segunda-feira, fevereiro 13, 2006


já disponível nas bancas!
Pegadas

Um companheiro da estrada e da paixão pela corrida vai já no seu segundo livro de poesia, chama-se António Bento e o seu último trabalho de poesia já está disponível nas melhores livrarias do país ou se quiser encomendar já, pode fazê-lo aqui.

Poema da página 18:

"Trai-me o nervoso miúdo, como nos namoros adolescentes.
Recordo, longínqua, a sepultura dos dias inocentes
livres das algemas da angústia.
Espreito a cortina do teu olhar e sonho uma nascente de pétalas,
soprada pelo vento que varre a planície.
O presente estremece, lentamente.
Quando me fixaste inferi, rendido, que apenas
teria tempo de pernoitar no rumor da
vaga anunciada."

Um abraço a todos!

estreia dos ASICS... com equipamento a combinar e tudo! :)
GP do Atlântico 2006 - Costa de Caparica - 10K

O objectivo era simples; fazer um tempo abaixo de 43 minutos. Os treinos têm sido puxados e todas as semanas temos pisado o tartan do Estádio Nacional para séries de 1000 e 1600. O meu antigo record (43:20) tinha sido atingido na última corrida do Tejo lá para Outubro do ano passado e por estranho que pareça as provas de 10K não são assim tantas.
O local de partida era muito apertado para os quase 1000 participantes, os carros estacionados ainda condicionavam mais essa situação, por isso a colocação na zona de partida teve que ser estratégica para não haver atropelamentos.
Foi dado o tiro de partida e como sempre o cronómetro só começa a contar a partir da linha. As ultrapassagens foram suaves e antes dos 500 metros de prova já estava do ritmo pretendido (cerca de 4:10/Km) e como sempre os meus splits são tudo menos negativos, pois a passagem aos 5 Km foi feita em 20:20 (não sei se é medo de não ter forças no final…). Aquela subida ligeira lá para os lados da Trafaria ainda me rebentou um bocado mas por volta da meia hora de prova o ácido láctico começa a estabilizar o ritmo, mas aí a componente anaeróbica começa a limitar o esforço, a mente começa-se a convencer que já não dá mais e que agora é só fazer a contagem regressiva de Kms, vai-se olhando para o crono para verificar se estamos no ritmo, verificam-se os batimentos cardíacos quase no máximo, pois o objectivo já estava atingido. O record fora batido por mais de um minuto! 42m16s!!!!
Quanto à organização, a inscrição foi muito cara para o que teve e para o que não teve. Para uma prova sem prémios monetários e sem nada de especial nos sacos dos participantes 5 € é muito dinheiro, mas mesmo assim aumentou quase em 200 participantes. Para além desse facto só tenho a criticar o pouco espaço à partida e a passagem pelo empedrado. Conclusão: uma prova em que voltarei a participar.
Tempo: 42:16 média cárdio: 174 bpm
A próxima será 20K de Cascais!!!!!
Um abraço a todos!

segunda-feira, fevereiro 06, 2006


dica da semana
quando algo está mal e queremos mudar...


Quando é ritmo lento, é mesmo lento!

Se queremos fazer uma sessão mesmo lenta, para recuperar e não conseguimos correr lento, como fazer?

  • Treinar entre 10 a 15 bpm abaixo do normal em treino
  • Nesses dias tentar treinar com alguém que seja bem mais lento que nós e tentar acompanhá-lo
  • Se nenhum dos pontos anteriores resultar, parar de 15 em 15 minutos para apertar os laços das sapatilhas

Quando no treino se anda mais do que em prova!

Quando nos treinos damos o máximo mas depois em prova há algo que nos impede de dar esse máximo, qual será a solução?

  • Ter sempre um objectivo de tempo em cada treino de qualidade, e anotá-lo no log
  • No treino nunca nos deixarmos seguir atrás de alguém que sabemos ser bem mais rápida que nós, o ritmo deve ser baseado nos nossos objectivos
  • Ensaiar o ritmo de prova, para vermos se nos sentimos confortáveis

Quando a rotina é demais!

Quando se corre a mesma distância todos os dias à mesma hora no mesmo sítio, como mudar?

  • No dia seguinte a um treino adicionar ou subtrair 10 minutos ao que correu no dia anterior, tentar circuitos de ida e volta.
  • Fazer variações de ritmo durante o treino, por exemplo; um sprint entre o segundo e o terceiro poste.
  • Aproveitar para testar os ritmos para as várias provas, durante os treinos.

Quando se começa a ficar farto de correr!

Quando já estamos fartos desta modalidade que tanto gostamos, como manter a motivação?

  • Tentar gastar as mesmas calorias a andar de bicicleta, e anotar no log como se fosse treino de corrida
  • Descobrir qual o ponto fraco, e tentar trabalhá-lo um vez por semana
  • Todos os anos fazer uma paragem na corrida de 3 a 4 semanas

Quando se é viciado em provas!

O que fazer quando não se consegue passar um fim-de-semana sem competir?

  • Devemos ser selectivos nas provas, devemos pensá-las como preparação para a nossa prova principal que é o nosso objectivo.
  • Utilizar a provas para “descansar” o corpo dos treinos mais longos e ao mesmo tempo para afinar o “carburador” e testar ritmos mais altos
  • Aproveitar essas provas intermédias para testar novo vestuário ou calçado, para testar novas bebidas ou suplementos.
Um abraço

segunda-feira, janeiro 30, 2006


no dia em que nevou
grande prémio do fim da europa


No dia em que a grande notícia no país foi a neve, cerca de um milhar de almas subiram a serra de sintra até um dos seus pontos mais altos e desceram até ao ponto mais ocidental do continente europeu.
Não há duvida nenhuma que estava a chover, que estava frio, que era muito a subir e que era muito a descer. A minha prova começou mesmo nas calmas, fui passando bastante pessoal do pelotão até ao cruzamento dos capuchos, continuei a passar... e naquela subida antes do cruzamento da peninha fiquei um pouco para traz, depois veio a (grande)descida, ainda dei um mergulho numa poça de lama, para refrescar, depois cortei a meta, andei na confusão da tenda dos prémios e não sei qual era o sabor ou a temperatura do chá, mudei de roupa e fui logo nos primeiros autocarros.
Os pontos a criticar são muitos deles originados pelo factor climatérico, é claro que a entrega dos sacos foi complicada e o inverso aconteceu no seu levantamento na chegada, a espera dos autocarros (pela qual não me posso queixar) já seria previsível, relativamente ao controle, apesar de eu usar um chip no pé, algures na serra de sintra havia um senhor a ditar os números dos dorsais para um telemóvel...

Para mim é uma aventura a repetir!

Um abraço

sábado, janeiro 28, 2006


dica da semana
uma redução, para afinação


Alguns treinos para preparar uma prova maior com provas mais curtas .

Quando se usa uma distância mais curta para afinar a preparação de uma prova, deve-se ter em conta uma distância temporal de pelo menos 4 semanas entre as duas competições.

  • Meia Maratona antes de uma Maratona – 3 X 3200 metros com 5 minutos de recuperação. Estas repetições devem ser feitas a um ritmo aproximado ao da Meia Maratona
  • 5 K antes de 10K – 6 X 800 metros ao ritmo de 5K com 400 metros de recuperação. (apesar de não existirem muitas provas de légua pode-se testar este treino com um contra-relógio)
  • Milha antes de 5K – 8 X 400 metros ao ritmo de milha com 1:30 minutos de recuperação. (aqui o mesmo… se não quiser ir a uma prova de milha, teste o treino num contra-relógio em pista)
Bons treinos!

NK

quarta-feira, janeiro 25, 2006


anúncio oficial
e a maratona de primavera é:


No dia 26 de Março lá estarei na capital da catalunha e na verdade estou a preparar-me para a qualificação para um dos meus momentos ZEN - a maratona de Boston em 2007, e para tal tenho que fazer melhor ou igual a 3h15m que é o tempo de qualificação para a minha faixa etária 35-40.
até lá vou contando as novidades...

NK

quinta-feira, janeiro 19, 2006


Dica de Treino
eu já!

Já alguma vez, no final de uma corrida teve a sensação que o coração / fôlego não conseguiram acompanhar as pernas?

Ou

Já alguma vez, no final de uma corrida sentiu que as pernas já não davam mais e pesavam o dobro, mas o coração / fôlego estavam prontos para mais?

Hoje tenho a solução para estas duas situações:

Uma vez por semana fazer uma corrida de ritmo (TEMPO RUN), bem como um dos três exercícios de cada conjunto, dependendo do seu "problema".

TEMPO RUN – Corrida de 25 minutos, com um ritmo por Km, 12 segundos mais lento que o seu record nos 10K

AERÓBICO – Falta de pernas

  • Séries 4 a 5 X 1600 m a ritmo de 10K, 3:00 minutos de recuperação
  • Corrida de 13 a 15 Km ao seu ritmo de maratona
  • Corrida de 2 horas ao fim de semana


ANAERÓBICO – Falta de fôlego / coração

  • Séries 6 X 800 m a um ritmo 20 segundos mais rápido que o seu record nos 10K, 2:30 minutos de recuperação
  • Séries 8 a 10 X 400 m a um ritmo 30 segundos mais rápido que o seu record nos 10K, 1:30 minutos de recuperação
  • Séries 16 X 200 m a um ritmo 30 segundos mais rápido que o seu record nos 10K, 1:00 minuto de recuperação

terça-feira, janeiro 10, 2006


Garmin Forerunner 305
será um mero restyling?


Como alguns de vós sabem a minha ferramenta essencial na corrida é o Garmin Forerunner 301. Ora no início do ano a empresa lançou a nova versão deste aparelho o Forerunner 305 (ver imagens), que continua a ter a frequência cardíaca, e o software de treino, as grandes melhorias serão a melhor captação do sinal GPS e ao nível do design.
A versão que eu uso tem cerca de um ano e na realidade estou muito contente, é verdade que tem algumas falhas (na meia da Vasco da Gama falhou na zona dos Olivais) mas é um ajudante fabuloso para manter o ritmo, principalmente o parceiro virtual, em que o utilizador marca o tempo que pretende fazer e ao longo da prova vai indicando se está à frente ou atrás do objectivo.
NK

sábado, janeiro 07, 2006


Asics
Gel-Speedstar

um modelo desportivo


"eu queria um ferrari amarelo..."

Quando me meti dentro delas o motor começou a rugir... a direcção assistida é das melhores, a suspensão activa deve dá a sensação que estamos a correr nas nuvens, o ABS dá a segurança que nunca tinha tido, o programa electrónico de estabilidade ESP dá um conforto fabuloso, e por fim a climatização automática empresta aquele toque especial.
Só não sei é se será cavalagem a mais para mim...


...promoções...

segunda-feira, janeiro 02, 2006


ano novo vida nova
São Silvestre da Amadora 2005


Desde a maratona de 4 de Dezembro, em termos de corrida só fiz o GP do Natal em 18/12, um treino de 17 Km na véspera de Natal no Guincho e agora a S. Silvestre da Amadora. Mas apesar disso tenho mantido o treino cardiovascular com os rolos na minha bicicleta.
Em relação à prova, os objectivos eram limitados, apenas fazer abaixo dos 45 minutos (fiz 44:26), não tinha qualquer conhecimento do percurso e o treino, como já referi, tem sido escasso. Antes da partida no meio do pelotão comecei a ouvir falar de rampas nos primeiros 3 / 4 Kms e de rectas dos comandos, etc. Foi dada a partida e lá segui nas calmas e subir e a descer e a ganhar ritmo, a tal subida dos comandos surge lá para os 5 ou 6 Km e até aí nem sinal de abastecimentos só já no final da mesma é que um senhor me mostra uma garrafita de água e me diz que é a última. Só depois me apercebi que a tradição nesta prova é usar os carros estacionados para colocar os abastecimentos em regime de self service.
Das provas em que participei foi onde senti que o publico apoiou mais os atletas, e realmente estava lá para isso e não só de passagem. Assim sendo classifico como muito positiva esta minha participação.


Tempo: 44:17 média cárdio: 175 bpm


Como bónus ainda poderão fazer o download do ficheiro do google earth aqui (botão direito do rato e escolher Guardar destino como... ou Save target as...)


Um abraço a todos!

sexta-feira, dezembro 30, 2005


bom ano! senhores vitores!
o balanço de 2005


No gráfico acima poderão ver a carga mensal em termos de distância, para a segunda maratona foi muito menor mas houve claramente um acréscimo de qualidade.
Quanto a números foi assim:

Distância total: 2011 Km
Treino Hard/Steady: 195 Km (séries e os tempo runnings)
Treino Easy/Rolamento: 706 Km
Treino Longo: 761 Km
Provas: 348 Km (19 corridas...)

e foi assim... um ano bastante positivo
brevemente vou revelar os planos para 2006

boas entradas!

segunda-feira, dezembro 19, 2005


poema de natal
Vinicius de Moraes


Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos —
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos —
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai —
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte —
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.

é quando um Homem quiser...
grande prémio de natal - Lisboa 2005


Deixámos os carros nos restauradores e fomos de metro para o Colombo, tropeçámos nas pessoas que queriam ir comprar e não vimos os que queriam ir correr… fomos para o lado contrário e lá vimos um aglomerado e malucos em cuecas e algum em ceroulas prontos para estorvar mais uma manhã de consumismo exacerbado na nossa capital.
Foi dada a partida quase sem darmos por isso e seguimos a ritmo moderado pois as subidas ao início eram “duras” principalmente aquela ao lado do estádio glorioso que nos iluminava o caminho. A mim soube bem ter privilégio de andar a alta velocidade na 2ª circular bem mais rápido do que circula por estas horas… Depois foi sempre a rodar até ao Saldanha e aí deu-se o click e fui a abrir pela ravina até aos restauradores.

Um abraço,
E festas felizes,

terça-feira, dezembro 06, 2005


um relato na primeira pessoa:
A primeira maratona - António Bento


No sábado (3/12) os últimos 20' para descontrair. Tudo a postos. Tinha iniciado o treino em 26 de Julho. 4 meses e uns pós de intenso e volumoso treino. Treinos pelas 6:30 da manhã (pelo menos os 2 durante os dias de semana), pescadores a perguntarem-me em Algés se ia fazer séries J, muitos nascer do sol, muita chuva e molhas torrenciais, muito Guincho. Muitos
quilómetros. O controlo dava boas pistas - 10km, Corrida do Tejo em 48:02, meia da Nazaré em 1:43:12. Grande motivação para correr a maratona acompanhado pelos Amigos do GAFE (Grupo de Atletas do Fundo da Estrada) - quer na corrida, quer a apoiar (obrigado Barrigas e Paulo Vieira). Também o Gonçalo (que na prática já é do GAFE), Amigo de infância que me acompanhara na estreia na meia de Lisboa há precisamente 2 anos. Também ele ia fazer a sua estreia numa maratona. O plano era simples - rolar a 5:30/km. Passar à vontade à meia e depois logo se via (2 semanas antes, 2 horas, ao ritmo de 5:30/km, com a pulsação bastante estável). Tudo era confiança. Pensava num tempo abaixo das 4h. Mas a gestão das expectativas nem sempre é linear e creio ter sido o factor decisivo para o que sucedeu.
Lá fomos no ritmo previsto. A pulsação estava elevada talvez devido à natural excitação. Mas os quilómetros passavam e não havia forma de baixar. Na Almirante Reis senti que para manter o ritmo estava a fazer um esforço elevado. À meia maratona o parcial de 1h59' - média de 5:39/km. Ainda assim dentro do previsto. Aos 25 km percebi claramente que, ou continuava e mais à frente limitaria as possibilidades de terminar, ou alternava caminhada com corrida para diminuir a FC e lá chegaria ao final. Aos 30km ainda pensei poder terminar um pouco acima das 4h. Aos 33km já não pensava nada a não ser terminar, fosse de que jeito fosse. A desistência aflorou o nível mais escondido da consciência, mas logo foi diluída pela certeza de que queria terminar e de que ia terminar. As palavras de incentivo sucediam-se entre companheiros de prova. Cruzei-me com o Gonçalo que também ia a sofrer bastante. No ponto de viragem a desagradável surpresa de ver os 2 moços da organização sentados com as mãos no queixo e nem 1 palavra. Ao invés da festa estavam a fazer 1 grande frete. Pelos 37 km uma nova onda de auto-motivação, "já só faltam 5 km" e agora pensava que conseguiria terminar abaixo das 5h. Pelos 39km a surpresa de ver o Pedro Oliveira em sentido contrário. Vinha-me rebocar. Ele e o Nuno Cabeça tinham terminado com 3:25. Menos 15' que em Abril em Paris. Grandes heróis. Meus heróis. Grandes companheiros. Aos 40km um "give me five" com uma atleta Suiça. Ela não percebeu e apertou-me a mão J. Palavras de incentivo mútuo e lá seguimos. Ainda tempo para sorrir ao ver o Pedro Teixeira e a Ana. "Gandas" malucos todos eles - à minha espera durante 1h e meia. Finalmente a placa dos 42km, a equipa GAFE e a Cristina. As fotos do Carlos, o Nuno a dar um último empurrão e a meta, tão desejada. Fiz a festa, levantei os braços, terminei. Ao fim de 4h51'! Terminei a minha 1ª maratona. Resisti a tudo e cortei a linha de meta. Afinal o mais importante.
As razões para tanto tempo no asfalto? Expectativas para menos de 4h que começaram inconscientemente a aumentar a ansiedade. Estava bem preparado e por isso mesmo talvez não tenha gerido eficazmente a expectativa. Um período de "tapering" calmo do ponto de vista físico, mas intenso do ponto de vista pessoal / emocional, nas 3 semanas que antecederam a prova. Comprovando igualmente que numa prova tão longa, apesar do treino ter corrido como previsto, apesar dos bons níveis de desempenho intercalares, há variáveis colaterais que têm tanta intensidade e impacto como o treino em si. E no dia da prova a pulsação não pode disparar daquela forma.
O que mais há a dizer? Que voltarei um dia a fazer outra maratona! Que se lixem os ritmos, o corpo é que vai mandar desde o início, tal como comandou a partir dos 33km! Que tenho uns Amigos fantásticos e que pertenço a um GAFE mágico.
Apenas mais 2 palavras para a organização: PARABÉNS, creio que no geral correu muito bem. Para além dos 2 moços que NÃO queriam estar ali no último ponto de viragem, a questão das marcações quilométricas. Não é aceitável que ao fim de 20 anos ainda não se acerte com a marcação dos km. Para quem faz uma maratona é fundamental para ver ritmos e ajudar a analisar a resposta do corpo.
Obrigado a todos os que me apoiaram para percorrer os 42,195m. Sou um dos Vossos, já consegui!

António Bento

segunda-feira, dezembro 05, 2005


vitória tangencial do homem sombra
Maratona de Lisboa 2005


Acordar às 5:50 para poder começar a tomar o pequeno-almoço precisamente 3 horas antes do início da prova. Beber uma boa caneca de chá e duas sandes de marmelada pensar em voltar para cama mas preferir ficar a ver a RTP memória, foi o início de mais um dia em que iria cumprir pela segunda vez a mítica distância.
A hora que tinha previsto para sair de casa era pelas 7:45 para poder arrumar o carro às 8:15 na zona do teatro S. Luís e estar no ponto de encontro (Café Martinho da Arcada) às 8:30 em ponto. Entretanto fui colocando as ligaduras e fitas adesivas nos respectivos locais; mamilos e zonas de potenciais bolhas, depois fui passear o meu cão durante cerca de 20 minutos e terminar de carregar a mochila, que para além de roupa seca tinha uma merenda para o final.
Os companheiros de Paris lá estavam, o Carlos devido a uma época atribulada só fez a meia e o Pedro O. para a distância total, ainda tínhamos o Pedro T. que fez de lebre até às duas horas de prova e o A. Bento que fez a sua ansiada estreia na distância.
Lá fomos sem grandes percalços até à Almirante Reis (como piada só me lembro de por volta dos 10 Km um senhor em sentido contrário dizer para outros que já levavam a luz do óleo acesa) nessa subida os Pedros tomaram algum avanço e eu fui a controlar o ritmo cardíaco sempre acompanhado pelo Carlos até que foi a separação no Terreiro do Paço. Passei à meia às 1:38 e estava a manter a distância para os Pedros nem me afastava nem me aproximava, eles fizeram um “pitt stop” a seguir ao abastecimento dos 25 Km e lá seguimos até deixar o Pedro T. na rotunda do monumento ao 25 de Abril. Por volta dos 27 Km passámos o Fernando Andrade que disse que não estava nos dias dele, e eu ainda respondi – “podera! com tantas nas pernas...”. Depois o passatempo foi procurar em sentido contrário pelo A. Bento acompanhado pelo Gonçalo também na sua estreia lá os vimos e pareciam bem, …mais uma vez aquela maldita subida daquele viaduto…Uff! O abastecimento do 30 Km muito bem servido com gels, banana e laranja e uma senhora que corria ao nosso lado para nos oferecer esses valiosos bens. Passamos pelo Terreiro do Paço aos 32 Km o Rodrigo silva grita: “Força Nuno, já só faltam 10 quantas vezes já fizeste 10?”, Pois é mas a partir dos 35 Km as pernas começaram a pesar o dobro, e começou a neura do desespero à procura do ponto de retorno que nunca mais chegava, e depois as pernas a cada vez mais pesadas e alguns quilómetros a ritmo de 6:00/km ou mais, vimos o Gonçalo e perguntámos pelo A. Bento e o Pedro O. ainda pôs a hipótese de ele ter desistido que eu disse não ser possível e no Cais Sodré lá vinha ele sofredor mas descontraído. A nossa meta estava à vista e o Pedro O. lá fez o seu sprint para a foto e eu consegui levantar os dois braços para saudar o meu sobrinho Afonso e os meus Pais e cruzar a meta em 3:25:39.
Depois foi esperar pelo A. Bento, o Pedro O. equipou-se de novo e foi ter com ele para o trazer (estas religiões orientais às vezes até resultam…) passado um bom bocado lá vinha o A. Bento com o seu Buda, mais uns metros e… missão cumprida!
Quando à organização, só tenho a dizer coisas positivas, considero que fui bem tratado desde a recolha dos sacos, aos abastecimentos incluindo a senhora que ia a correr ao nosso lado aos 30 Km. O saco no final estava bem recheado e a participação de muitos estrangeiros, dá-me ideia que até mais do que no ano anterior, trouxe uma cor muito viva a esta organização. Parabéns! E até para o ano.

Tempo: 3:25:39 média cárdio: 163 bpm


Como bónus ainda poderão fazer o download do ficheiro do google earth aqui (botão direito do rato e escolher Guardar destino como... ou Save target as...)



Um abraço a todos!

terça-feira, novembro 15, 2005


isso é uma ganda bolta!
1/2 maratona da nazaré 2005


Depois de um desarranjo intestinal durante 6ª e sábado, reavaliei os meus objectivos para esta prova e decidi fazer um teste para o ritmo de maratona (para quem me viu com atenção até levei uma bolsa com 3 power gel só para fazer peso), mas quando dou por mim a fazer o primeiro Km a 4:20, deixei-me ir.
Até Famalicão era a subir mas o vento ajudava e o ritmo continuava bem vivo. Quando passei o bidon vi algumas referências do "meu" pelotão bem atrás e apercebi-me que ia mesmo bem. Entretanto o vento não deixava as pernas seguirem esse entusiasmo resolvi ir "na roda" de um moço dos seus 1,90 m com equipamento da Câmara de Lisboa ou então dos "Nazarenos" (acho que o equipamento também era assim nas minhas colecções da bola quando era puto), mas lá fui a bom ritmo e sempre bem escudado, só na avenida principal é que abrandei um pouco e terminei com um tempo impensável há uns meses - uma meia a 1h33m!
Quanto à prova, correu muito bem - o prato era bonito a t-shirt também - não tive aventuras do duche porque não o tomei - no fundo uma prova mítica e sem falhas... até já temos os resultados. Desta vez o repasto foi um arroz de tamboril muito saboroso.

Tempo: 1:33:28 média cárdio: 165 bpm

E agora espera-nos o "taper" para a maratona de lisboa.

Um abraço a todos!

segunda-feira, outubro 31, 2005


uma clássica nas lezírias!
20 km de Almeirim 2005


Prova muito participada, como era campeonato nacional separaram com grades os não federados dos federados e ficámos a cerca de 300 metros da partida.
Como era de calcular, o percurso é completamente plano. Demos uma volta à cidade e depois sempre a abrir até à rotunda de Alpiarça e regresso, a chuva só fez a sua aparição no último Km.
Para mim a prova correu espectacularmente bem, fiz um ritmo médio de 4:23/Km o que foi fabuloso, perto do Km 10 senti a dorzita de burro que foi superada com facilidade aos 16 Km senti um “burst” de energia e comecei a passar pessoal, só foi pena o vento contra e impossibilitou a possibilidade do “negative split” ou seja a segunda metade melhor que a primeira. A organização foi boa, abastecimentos com esponja e em quantidade e ouve balneários no final.


Tempo: 1:27:31 média cárdio: 171 bpm

No próximo fim de semana é o longão dos 35 Km!!!!!


Um abraço a todos!

segunda-feira, outubro 24, 2005


um exemplo para o futuro!
corrida do tejo 2005


Das provas em que participei em Portugal, a Corrida do Tejo 2005 foi a que teve melhor organização.
A ideia de ter a t-shirt dorsal, eu classifico como um belíssimo golpe publicitário já utilizado noutras partes do mundo e com imenso sucesso, só falhando no aspecto de permitir excepções à regra (quem não quer usar a camisola, não participa!).
As falhas na medição dos primeiros Km, podem-se aceitar, apesar de serem evitáveis. À chegada esperava-nos uma “fruta-party” muito saborosa e “Penalties” de Gatorade à descrição, tudo muito funcional logisticamente, um verdadeiro exemplo para o futuro, o atleta de pelotão quer ser bem tratado.
Quanto à minha participação, foi cirúrgica, tinha previsto fazer um ritmo de 4:20 para 43 minutos que foram cumpridos à risca, até à metade da prova fui a marcar a lebre dos 45 a controlar o ritmo cardíaco nas 170 bpm e só por volta dos 6 Km é que senti uma dorzita no abdómen do lado esquerdo que quando começou a descida logo passou.
Agora só espero que esta organização seja plagiada por outras em próximas provas do calendário nacional.

Tempo: 43:20 média cárdio: 174 bpm

E sábado vou pela primeira vez à lezíria de Almeirim para os 20 k.

Ainda poderão fazer o download do ficheiro do google earth aqui (botão direito do rato e escolher Guardar destino como... ou Save target as...)


Um abraço a todos!

quarta-feira, outubro 05, 2005


treino repúblicano
grande prémio de alverca 2005


Este feriado foi aproveitado para um treino de "lactate threshold" em competição. A prova realizou-se em Alverca do Ribatejo e tem uma extenção de cerca 7,5 Km. Como tinha previsto no meu plano de treinos a meio da semana realizar uma sessão mais rápida no limiar do ácido lactico, aproveitei aaportunidade e lá participei pela primeira vez nesta prova que já vai na 26ª edição.
Teve a participação de cerca de 400 atletas, foi composta por 3 voltas na zona central de Alverca, a organização foi boa... só tenho a apontar a falta de desportivismo vulgo batota que tive oportunidade de assistir quando ia na 2ª volta entra um atleta novo em prova saído de um passeio e recebe um dorsal de um colega que ía à minha frente... não sei qual é o interesse (deve ter sido uma aposta de taberna, pois a prova nem tinha classificação colectiva)

Tempo: 32:23 média cárdio: 165 bpm


Um abraço a todos!

domingo, setembro 25, 2005


o regresso à forma
1/2 maratona de portugal 2005


Nada melhor para motivar do que fazer menos 6 minutos do que no ano anterior.
Parti com muita calma com o objectivo de fazer um ritmo a rondar as 4:40/km nos primeiros 5 Km, esse objectivo foi atingido apesar dos habituais zig-zags no início desta grande prova. Os segundo 5 Km são quase na sua totalidade a descer e deram para recuperar (até temos direito ao passatempo de ver o primeiros s passar em sentido contrário) e até dá para cumprimentar-mos o gloriosos companheiros de equipa. Depois do segundo abastecimento começou a aparecer uma dorzita de burro que me abrandou severamente o ritmo durante cerca de 3 km, quando passámos pelo ponto mais alto lá para os Olivais, as forças voltaram e fui a abrir até à Gare do Oriente sempre a picar-me com aquela loura de 1,80m com o top da tetra pack, passei por um companheiro de Paris, vi o Pedro O. e lá fui com ritmo bastante certo a rondar as 4:25/km, passei a meta e encontrei a melhor coisa de toda a prova: o belo do gelado da Olá... que espectáculo! Soube mesmo a pouco...

Tempo: 1:38:07 média cárdio: 170 bpm

E agora espera-nos a Corrida do Tejo para bater mais um record.

Ainda poderão fazer o download do ficheiro do google earth aqui (botão direito do rato e escolher Guardar destino como... ou Save target as...)

Aqui está o perfil da prova



Um abraço a todos!