser adiantadas uma hora, no caso da prova principal, era para ser às 8:00 – passou para as 9:00. Desde que a prova não fosse cancelada, eu estaria sempre presente. O novo horário até foi bom para os que não gostam de se levantar demasiado cedo. A temperatura esteve bastante amena, existia algum vento, mas tendo como referência o Guincho, já passei por bem pior por lá… Mais de 3000 participantes numa maratona é sempre um sinal positivo, os avisos de mau tempo, a alteração no nome e a má experiência de 2017, podem ter tirado mais de 1000 participantes para este ano (não sei quantos estavam inscritos), mas acho que é uma prova que só tem motivos para crescer e se implementar no calendário internacional.

Quanto à minha prova, depois dos exageros da semana passada, não estava com grandes ambições, tracei uma estratégia conservadora para 3h40m e parti a travar nos primeiros 5K a tentar fazer mais lento que 5:20/km. Tinha combinado com o Carlos que a partir dos 10 /11km ele iniciaria mais um longão de preparação para Valencia até ao Cais do Sodré (km 41), assim foi, estivemos a pôr a conversa em dia e nem dei pelos Km a passar, fomos sempre abaixo de 5:10/km e cerca do km 27 o Carlos diz-me para seguir, e eu como até me estava a sentir bem fiz uns cerca de 9 km abaixo de 5:00Km, a subida do alto da boa viagem quebra sempre um pouco mas ia a sentir-me muito bem e os km a passarem rápido. Fiz como nutrição um gel GU a cada hora e por volta da 1:30 de prova tomei uma cápsula de sais, fui sempre bebendo apenas um gole ou dois de água a cada 2,5 km e usando o resto para arrefecimento.

Acabei por fazer um tempo idêntico ao ano passado - 3h35m29s (em 2017 fiz ligeiramente abaixo do minuto 35) e a poucos metros da meta eu e outro companheiro de corrida ainda ajudámos uma senhora que desfaleceu a menos de 10 metros da meta – passou a meta em ombros e foi entregue aos socorristas (espero que tenha ficado tudo bem com a senhora dorsal 378). 

Aqui fica a minha análise (review) da prova:

Pontos Positivos:

  • Rápida adaptação ao “plano B”
  • A entrega de dorsais correu muito bem e a expo estava com bastante oferta
  • Percurso
  • Muitos participantes
  • Abastecimentos a cada 2,5 km
  • Zona de partida sem confusões
  • WC
  • Recolha de bagagens
  • Transporte gratuito

Pontos Negativos:
  • Não tenho nada a apontar
O meu registo no Strava:
Abraços e boas corridas!

segunda-feira, outubro 08, 2018

3 horas nas 24 horas a correr em Mem Martins



Pronto, não é o melhor exemplo de "tapering" fazer uma prova de 3 horas a correr na semana anterior à maratona.
Na verdade, logo que soube desta prova, fiquei curioso, e ainda por cima a realizar-se, literalmente, à porta de casa. Como é óbvio não tenho preparação nem coragem para correr 24 horas, mas quando uma das provas no "menu" é de 3 horas, é claro que teria que participar. Também havia uma prova de 12 horas e uma de 6 horas, bem como as 24 horas em equipa.
Estive com as minhas filhas a assistir à partida e depois fomos passando pelo parque para ver como estavam as coisas, até estive lá às 00h00 para ver os dois participantes das 12h a partirem.
Deixo aqui o que filme da partida:

Antes das 9:00 de sábado lá estava eu de novo, desta vez como participante, éramos cerca de dez na prova das 3 horas. O circuito era feito no parque da bacia de retenção do Algueirão e nos terrenos adjacentes, cada volta tinha um pouco mais que 2 km e era feita em terreno misto, um pouco de asfalto, terra batida, trilho, passadiço em madeira, subida e descida, curvas e rectas ;). Eu parti com a ideia de fazer um ritmo de treino, o relógio não mostrava ritmos, apenas mostrava as horas e segui ao meu ritmo num grupo de três demos duas voltas mas depois o futuro primeiro classificado começou a esticar, e eu deixei-me ficar na minha onda. Aproveitei para treinar a minha nutrição para a maratona de Lisboa no próximo Domingo, estava muito sol e calor, o circuito também tinha muito pó, por isso a cada 2 voltas enchia o meu "soft flask", acabei por fazer quase 32,5 km quando tocou o meio-dia e 16 voltas à pista.
Pelas minhas contas teria ficado em 4º lugar da geral, quanto ao escalão não sabia, pois não tinha informação da idade dos outros atletas. No entanto deixei-me ficar para a entrega de prémios, e foi com muita alegria que verifiquei que fiquei em segundo lugar no escalão V40 (o vencedor era V50 e o terceiro era sénior) o que transformou esta experiência num momento inesquecível, um primeiro podium em provas de corrida, desporto que pratico há 14 anos.
Aproveito aqui para deixar os meus parabéns à organização - Real Academia - na pessoa de Álvaro Pinto, pela excelente prova, a pensar apenas nos atletas e dando as melhores condições possíveis para que tivessem uma experiência inesquecível.


As fotos são de Orlando Duarte (Obrigado!)

Deixo aqui a minha análise review desta prova:
- organização
- logistica
- kit de participante
- Oferta do livro de Dean Karnazes - "The Road to Sparta" - "A lenda da maratona"


Pontos Negativos:
- a unica nota é o passadiço de madeira, foi arranjado mas ainda deu para tropeçar umas duas vezes

O meu registo no strava: