quinta-feira, junho 24, 2021

corrida da árvore - uma primeira vez

No passado domingo dia 20, tive a primeira partcipação numa prova que já vai na 26ª edição. É verdade nunca surgiu oportunidade de participar nesta corrida que normalmente se realizaria em Março, não tenho a certeza se coincide com as lezirias ou com a meia da ponte...

Sendo realizada no parque de monsanto em Lisboa, calcula-se que terá algumas subidas e descidas, por isso não preparei uma "vingança" muito grande relativamente à má prestação em Vila Franca de Xira. 

Inscrevi-me no "slot" mais cedo que estivesse disponível que foi às 9:20h, comecei com a maior contenção possível, mesmo a descer nos primeiros Km, tentei não me entusiasmar pois não conhecia o percurso e poderia precisar de "gas" para algumas subidas. Fui  sempre controlado e acabei por fazer um tempo parecido com as Lezirias mas desta vez sem sofrer e tendo uma prova equilibrada.

Relativamente à organização tudo 5 estrelas, respeitando as normas e com todos os cuidados.


Tenho visto alguns resumos de provas de triatlo e não vejo partidas em "slots", vejo sempre partidas em massa e com centenas de atletas. Alguém sabe porque é que têm regras diferentes?

Abraço e boas corridas!

terça-feira, junho 01, 2021

Corrida das Lezírias - o regresso


Em 2004, quando comecei na corrida e este blog, a minha primeira prova de corrida foi a Corrida das Lezírias, na altura com cerca de 14K, eu corria apenas há um mês e acho que tive bastante coragem em me aventurar numa coisa daquelas... (aqui o link para o post de 2004)
No passado sábado, dia 29 de Maio, tive mais uma primeira vez na Corrida das Lezírias. Passados cerca de um ano e meio de confinamentos e adiamentos e coisas virtuais, a Câmara Municipal de V. F. de Xira e a empresa Xistarca, tiveram a coragem de realizar uma prova com as restrições / recomendações existentes durante esta pandemia. Eu inscrevi-me logo que recebi a publicidade do evento, a vontade não me faltava, a forma está mais para a de "barril" do que para o "baril", não tem havido grandes cuidados diététicos, os treinos foram continuando, mas sem objectivos não há motivação, e não passavam de rodagem em ritmo de jogging. Após a inscrição, tentei fazer uns treinos mais ritmados mas nada de especial.
As partidas estavam organizadas entre sábado e domingo, o escalão 50/54 calhou no sábado com partida às 15:30, cada escalão tinha um número máximo de 200 participantes e as partidas foram em mini slots de 4 participantes, partindo de 5 em 5 segundos. Eu inscrevi-me para fazer sub 50 min. e coloquei-me na minha zona, chegado perto da partida tirei a máscara e arranquei, estavam quase 30 graus e o piso de terra batida secava muito a boca, ao primeiro km quando olho para o relógio estou abaixo de 4:20/km e logo começo a reduzir pois assim nem para 3.000m daria... e como se pode ver pelo gráfico abaixo, foi sempre a descer o ritmo em escadinha. Quando passo pelos 5km até senti algo que já não sentia há muito tempo - "dor de burro", mas com o segundo abastecimento e já em ritmo de cruzeiro, acabei por recuperar. Na zona ao lado do rio, apesar de o vento estar ligeiramente contra, as sensações permitiram restabelecer um pouco o ritmo pois dava uma sensação térmica mais agradável. Assim ainda fiz duas ou 3 ultrapassagens e acabei a bater mesmo nos 50 minutos de prova. (as fotos são do facebook da xistarca)



O balanço - a falta de preparação paga-se caro.
As desculpas - o horário, o calor, a vacina covid tomada no dia anterior.
O que me deixa triste - ter levado a familia para assistir a este regresso às provas e tal não ser possível, tive que voltar para trás para deixar a minha mulher e as minhas filhas em Vila Franca, à descoberta do desconhecido, sozinhas...
O que poderia ter corrido melhor - este ponto que referi acima, bem estar fisico, psicológico e social, também é estarmos com a nossa família a apoiar, principalmente quando o espaço é amplo, arejado e permite a cada um cumprir as regras...
Organização -  Mais uma vez, ponto que refiro acima, não posso acusar a organização, mas posso acusar quem faz recomendações que não fazem sentido, como não deixar pais assistirem aos jogos dos seus filhos, sendo que à mesma hora cidadãos do Reino Unido se "esfregavam" à vontade na cidade do Porto.
Ainda pensei que tão depressa não voltaria a fazer uma experiência destas, mas vou fazer mais uma tentativa na Corrida da Árvore em Monsanto...
Boas corridas! 

 

quinta-feira, dezembro 31, 2020

Post virtual de fim de um ano quase virtual

Este inesquecível ano de 2020 só não foi completamente virtual em termos de corrida porque a pandemia só foi declarada em Março, até lá tive o meu momento mais alto e mais longo no Trail dos Abutres.

As organizações de corrida ficaram sem saber o que fazer e resolveram criar “corridas virtuais” – que não passam de virtuais - é só “pegar” num registo de um treino naquela distância, de uma plataforma de treinos tipo strava, e enviar esse link para a organização e está feita a participação na tal prova, sem classificação e sem controlo… a mim não me faz nenhum sentido nem me motiva.

Ainda só houve uma tentativa de prova sem ser trail - uma corrida no Jamor (Estádio Nacional) - nem sei se mais alguma organização pensou em fazer algo parecido com uma prova. Vamos ver como vai ser no ano 1 da nova década de outras coisas.

Eu ainda me mantive com vontade até ao verão, desde setembro, com o início das aulas das miúdas, tenho vindo a reduzir o volume das minhas corridas e então quando mudou a hora ainda menos motivação tinha. Mas ainda tive 241 dias activo e fiz “só” menos 400km que em 2019.

Não sei como vai ser o ano Bazuca 1, sei que algumas inscrições passaram para lá, mas não acredito muito que a motivação me apareça para treinar para alguma coisa não virtual.

Os meus desejos para 2021 são muita felicidade, alegria e principalmente saúde (na sua componente principal de completo bem-estar físico, psicológico e social) também espero que desapareçam todos os cadeados em parques infantis… 

Abraços e boas corridas,

sexta-feira, julho 24, 2020

O que se tem passado por aqui?


Desde a última vez que aqui estive para contar coisas de corrida, passaram quase 3 meses.
Em termos de corrida tenho mantido uma actividade constante desde o início de Maio, com uma média de 60 km semanais em ritmos maioritariamente de rodagem e sempre em estrada.
Como esta quarentena fez com que tivesse um novo membro na família (ver foto abaixo) - Odysseas Vlachodimos – ou Ody para os amigos, passei também a ter uma componente elevada de caminhada ou hiking (para ser mais fino).
Para activar o sangue e os músculos, faço de quando em vez um contra-relógio de 10K. Até agora fiz quatro para comemorar os 3 santos populares e o D’Artagnan 😊
Corrida de Santo António 10K – 13/06/2020 – 45:54
Corrida de São João 10K – 24/06/2020 – 44:30
Corrida de São Pedro 10K – 28/06/2020 – 45:52
Corrida de São Eder 10K – 10/07/2020 – 45:02
Foram ritmos sólidos que dão para provar que a pernas ainda estão capazes, apesar de algum descuido na dieta.
O futuro? Ao coronavírus pertence… No momento em que escrevo este post, está a decorrer a primeira prova de endurance (penso que em todo o mundo) desde março  - o PT 281+ ultramarathon-  e tem mais de 100 participantes, penso que provas assim à volta das centenas de participantes serão possíveis já a partir de Setembro, agora as outras, que para serem sustentáveis economicamente precisam dos milhares, é que eu não sei quando poderão voltar… e eu não sou daqueles que acredita que o fim será com a vacina, eu acho que vacina será coisa para daqui a muitos anos, acho que o fim será quando a OMS declarar  - o FIM – da pandemia.
Ontem publiquei mais um vídeo sobre os 3 sites para preparar os treinos e prever os resultados, podem ver aqui: https://youtu.be/4TfsD3nVKsU


Abraços e boas corridas!  

quinta-feira, maio 21, 2020

Alterações no Strava. E agora?


Esta semana entraram em vigor novas funcionalidades no Strava. Neste vídeo, faço a minha análise ao impacto das mesmas na minha utilização dessa aplicação.
Abraço e boas corridas!

terça-feira, abril 28, 2020

Este post seria sobre as 12horas a correr das 24h de Mem Martins

Pois é... no próximo fim-de-semana seria a prova das 24 horas de Mem Martins em que eu participaria na de 12horas. Nos tempos que passamos, estou a manter alguma actividade, mas nada de especial. Faço 3 dias de bicicleta no rolo (cerca de 30 minutos cada dia) e depois sábado e domingo tenho feito corrida - já não ando no quintal, já passei para as voltas ao quarteirão.
No fim-de-semana anterior, dia 19 de Abril, arrisquei participar  numa meia maratona - organizada pelo youtuber Seth James DeMoor - e correu bastante bem, fiz 1h46m a um ritmo muito próximo dos 5:00/km, senti-me solto, apesar de serem diversas voltas e sempre no mesmo sentido consegui manter um ritmo constante durante toda a prova.
Deixo aqui a ligação do strava:

Quanto à quarentena, já passei os 40 dias, tenho passeado o cão todos os dias, feito o exercício que descrevi acima e intercalado com a minha mulher as idas ao super-mercado quando necessário. Em termos de trabalho estou desde 16 de Março em remoto, e a produzir como antes (ou se calhar até mais). Confesso que já passei por uma fase de 80 (em que estava mesmo a concordar com tudo confinado e tudo fechado, etc) e agora estou numa fase 8 (em que acho tudo ridículo, desde as senhas para ir à praia, aos termómetros para os clientes de restaurantes, etc). Acho mesmo que temos que começar a sair e ganhar imunidade, proteger quem deve ser protegido mas não cair no ridículo. Ou então decretem logo 5 anos de isolamento total... Há pessoas a ficarem gravemente doentes, ou se calhar até a morrerem porque estão com medo de se deslocarem aos hospitais...
Temos que voltar ao "normal", se "isso", de facto, alguma vez vai voltar a ser o que era. Se continuarmos com a "paranóia" actual, garanto que a corrida de pelotão acabou, as maratonas vão ser só para elites e as outras provas de estrada e trail também. E nós vamos fazendo a "nossa" corrida higiénica com o tal "afastamento social". Sinceramente não acredito numa vacina que resulte, não acredito que seja solução, pois não é possível vacinar a população total do planeta em tempo útil. Acredito em amostragens de testes de imunidade (serologicos) e que a partir daí se vá garantindo a normalidade.

Abraço e vai continuar tudo bem.

domingo, março 29, 2020

Este seria o post sobre a Meia Maratona de Lisboa


Esta semana deveria ter publicado o texto sobre  a minha prova na Meia Maratona de Lisboa, mas de facto a prova não se realizou e foi adiada para Setembro (esperemos).
Vivemos todos um momento surreal, todo o planeta está a ficar dominado por um vírus chamado Corona e que causa uma doença chamada Covid-19. desde dia 14 de Março estou em casa em tele-trabalho, as minhas filhas e a minha mulher, só temos saído para ir às compras e despejar o lixo.
Todas as provas em que estava inscrito e ou foram adiadas ou canceladas, o desporto está cancelado, isolado, pelo menos é como eu vejo. Todos nós temos que nos abrigar e ficarmos em casa para que os profissionais de saúde consigam ter números suportáveis de doentes para assistir, isto se não queremos chegar ao ponto a que chegou Itália em que têm que optar pelos mais novos e deixar os mais velhos morrer.
Na primeira semana optei por fazer um "tappering" só com umas ginásticas com as minhas filhas e só na passada semana é que voltei a fazer alguma actividade - usar a minha bicicleta no rolo e correr no meu quintal- é claro que à hora a que eu corria não encontraria ninguém na rua nem na ciclovia, mas sou de opinião que temos que dar o exemplo, porque se todos formos sozinhos, acabamos por fazer uma multidão na mesma.
Nas imagem em cima estão os meus locais de treino - o meu quintal tem 19,2m de perímetro  e hoje fiz 10k lá (medidos pelo modo indoor running do meu relógio) o que deve ter dado cerca de 520 voltas, mas eu mudo de sentido a cada km (52 voltas...). Quanto à bicicleta tenho feito para já 30 minutos em que a única medida é mesmo o ritmo cardíaco, que tenho feito para fazer uma média de 130. Não se pode chamar de treino, é apenas manutenção da actividade física.
Vamos todos ficar bem, que passe depressa, e fiquem em casa!
Abraços,

segunda-feira, fevereiro 03, 2020

Trilhos dos Abutres

No passado sábado marquei presença numa das provas míticas do “Trail” em Portugal, os Trilhos dos Abutres.
O acesso à inscrição na prova é feito via sorteio e eu tive a sorte de me poder inscrever na prova de 30km. Optei por esta distância porque na planificação que tinha para este ano, não se enquadrava estar a fazer uma ultra com esta dureza considerável.
O despertador tocou pelas 4h00 e fiz os meus “rituais” para sair de casa por volta das 5h00 para chegar a tempo de ver a partida da ultra e não ter “stresses” com cortes de trânsito, etc. Fui até à expo que se situava no mercado e onde seria local de partida e chegada das provas, vi muita organização, tal como esperava, levantei o meu kit e aguardei mais um pouco para assistir à largada dos aventureiros dos 55km. Depois fui até ao carro, que ficou a umas centenas de metros, e fiquei lá um pouco até começar a preparar o material.
Vinte minutos antes das 10h00 fui para o controlo zero, onde pediram apenas para ver o telemóvel e o apito, e fiquei a aguardar com cerca de seis centenas de participantes a hora da partida. O tempo estava bom, temperatura amena, uma leve neblina e sem chuva. 
No inicio demos uma voltinha pela vila e optei por manter um ritmo mais forte do que o costume para não apanhar engarrafamentos, passamos pelo parque biológico e depois temos a primeira subida até à pirâmide, entre os 4 e 5 km, passou um rapaz por mim que ia a fazer marcas de guerra na cara (tipo índio) com a lama… depois tivemos uma descida acentuada em estradão, que deu para aquecer as pernas até aos 8 km. Depois é uma zona que acho que é uma pista de “downhill” btt mas que nós fizemos no sentido ascendente, apesar da inclinação não ser muita, não me senti com energia para correr e estar atento ao single track ao mesmo tempo, por isso fui intercalando. Aos 12 km temos o primeiro abastecimento, atestei a garrafa de água e bebi dois copos de cola e depois veio a “micro Zegama” - Srª da Piedade (que eu pensava ser um pouco maior) em que o público puxava por nós na escadaria, depois veio uma subida mais técnica e a seguir vieram 5 km com cerca de meio km vertical, num trilho agradável e muito bem marcado com bandeiras. Antes da bonita aldeia de xisto Gondramaz e o respectivo abastecimento aos 21 km, tivemos uma pequena amostra de descida mais técnica. Mas o pior veio a seguir, descida muito complicada, quer pelo declive, quer pela perigosidade, acabei por fazer os 6 km seguintes (que eram 550m verticais negativos) mais lentamente que a própria subida, havia uma parte onde surgiram os participantes da ultra e acho que eram de ritmos bastante altos o que também fazia com que estivesse constantemente a encostar para dar passagem. Acabei por cair só 3 vezes, mas nada de cuidados, os tendões é que se iam queixando das quase espargatas e dos levantamentos rápidos. Estava ansioso para que este tipo de terreno terminasse, mas mesmo depois do último abastecimento na aldeia de Espinho a cerca de 4 km da meta, ia todo “lampeiro” a carregar no acelerador e mais uns “atascanços” na lama e mais cuidados numas pequenas levadas e mais um rabo no chão… só já no alcatrão é que passei uns 8 ou 9 participantes para terminar em grande estilo.
Em jeito de conclusão, dei o meu melhor, duvido que mesmo com muita prática, tenha agilidade e coragem para ser muito mais rápido naquele tipo de descida técnica. Olhando apenas para a altimetria, até parece que +1500m para 30km nem são nada de especial, mas é preciso contar que o equivalente negativo não vai “compensar” o tempo pois tem o tal factor “técnico”. Em termos físicos, não tive qualquer desgaste fora do normal, nem qualquer impacto das tais quedas. Fico sempre a pensar como é que os "Killians" e afins conseguem passar ali de forma mais rápida do que eu vou na estrada… Talvez volte um dia para fazer a mais longa, se não, fica já este carimbo no passaporte.
Aqui fica a minha análise (review) da prova:

Pontos Positivos:
  • Excelentes marcações
  • Percurso desafiante
  • Abastecimentos 
  • Organização
  • Banhos
  • Bonito troféu
Pontos Negativos:
  • Talvez para os da Ultra 55km, nós os lentos, fossemos um incómodo na parte final
  • De resto nada mais a salientar
O meu registo no Strava:


Abraços e boas corridas!