terça-feira, dezembro 19, 2017

Ericeira Trail Run - 20K


Não me considerando um pioneiro, tive o privilégio de participar em algumas primeiras edições lá para para os anos de 2009 e 2010 - Trilhos do Pastor, Trilhos de Conimbriga Sicó e Trilhos de Almourol - isto para além ter ter por hábito iniciar a época na prova Trilhos do Monsanto (prova já desaparecida). Nessa altura já exista a Freita e a Geira Romana, mas para se fazer mais que 100 km era preciso ir a Ronda em Espanha e a edição não era anual. Ouvia-se falar do UTMB e da Trans Canária, mas eram só uns loucos que lá iam... Agora a oferta de provas em trilho é tanta que é difícil escolher e estamos numa fase de selecção natural em que só os eventos mais fortes vão sobreviver.

Fazendo a passagem para a prova em que participei este fim de semana e pelo discurso do organizador, no briefing antes da partida, fiquei a saber que a empresa vai deixar a organização desta prova, e este ano foi de transição para os Amigos do Atletismo de Mafra, dando já os tais sinais de selecção natural, agora é esperar por 2018 para vermos se existirá nova edição.

Quanto à minha participação, foi muito boa e sempre com o espírito trail - desfrutar e não esforçar -. 
Começamos com uma partida lançada no Parque de Santa Marta, em que nos primeiros 500 m não se podia ultrapassar o organizador. 
De seguida foi passar pela Praia do Sul, atravessar a estrada e entrar num percurso agradável de trilho até à ponte junto à foz do Lizandro. Aí com grandes vistas subimos e descemos até à praia de S. Julião de onde subimos até ao primeiro abastecimento localizado após os 10km na localidade de Pobral. 
Depois tivemos cerca de 2,5km a descer por um caminho "tipo romano" feito de lages e que escorregavam bastante e exigiam alguma cautela, depois molhamos os pés até ao tornozelo e sentimos a água fresca na travessia do rio Lizandro. 

Seguir por estradões até ao abastecimento após o km 17 para nos prepararmos para uma parede de 300m de quase subir com as mãos no chão (eram 23% de pendente média) e quando esta acabou foi sempre a descer até à meta.

Cheguei ao fim com 2h23m e em 78º na classificação, senti-me sempre muito bem. Nos abastecimentos não perdi muito tempo, apenas usei o meu copo telescópico para beber um pouco de cola. Não gastei a totalidade do 1lt de água que levei nos dois soft flasks. Caminhei quando as subidas o pediam e levei o relógio a visualizar o cardio.

Aqui fica a minha análise (review) da Ericeira Trail Run - 20K:

Pontos Positivos:
  • percurso cénico
  • bem marcado
  • dois abastecimentos
  • apoio policial nas travessias de estradas
  • Saber a classificação logo na chegada
  • Medalha bonita
Pontos Negativos:
  • balneários muito deslocados do local da prova
  • não haver controlo do material obrigatório
  • resultados colocados no site apenas na 2ªfeira
O meu registo no Strava:
Abraços e boas corridas,

terça-feira, dezembro 05, 2017

Meia Maratona dos Descobrimentos 2017


Depois da chuva sem fim do ano passado, este ano fomos brindados pelo frio. Tudo isto faz parte da época, não são queixas nem desculpas são apenas constatações.
Tenho marcado presença em quase todas as edições desta prova, desde o fim da Maratona de Lisboa, nesta data a Xistarca optou por fazer uma promoção "musculada"  e tem tido resultados positivos em termos de participação e em termos organizativos.
Passei a semana anterior com poucos treinos, devido às maleitas da época, nada de especial mas que tem sempre impactos nas vias respiratórias. Por isso resolvi resguardar-me da exposição aos elementos e acabar por fazer um tapering forçado.
Fui para a prova sem objectivos concretos, teria sempre que sentir o corpo e partir daí optar por uma estratégia. Como tal, comecei nas calmas ali pela zona dos 5:00/km, fui-me sentindo bem e resolvi manter a média dos primeiros 5K nos 4:50/km, chegando mesmo a abrandar, o Carlos F. passa por mim e diz que eu já o apanho...Para os segundos 5K deixei-me ir até aos 4:45/km e nos seguintes, ainda com alguma brisa contra, ligeiramente abaixo das 4:40/km, os seis quilómetros finais seriam feitos no "máximo" que as forças permitissem e com a tal brisa pelas costas, consegui uma média de 4:28/km nessa ultima parte da prova e acabei por fazer menos 1m30s do que na Nazaré ficando com um tempo líquido de 1:38:05. Fiquei contente com a marca e com a disciplina que consegui impor para implementar a estratégia estabelecida, já durante a prova.
Deixo aqui esta imagem que mostra bem a "geometria perfeita" criada pela minha estratégia de prova:
Relativamente a planos futuros, tenho prevista a participação no Trail da Ericeira versão 20K e ainda não decidi se vou a alguma S. Silvestre. Tinha  marcada para o passado dia 26/11 a Corrida do Monge mas entretanto foi cancelada. Estou a mudar as corridas para outros terrenos e com objectivo de acumular mais distância vertical do que horizontal tudo isto já a pensar do +50K de Sicó em Fevereiro.

Aqui fica a minha análise (review) da Meia Maratona dos Descobrimentos:

Pontos Positivos:
  • público
  • guarda-roupa
  • WC
  • percurso
  • muitos participantes
  • zona de chegada com muita variedade
Pontos Negativos:
  • falta de separação entre as faixas em algumas zonas
  • não haver feira do corredor
O meu registo no Strava:

Abraço e boas corridas,

segunda-feira, novembro 13, 2017

Meia Maratona da Nazaré







Fonte: Sonya Alves
Regressei à Nazaré.
Depois da minha última participação em 2013, regressei este ano à mãe de todas as meias maratonas.
O carro fica sempre no mesmo parque, junto ao mercado, e praticamente no mesmo sitio. Depois é o atravessar da vila em busca do dorsal, este ano não notei grande confusão e o processo foi fluido, a organização fez a oferta de um "buff" com padrões nazarenos e só no final da prova procedeu à entrega da t-shirt e do respectivo prato.
As perspectivas para a minha participação eram fazer abaixo de 1h40m, para tal tinha preparado uma estratégia de veterano conhecedor da prova, começando os primeiros 10K com ritmos calmos e na segunda metade libertar mais as pernas com as força que ainda tivesse.
Esta prova tem vindo a perder participantes nos últimos anos, talvez pela localização, talvez pela oferta de provas do mesmo género, talvez por falta de agressividade publicitária, pelo que pude analisar este ano chegaram menos que 600 atletas à meta, e em tempos não muito longínquos já chegaram ao final perto 2000 atletas. Por ser no centro do país, nota-se que vêm participantes do norte e do sul, mas são os tradicionalistas, aqueles que fazem questão de picar o ponto nem que tenham feito a maratona do Porto na semana anterior. Também há aqueles que regressam, como um senhor que cerca dos 12K nos dizia que a última vez que tinha feito esta prova tinha sido há 32 anos, na altura fez cerca de 1h23 e não ficou nos 200 primeiros (agora vejam os resultados e em que lugar fica um tempo desses).

Voltando à minha prova... Estava a sentir-me muito bem e a ultrapassar sempre, só que o ritmo não subia pois a nortada estava a dar luta, quando já estou a menos de 500m da meta um pórtico insuflável cai e fica atravessado na estrada, eu tenho que passar pelas cordas para o passeio e depois regressar à recta da meta que cruzei com 1h39m34s, sem sofrimento e com a satisfação de atingir o objectivo proposto.

A seguir devo participar no regresso da corrida do Monge na serra de Sintra 

Aqui fica a minha análise (review) da prova:

Pontos Positivos:

  • público
  • atmosfera mítica
  • o "buff" no kit de participante
  • zona de chegada sem confusão
  • o bolo de mel
  • o prato
  • tempo liquido de prova com evolução na classificação


Pontos Negativos:

  • não vi WC
  • alguma falta de promoção leva à redução de participantes 

O meu registo no Strava:

segunda-feira, outubro 16, 2017

Maratona de Lisboa Rock & Roll


Na minha 14ª maratona não fui muito ecológico, usei  toda a água que pude para que o meu corpo estivesse escondido da elevada temperatura que se fez sentir durante o dia de ontem entre Cascais, Oeiras e Lisboa.

O treino para esta maratona foi bom, só à base de rodagens, alguns "tempo runs" e muitos longões com partes a ritmo de prova. As expectativas eram boas apesar do calor previsto transmitir algum receio.

O meu despertador tocou ainda antes das 5h00 para tomar o meu chá e uns últimos hidratos, equipado e com os sacos, deixo o carro na zona do Chiado e apanho o comboio no Cais do Sodré. Ia mesmo muita gente, 99% eram participantes e familiares e muita gente sentada no chão, a viagem ainda é longa e não dava para ver a bela vista pois ainda era de noite, chegamos a Cascais e fazemos a caminhada para o local de partida. A zona pareceu-me bem organizada, sem stresses e filas para entrega de saco de bagagem nem para o WC, pois tinham uma zona grande com urinóis.

Parti da zona vermelha que salvo erro era para tempos entre as 3h45 e as 3h30. Tinha a estratégia para a prova bem definida e passei alguns ritmos para o meu braço esquerdo, para me recordar e conter. Como é uma zona bem conhecida por mim poderia cair em entusiasmos e estragar tudo logo de início, portanto fui a travar durante os primeiros 20km, aumentado de ritmo ligeiramente a cada 5km. Uma coisa que fiz diferente nesta maratona, relativamente a Sevilha, foi a nutrição, tomei gels aos 10k, 20k e 30k o que, acho, deu bons resultados pois não senti o muro dos 30/32km e provavelmente até foi a "zona" onde segui a um ritmo mais rápido. Como disse no início, ter abastecimentos de água a cada 2,5km depois dos 10k foi muito positivo primeiro porque permitiu usar a água para arrefecer a temperatura corporal e também deu uma certa motivação pois era rápida a passagem entre cada posto de água e os quilómetros iam passando. A minha segunda meia-maratona foi cerca de 5 minutos mais rápida que a primeira, consegui vir quase sempre bem abaixo de 5min/km e sempre a passar pessoal. Cortei a meta com 3h34m42s (chip) o que foi super positivo pois estava a apontar para um tempo na casa das 3h35m, portanto foi um objectivo superado.

Hoje, segunda-feira, sinto-me bem, com as pernas relativamente frescas.
Fazendo um balanço final, foi uma prova que me correu optimamente, e também foi bem planeada. Fico contente de ver tantos participantes estrangeiros nesta bonita maratona com muito para progredir.

A seguir devo voltar à Nazaré e depois à meia dos Descobrimentos.

Aqui fica a minha análise (review) da prova:

Pontos Positivos:

  • Novo percurso
  • Muitos participantes
  • Abastecimentos a cada 2,5 km
  • Zona de partida sem confusões
  • WC
  • Recolha de bagagens
  • Transporte gratuito


Pontos Negativos:

  • A vergonhosa entrega de dorsais, em que muita gente refere que esperou 3 horas na fila. Algo nunca visto em todas as maratonas em que participei. Eu apanhei 50 metros de fila à hora de almoço na sexta-feira e já achei um mau prenúncio. 
  • Vi muita gente com dorsal da prova parada ao longo do percurso, a fazer tipo estafeta, até pessoas que tinha visto na linha de partida, só espero que não tenham recebido a medalha.

O meu registo no Strava:

Um filme a partir do GPS:

Abraços e boas corridas,

segunda-feira, setembro 25, 2017

Corrida do Tejo


Pelos meus registos, esta foi a minha nona participação nesta clássica.
Este ano estou na fase final de treinos para a maratona de Lisboa e só participei porque me convenceram a ser “lebre” para um record pessoal. Assim, no sábado cumpri o meu longão e para a prova guardei as reservas suficientes para um ritmo entre os 5:10 e os 5:15/km que era o “valor” da encomenda ;)
A nossa prova foi certinha, gostei muito do sistema de vagas, partimos na segunda leva e cerca de 1km depois já estávamos com o ritmo pretendido sem ter muito para ultrapassar. A partir do segundo abastecimento o meu “rebocado” tentou afrouxar mas eu não deixei e conseguimentos ter energias para estar sempre a ultrapassar, eu ainda cumprimentei o companheiro João Lima já cerca do km 9 e em plena subida. Conseguimos cruzar a meta no objectivo principal, que era o minuto 52.
É muito gratificante ajudar alguém a atingir o seu objectivo e a ficar com um grande sorriso nos lábios, como foi o caso do meu amigo Tony.


Aqui fica a minha análise (review) da prova: 

Pontos Positivos:
- Uma clássica
- Muitos participantes
- O sistema de vagas
- Percurso
- Tempo liquido de prova

Pontos Negativos:
- Alguma falta de controlo quanto aos penetras
- Falta de saco no final da prova
- Medalha de plástico

O registo no strava:
Abraços e boas corridas,

segunda-feira, setembro 11, 2017

Meia Maratona de S. João da Lampas


A minha primeira vez foi logo no meu primeiro ano de corrida, em 2004...
Este ano apareceu-me numa altura em que estou a entrar na fase final do treino para a maratona de Lisboa a 15 de Outubro. Em anos passados, ou tenho estado fora, ou ainda estou numa fase muito inicial do meu ano desportivo.
Esta foi a sexta vez que marquei presença nesta mítica clássica que já conta com 41 edições.
A minha prova correu como se espera de um "veterano", sem grandes entusiasmos nas descidas, pois pode levar a algum desgaste que seja necessário nas muitas subidas. Mesmo assim e olhando para a 1h43m14s acabei por fazer o meu melhor tempo nesta prova, mesmo indo com o espírito de treino longo mais rápido.




A participação nesta prova é sempre muito agradável, quer pelo carinho da organização, quer pelo apoio popular nas diversas localidades, quer pelo espírito desportivo de todos os atletas.
Aqui fica a minha análise (review) da prova: 

Pontos Positivos:
- Uma clássica
- A festa
- O apoio popular
- WC e duches
- Parqueamento
- Percurso
- Tempo liquido de prova

Pontos Negativos:
- Nada a apontar

Deixo aqui os links para os locais de onde tirei as fotos que aqui publico, e aproveito para deixar aqui um agradecimento ao grande trabalho prestado:

O meu registo no Strava:

O video do ReLive:

Abraços e boas corridas,

quarta-feira, agosto 02, 2017

provas acumuladas - um mundo novo

Quando comecei na corrida em 2004, já havia muitas provas e com muita participação, existiam as minis e caminhadas. Maratonas, tínhamos duas em Lisboa, uma em Dezembro e outra na primavera, normalmente em Abril. Trilhos não tínhamos e ultras também não.
Não havia facebook mas as nossas redes socias eram os forums do mundodacorrida.com e do atletas.net e o pessoal protestava com as coisas que não concordava e combinavam-se loucuras kilométricas e divulgavam-se as coisas que eu no paragrafo anterior disse que não tínhamos...
Lembro-me do pessoal se revoltar porque no mesmo fim de semana da Meia Maratona de S. João das Lampas tinham marcado o GP de Queluz e gerou-se uma grande discussão lá nos tópicos. E de quando apareceu a Maratona Carlos Lopes que veio retirar a vez à Maratona de Lisboa (do Luis Sousa) da qual toda a gente dizia maravilhas.

Agora, em 2017, tenho andado com um olhar mais atento para o fenómeno ultra trail, e vislumbro,  separadas por apenas um distrito, duas provas de 100km no mesmo dia (20 de Maio - Estrela Grande Trail e Ultra Trail da Serra de S. Mamede) e se olharmos para o calendário ainda encontramos coisas mais curiosas (2 de Julho - LX trail Monsanto + Hard trail Montejunto + Sintra trail extreme - só na zona de Lisboa provas com cerca de 30K).
A Serra da Estrela está para o trail como o Terreiro do Paço ou a Praça do Império está para as corridas de estrada em Lisboa, há quase uma dezena de provas na serra mais alta do nosso País. Mas temos outras serras que também já estão muito saturadas de competições.

Devo salientar que nas Maratonas de 2004 os participantes rondavam as 5 centenas e que agora mesmo com o acumular de ultras, estas não têm falta de participantes e,  até pelo contrário, esgotam as suas inscrições rapidamente e as maratonas de estrada já ultrapassam facilmente o milhar de portugueses a finalizar a prova.

Não estou a criticar, estou apenas a constatar uma "bolha" que espero se torne mais racional e que não "rebente" de forma irremediável.

Constatei também que temos em Portugal uma prova de impacto planetário em termos de ultra trail que é a MIUT na Madeira, faz parte do Circuito Mundial e já tem o prestigio suficiente para ter os melhores atletas internacionais a quererem participar, e a cobertura dos principais meios de comunicação a nível global.

O pior disto tudo é que eu ando com ideias tristes... ;)


Abraços e boas corridas,

quarta-feira, julho 26, 2017

Sapatilhas baratas?

  • Vale a pena gastar 120€ nuns ténis de corrida?
  • É preferível comprar uns baratos a cerca de 12€ e, caso se gastem ou estraguem, comprar outros?
  • Quando gastamos dinheiro em ténis de corrida estamos a pagar o quê?

Vou começar por responder a esta última:
Pagamos algo que seja durável, algo que não nos cause lesões, que seja confortável, que até melhore a nossa performance, e depois, dependendo do gosto de cada um,  mais ou menos suporte e apoio. Uma boa estética também se paga.

Para responder à primeira vou usar um "depende", mas muitas vezes e pelos diversos factores já enumerados penso que não se justifica.

Resolvi fazer uma auto análise  e  a meio de Junho comprei os Kalenji Ekiden da Decathlon por 11,95€ e fiz 206,1 Km com eles, como podem ver abaixo no antes e depois, não têm nada de mais em termos de desgaste, as minhas corridas foram feitas 99% em alcatrão/ciclovia e a ritmos calmos e um ou outro mais forte. As distâncias mais longas foram os 16km mas a média foi de 10km.

Relativamente aos factores, que referi acima, para aquisição de  calçado mais caro, tenho a referir relativamente a estes de baixo custo:
  • Durabilidade: Nos mais de 200km não noto nada de especial em termos de desgaste, nem sola nem tecido.
  • Lesões: Não tive qualquer reacção  estranha nem durante nem no pós treino.
  • Conforto: talvez no interior na zona do peito do pé se sintam algumas costuras, nada que tenha incomodado no tipo de treino que tive.
  • Performance: muito leves (menos que 200g no meu número) para o que eu normalmente uso, e por isso até me deram alguma sensação de maior velocidade.
  • Suporte: Considero que sejam de médio suporte e a espuma usada na sola dá uma passada com algum apoio.
  • Estética: o pior dos factores, não são bonitos.
O antes:




O depois dos 206 Km:





Quanto à questão do meio, se é preferível?... não sei... "depende"


NOTA: não tenho qualquer patrocínio (pena...) para fazer esta análise.


Espero que tenham gostado desta análise. Só não vou usar estes na Maratona Rock&Roll de Lisboa porque entretanto iniciei outra experiência que abordarei aqui mais tarde.

Abraços e boas corridas,

segunda-feira, julho 10, 2017

pulseira - estou aqui adultos

Olá,

A PSP criou há alguns anos o conceito da pulseira "estou aqui" dedicado às crianças que, por alguma razão, se pudessem perder na praia ou outro local. A chapinha tem uma referência que ao ser comunicada ao 112, rapidamente se consegue contactar os responsáveis pela criança.
Recentemente a mesma instituição criou a pulseira "estou aqui adultos"  para pessoas adultas que "pelas mais variadas razões, possam sofrer alguma desorientação na via pública.".
Ora quando vi isto pensei que seria uma boa solução para quem anda a correr pelas estradas e trilhos sem documentos e pode levar uma pancada de um carro ou ter algum problema e fique inconsciente.
Resolvi pedir uma para mim e já ando com ela há cerca de um mês.
Quando a fui levantar, perguntaram-me quem era o idoso e eu disse que era eu ;) e dizem "isto é para pessoas que sofram de problemas de memória ou de desorientação"... mas no site não há nada a dizer que o meu caso seria incompatível com a pulseira. - site "estou aqui adultos"
Parece-me uma boa solução para quem anda a fazer treinos como nós.
O que acham?

Abraços e boas corridas!

terça-feira, maio 30, 2017

Corrida da Academia Militar - 10k ???

Estive no passado domingo a participar numa prova do "Circuito das Forças Armadas" realizada na Amadora, mais propriamente na Academia Militar.
Escolhi esta prova para encerrar a época, num fim de semana com bastante oferta, pela proximidade e até por "perfil".
Na passada semana comecei a sentir uma "moínha" no gémeo direito, por isso fiz corridas mais reduzidas e com ritmos mais moderados. Estava a contar fazer um bom tempo nesta prova apesar de nunca ter participado. Quando dei uma pequena volta pelo local, onde nunca tinha estado, percebi que não seria o local ideal para fazer tempo pois teria muitas curvas a 90º e fiquei a saber que teríamos corta-mato.
Comecei com um ritmo forte, mas com a parte de "corta-mato" comecei a entrar num passo mais realista. O tempo estava para o nublado mas durante a prova o sol marcou presença o que também abrandou o ritmo. Na segunda parte da prova acabo por seguir em velocidade cruzeiro e termino bem. Fico espantado quando olho para o meu garmin e vejo que a distância pouco tinha passado dos 9km e estou com 42:11 o que seria record pessoal caso a prova fosse realmente de 10km, estive a comparar o percurso deste ano com o de 2016 no Strava e é completamente diferente, o do ano passado entrou muito mais dentro dos terrenos da academia, chegando quase até aos Comandos, o deste ano andou ali muito à volta da zona da "parada"
Bom, a época está terminada e vou deixar os detalhes e planos para outro post.

Aqui fica a minha análise (review) da prova:

Pontos Positivos:
- Bons prémios de participação (mochila e porta-chaves)
- Local da prova
- Percurso variado
- Tempo liquido de prova

Pontos Negativos:
- Distância errada
- Poucos participantes
- Participantes da mini na segunda volta


Fica aqui o registo da prova no Strava:
Abraços e boas corridas,

segunda-feira, maio 01, 2017

1º de Maio, a corrida

há nove anos que não fazia esta clássica, sendo esta a quarta participação, nesse tempo ainda se partia da Av. Rio de Janeiro em frente ao estádio 1º de Maio.
Hoje acordei um pouco indisposto, preparei as minhas coisas e fui cedo para o local da prova, cheguei ainda antes das 08:30h, dei uma volta a caminhar pelos quarteirões do bairro de Alvalade (zona que aprecio bastante), quando voltei ao carro para me preparar, a vontade e o espírito ainda não tinha aparecido mas lá fui fazer um breve aquecimento na relva artificial do estádio.
A partida é feita na pista de atletismo e aí fazemos cerca de 300m até sairmos. Esta prova tem um perfil muito particular, e um veterano consegue tirar partido da gestão do mesmo, sendo praticamente sempre a descer até cerca dos 8km e depois essa descida paga-se com uma Av. Almirante Reis, que não sendo uma inclinação muito grande acaba por ser longa e uma grande perda para quem vinha a aproveitar o sabor dos ritmos mais rápidos. Eu optei por fazer essa primeira parte a um ritmo moderado sem entrar em grande esforço a guardar reservas para a tal segunda parte, mesmo assim passo aos 10k em 45:00 a um ritmo de 4:30/km, apanho “boleia” de um atleta da CGD e vou “na roda” até ao abastecimento, depois sigo outro pelotão e quando o terreno deixa de estar inclinado e as avenidas novas são ultrapassadas até entrar na pista e cruzar a meta em 01h08m11s, uns bons segundos melhor que nos Sinos há cerca de um mês.
Resumindo, o bom espírito e a vontade acabaram por aparecer e acabou por ser uma prova bastante saborosa e feita num ritmo controlado mas dando um óptimo resultado no final. 
Comparando com a ultima vez que fiz esta corrida, temos agora um público maior e mais participativo, pena ser maioritariamente estrangeiro...


Aqui fica a minha análise (review) da prova de hoje:

Pontos Positivos:
- Muitos participantes
- Muito público a incentivar (estrangeiro)
- Partida e meta na pista de atletismo
- Local de partida e chegada
- Tempo liquido de prova
- Nem se dá pela mini

Pontos Negativos:
- T-shirt de algodão
- Não haver medalha



Fica aqui o registo da prova no Strava:

domingo, abril 23, 2017

20k na marginal


Integrados na estafeta Cascais-Oeiras-Lisboa, tiveram hoje lugar os 20k na marginal. A partida é feita meia hora antes da prova principal e o percurso é fabuloso.
Hoje tentei usar de novo a táctica do split positivo mas o calor e algum mal-estar digestivo não deixaram e após uma passagem em 45:30 aos 10k resolvi acalmar enquanto me refrescava no abastecimento, antes dos 15k também resolvi fazer a subida do alto da boa viagem a caminhar... acabei por rolar até à meta e fazer uns redondos 1:40:00 no meu gps.
A minha próxima vai ser o regresso ao 15k do 1º de Maio, também propícios a uma táctica de split positivo, vamos ver como corre.

Aqui fica a minha análise (review) da prova de hoje:

Pontos Positivos:
- Cenário da prova
- Lebres para tempo
- partidas separadas
- Abastecimento solido
- Guarda roupa

Pontos Negativos:
- mais água no final e um saco
- não ter acordo com a CP

Fica aqui o registo da prova no Strava:

domingo, abril 02, 2017

Corrida dos Sinos


Uma clássica é uma clássica. 
Sempre que tenho oportunidade faço questão de marcar presença nesta tradicional prova realizada em Mafra na distância de 15km.
Hoje estava previsto sol, mas um vento fresco tornou a coisa suportável nesse capitulo. A entrega de dorsais parece sempre algo caótica, mas acaba por fluir rapidamente graças a uma boa organização.
Quanto à minha prova, tentei usar do conhecimento que tenho do perfil para ter uma estratégia em tudo semelhante à meia de Lisboa, ou seja, aproveitar a descida para ter créditos na subida. E assim foi, até cerca dos 8,5 km na zona do retorno fui com um ritmo perto dos 4:30/km e depois foi o que as pernas quisessem, elas até parece que nem estavam mal de todo, no final acabo por fazer um dos meus melhores tempos em 15km com 1h08m48s (tempo bruto) o que em termos líquidos daria cerca de menos 30s, mas já lá vamos... Eu hoje resolvi esquecer-me de pressionar o start no meu relógio e só me apercebi já depois de passar o 1km e a zona de maior aglomerado de participantes e consequentemente de ritmo mais lento.
Uma nota relativamente à nutrição - esta foi a primeira prova que fiz em jejum, os resultados parece que estão à vista.
Em resumo, foi uma grande prova, uma óptima prestação.
Aqui fica a minha análise (review) da prova de hoje:

Pontos Positivos:
- Muitos participantes
- Muito público a incentivar nas zonas residenciais
- Passagem junto ao Convento
- Final na pista de atletismo
- O Sino

Pontos Negativos:
- A mini partir ao mesmo tempo
- Não haver tempo de prova liquido



Fica aqui o registo da prova no Strava:
Abraços e boas corridas,

segunda-feira, março 20, 2017

Meia Maratona de Lisboa


Precisamente um mês depois da maratona de Sevilha, voltei à prova que todos os anos digo que não vou voltar.
Este ano, para não haver falhas, fui bastante cedo e às 7:30 já estava com o carro arrumadinho no Restelo e à espera do autocarro para Campolide. Às 9:00 já estava na ponte... aguardava-me uma hora e meia de seca.
As pernas acabam por ficar cansadas com tanto tempo de pé e sem aquecimento. Mesmo assim segui o meu plano de atacar logo de início e aproveitar as vantagens do inicio da prova e faço os primeiro 10k abaixo de 45 minutos a um ritmo de 4:33/km. Depois foi tentar aguentar o melhor possível, sempre em perda devido ao cansaço e ao calor.
Antes da prova ainda pensei em fazer abaixo da 1h40m mas quando vi o ritmo a que teria que ir pensei que seria um objectivo ambicioso demais e apontei para um abaixo de 1h43m, por isso quando passo aos 20k e vejo 1h33m fiquei espantado como consegui estar a fazer um tempo tão bom... no final acabei com 1h38m52s.




Resumindo, a estratégia de split positivo acabou por resultar muito bem, pois eu acabaria por baixar o ritmo na mesma, mesmo que tivesse economizado no inicio, o calor acabaria por não permitir atingir o ritmo desejado.
Este tempo era um dos meus objectivos para 2017, foi um belo dia do Pai,  agora é continuar no bom caminho.



Aqui fica a minha análise (review) da prova de hoje:

Pontos Positivos:
- Muitos participantes
- Cenário da prova
- Tempo de prova liquido
- Abastecimento solido
- Gelado

Pontos Negativos:
- horário de partida - pelo menos 10:00 ou mais cedo
- a partida devia ser em vagas por tempo
- falta de lembres para tempos
- muito tempo até ter água depois de cruzar a meta

Fica aqui o registo da prova no Strava:
Abraços e boas corridas,

terça-feira, fevereiro 21, 2017

Maratona de Sevilha - a minha XIII


Fiz no passado Domingo a minha 13ª maratona. No facebook andei a escrever que a última tinha sido há 6 anos, mas é mentira a última foi a Maratona de Lisboa em 6 de Dezembro de 2009, ou seja, 7 anos e dois meses... 
Foi em Outubro após uma razoável corrida do Montepio que decidi ir ao site da Maratona de Sevilha, falei com a família e o "decreto" foi aprovado. Depois foi planear os treinos e começar a meter km na pernas, um dos marcos mais importantes foi o treino nocturno de S. João das Lampas em 18 de Novembro que me deu sinais muito positivos, depois a Meia dos Descobrimentos com regresso à 1h45m também vão mantendo a confiança juntamente com os longos que foram sempre feitos com boas indicações em termos físicos.
O que me levou a tomar esta iniciativa? Em 2016, desde a desistência na Meia de Lisboa em Março nunca mais corri até Julho, desde esse mês até Sevilha, perdi cerca de 15kg. Para além de correr, a modificação que fiz em termos alimentares foi cortar nos hidratos de carbono (massas, arroz, batata, açúcar, cerveja, etc). Há quem diga que este tipo de dieta não é compatível com a corrida mas eu fiz todos os meus treinos longos em jejum e só com água durante o treino e na manhã da maratona tomei um chá para limpar os intestinos e comi frutos secos, durante a prova só tomei água e correu tudo bem.
A prova em si correu como tinha planeado, apontei para um tempo abaixo das 3h50m e segui o plano - primeiros 5k são cumpridos de uma forma muito conservadora sem preocupações de ultrapassar ninguém e apenas olhando para o relógio para confirmar que não se está a a ir rápido demais, depois dos 6 aos 32km   segue-se um ritmo mais rápido do que a média dos tempo que se pensa fazer e nos últimos 10k é o que o corpo conseguir dar... No meu caso fui sempre bem e até com a sensação de estar a travar até cerca dos 25k, a partir daí já senti que estava a forçar um pouco para manter o ritmo, mas a partir do km 30 começa a parte com maior assistência (mesmo tipo tipo "tour de france") e os "dá cá mais 5" às crianças dão para aumentar a energia e motivação mas ali depois do km35 o ritmo começou a baixar e até aos 39km mas depois de receber o apoio das minhas mulheres que ali  aguardavam há tanto tempo, ganhei novas forças e entrei no estádio oliímpico com um sorriso nos lábios e a sprintrar (é uma força de expressão) tanto que na foto a cruzar a meta até estou com os dois pés no ar.

Ontem fiz a dura viagem de regresso depois de um passeio pela cidade. Resolvi marcar para hoje uma massagem de recuperação no "Sport Performance Center" no Algueirão e fiquei como novo.

O resumo da prova no strava:

 

Aqui fica a minha análise (review) da prova:
Pontos Positivos:
- Perfil plano da prova
- Balões para tempo
- Muita assistência em toda a prova a apoiar
- Tempo de prova liquido
- Abastecimentos a cada 2,5 km
- Meta num estádio olímpico
Pontos Negativos:
-  Muito tempo até chegar aos primeiros líquidos depois da meta
-  Abastecimento em copos

Agora é para continuar a fazer umas provas e no segundo semestre,  em princípio, farei outra maratona.


Abraços e boas corridas, 

domingo, janeiro 01, 2017

2016 - o tal balanço que se costuma fazer no início de um novo ano


2016


Fazendo um balanço de 2016 em termos de corrida é:
- Um começo de ano sem grandes realces em termos de corrida, a instabilidade a falta de objectivos e a consequente falta de motivação.
- Duas provas no primeiro trimestre, a ultima edição dos 20km de Cascais e uma desistências aos 15km da Meia Maratona de Lisboa.
-Até Julho foi um Zero em termos de corrida e uma quase chegada aos 3 dígitos em termos de peso.
-Desde aí tenho seguido uma dieta rígida e até ao final do ano já foram deixados para trás quase 13kg.
-Em termos de provas, a Corrida do Tejo foi mais para o mau do que para o bom, a Corrida Pirilampo Mágico foi muito motivadora, a Corrida Montepio foi muito boa, o que me levou a inscrever-me na Maratona de Sevilha, a Meia Maratona dos Descobrimentos já como fase integrante da preparação para 19 de Fevereiro
Enfim, o balanço é: um regresso e em força!
Abraços e boas corridas!